Capitulo I - A caminho do sítio

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-Suzan, acorda, já está quase na hora !-meu irmão Elton anunciava me cutucando enquanto eu dormia.
-Quase na hora de que ? -eu nao sabia do que ele estava falando, mais depois de olhar a hora e a data no meu celular, comecei a entender sobre oque ele estava falando.
-Pra irmos para o sítio com nossa tia, passar nosso final de semana fabuloso em um lugar sem sinal de telefone -falou meu irmão com ironia, saindo do meu quarto.
Tinha me esquecido, que iria passar esse final de semana com meus amigos e minha tia. Tudo porque teve uma infestação de insetos na minha casa e nesse final de semana iriam terminar de retirar aqueles bichos. Meu irmão Elton e eu falamos para nossos pais e para nossa tia Tash que a gente poderia dormir na casa de uns amigos. Mais minha tia insistiu em nos levar em um sítio que ela viu na internet.
Não gostei daquilo, tinha meus planos com Sophia minha melhor amiga, para esse final de semana. Mais não poderia ser tão ruim assim nossa tia deixou Elton e eu levarmos um amigos cada um, lógico que eu levaria Sophia.
Logo após que tomei um banho, me troquei, e coloquei algumas peças de roupa na mala desci para tomar café. Minha tia já havia chegado e estava falando com meus pais, Elton estava falando pelo telefone com Daniel, nosso amigo que iria com a gente para aquele sítio.
Sentei e me servi um delicioso café e uma torrada que só minha mãe sabia fazer.
-Eai Suzan ansiosa para o nosso final de semana inesquecível ? -disse minha tia, com um tom de voz de quem tivesse ganhado na loteria.
- Claro -disse eu, tentando esconder meu desanimo.
Nessa mesma hora, ouvi a campainha, era a Sophia, ela tinha me avisado que não seria preciso passar na casa dela para busca-lá, pois ela chegaria na minha casa antes de sairmos.
Corri até a porta e abri-lá. Estava certa era Sophia, com seus longos cachos loiros até a cintura, seus grandes e lindos olhos verdes, sua pele clara, seu rosto parecia como de uma boneca de porcelana. Não era atoa que as pessoas achavam que nós duas eramos irmãs, a não ser pelo fato do meu cabelo ser liso e o dela cacheado. Mais nós duas eramos muito parecidas fisícamente e passavamos grande parte do tempo juntas.
Sophia começou a contar sobre a discução que teve com seus pais para deixar ela ir junto comigo, mais no final ocorreu tudo bem.
Tomei meu café, peguei minha mala, despedi dos meus pais. E eu, Sophia, Elton e minha tia Tash entramos no trailer -que era da minha tia ela usava ele para fazer suas viagens misteriosas.
Fomos direto para a casa de Daniel buscar ele para se aventurar naquele maravilhoso final de semana cheio de tédio.
Tash apertou a buzina, e logo em seguida um lindo menino de pele morena, hipnotizantes olhos castanhos e um corpo atlético estava dentro do trailer conosco. Daniel tinha os mais belos olhos castanhos que eu nunca vi em nenhum lugar.
Em apenas 10 minutos estavamos saindo da cidade e entrando em uma estrada de terra.

***

Todos pareciam muito animados inclusive minha tia que estava contando as coisas que havia planejado para a gente fazer. Enquanto Tash tagarelava peguei meu celular e tive um presentimento muito ruim, me senti mal, meio tonta, enquanto se fechava a mata ao nosso redor. E quando olhei para a janela principal com a inútil tentativa de de espantar aquela tontura vi uma figura bem parecida com um homem que estava com a cabeça baixa, tinha algumas falhas de cabelo, as roupas estavam sujas, não consegui detectar oque era aquilo em sua roupa, ele escondia algo nas mãos que estava atrás de suas costas.
-PARE O CARRO !- gritei nervosa, deixando todos assustados.
-Ali, bem ali estava um homem -falei apontando para o meio da estrada onde nao avisa nada.
-Você está brincando né, senhorita Suzan ? -falou minha tia- não tem homem nenhum ali estou dirigindo e não tirei meus olhos da estrada e se houvesse algum homem ali eu saberia e eu afirmo que nao tem !
- Mas...mas... -eu falei não acreditando naquela situação.
-Tomou seu remédio hoje, Suzan? -falou meu irmão,fazendo eu perder mais a cabeça, além do que já tinha perdido.
Só poderia estar louca, deve que foi um animal. Essa foi a única coisa que consegui pensar naquela hora. Mais tinha certeza que aquilo era um homem.
E tentando esquecer isso, seguimos nosso trajeto. Fui conversando com Sophia desviando o olhar da janela, caso eu tenha outro ataque de paranóia.

Susan GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora