O Vôo da Borboleta

FILME: Eu Não Faço A Menor Ideia do que Eu Tô fazendo Com a Minha Vida

Clara é uma menina que cursa medicina por falta de opção. Sabendo que não é do seu agrado, decide faltar nas aulas sem o consentimento da família. Ela não opta por outro curso pois no encontra nenhuma outra vocação pela qual se identifica.

Sua vida se resumi a isso. Até que nos horários de aula, decide ir à pista de boliche até que sua aula acabe e ela possa voltar para casa. Em uma dessas visitas - que se torna frenquente - ela conhece Guilherme, filho do dono do estabelecimento, e a ajuda a desvendar do que realmente gosta.

Por ter o hábito de dizer pequenas mentiras, ela começa a fazê-lo por identificar o curso de direito dessa maneira. Pela manhã, Clara vai a lanchonetes e padarias comer seu café da manhã para tentar ser "crítica gastronômica", constroi uma casa da árvore para se sentir uma engenheira, tenta filosofar com gravadores, faz entrevistas como uma repórter, etc.

E assim ela experimenta um pouco de cada profissão. E no final do filme ficamos apreensivos por saber qual ser sua escolha. E Guilherme, que vivenciou com ela todas as aventuras, também. Ele a questiona se ela continuar com o ex-namorado ou ficar com ele, o que ela decidiu e qual ser o rumo de sua vida depois de tantas experiencias. Inicialmente para nossa decepção há uma resposta muito sábia: Eu não sei, mas tudo bem.

O mundo está constantemente girando e as perguntas pairando pelas quais somos obrigados a respondê-las na mesma velocidade dessa rotação. E a moral e diferença da história, do início até o final, é a frase: Tudo bem. Tudo bem não decidirmos as perguntas no instante em que nos foi feitas. Tudo bem esperar que o tempo nos diga algumas respostas. Tudo bem emadurecermos antes de termos certezas concretas. E para finalizar, tudo bem admitirmos nossa incapacidade de respondê-las.

É como se quisesse dizer que no fim das contas, com respostas ou não, tudo iria se resolver.