Tom tem que aprender como trabalhar em seu novo ofício, tornando-se, portanto aprendiz. Este exige que lute contra as trevas. Lidando com feiticeiras benévolas e prendendo as malévolas, ogros; despistando fantasmas, etc.
Seu mestre, o Caça-Feitiço, lhe ensinara todos os truques nos momentos oportunos e o leva em suas experiências para que um dia, ele ocupasse seu cargo.
Em um dos ensinamentos, me chamou a atenção. Tom perguntou ao seu mestre como ele lida com as feiticeiras, já que, como vira, nunca as matava. Caça-Feitiço respondeu que a maneira que executava-o era prendendo-as em uma cova, assim como os ogros; e acrescentou que jamais mataria uma, pois há dois modos de fazê-lo: alimentando-se de seu coração e ateando-a fogo até que queimasse viva.
Nunca o faria não por nojo ou desgosto, até por que, dessa maneira, seria mais fácil de lidar com elas. Nunca o faria pois, caso o fizesse não se tornaria uma pessoa muito melhor que ela; suas atitudes, por mais bem-intencionadas que fossem, seriam cruéis até mesmo com um ser pertencente às trevas.
Há momentos em que julgamos as pessoas, mas nem ao menos percebemos que nossos atos se equiparam à crítica negativa que fizemos sobre elas.
Por melhor bem-intencionados que pretendemos ser, temos que tomar cuidado para não nos assemelharmos às feiticeiras. Caso contrário, qual será nossa moral quando as matar?
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O Vôo da Borboleta
DiversosEste título é referente à quanto não percebemos os detalhes a nossa volta. E nessa obra, através de livros e filmes opinarei fragmentos que, apesar de ser (ou não) fictício, são representados em nossa vida.