Capitulo II - Uma história no almoço

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O resto do caminho, ate chegar ao sítio foi tudo bem. Sophia e eu ficamos falando de que maneira a gente ia ficar sem falar com nossos amigos da escola, sem nossa cama e etc.
-Acalme-se meninas, tenho um telefone aqui que funciona por satélite. Vocês podem usar ele se quiserem falar com alguém -falou minha tia.
-Essas garotas não tem espirito aventureiro -disse meu irmão, tirando sarro.
-Cala a boca Elton -disse Sophia.Elton e Daniel estavam cochichando entres eles e olhando para nós duas. Isso me deixa com raiva, nunca fiquei sabendo oque aqueles dois ficam falando.
    Elton é animado qualquer hora do dia em qualquer dia, faz amizades facilmente, é alegre, bonito, sempre invejei aquele bom humor dele para qualquer situação. Eramos muito diferentes psicologicamente e fisicamente tambem, Elton tinha olhos azuis, cabelo castanho escuro, praticava muito futebol com Daniel para se manter em forma e também para se divertir. Eu nao tinha olhos azuis, e meu cabelo era loiro muito loiro e detestava qualquer tipo de esporte, exceto natação. Praticava natação desde os 5 anos, porque tive um problema no sistema respiratório e isso me ajudaria a melhorar, mais eu me apaixonei pela natação e nunca mais sai.

***

Já na entrada do sítio, o ar era gelado, a floresta cercava de todos os lados, do céu apenas se via algumas nuvens cinzentas entre os calhos de árvores acima de nossas cabeças. E logo vimos um grande portão de madeira, era velho cheio, todo podre, cheio de lodo. Não sei como que o dono desse lugar achava que aquilo impediria que alguém entrasse, basta um chute e aquilo se desfaz.
Minha tia cuidosamente abriu o portão, e seguimos por um longa trilha de pedras brancas. Logo após alguns minutos já conseguia enchergar uma casa, tinha uma luz em alguma das janelas.
Se aproximando mais, fiquei chocada. Como alguém poderia morar nessa casa, como alguém poderia ficar seguer um dia naquele lugar. Não, eu não vou ficar, quero a minha casa, cheia de insetos.
Aquela casa era grande, estava com suas madeiras velhas, cheia de carunjo, as muitas janelas que havia estava de soltando em algumas faltava partes de vidraça, avisa uma escada e frente a porta principal. Aquele lugar em u passado muito distante foi um lugar muito bonito, mais hoje em dia não se passa de uma casa de histórias para assustar crianças. Não ficaria surpreendida se descobrissemos que aquele lugar era abandonado.
-Tia como você pode pagar pra ficar um final de semana todo nesse lugar ? -disse meu irmão, enquanto minha tia parava o trailer.
-Eu não entendo, não era assim no site que vi na internet. Era completamente diferente.
-Propaganda enganosa -disse Daniel.
-Agora não adianta reclamar. Já pagamos todas as diarias e estamos aqui, agora só nos resta passar dois belos e longos dias e depois na segunda-feira de manhã vamos embora -disse meu irmão.
    Então descemos, logo quando coloquei meus pés no chão tive uma má sensação, uma nauséa, um cala frio percorreu dos meus pés até o ultimo fio de cabelo, tive um arrepio.
-Tudo bem com você, Suzan ? -perguntou Sophia, colocando sua mão no meu ombro.
-Sim, tudo ótimo -falei mentindo. Não queria estar naquele lugar.
-Tudo bem -disse Sophia -eu sei que você não esta bem vejo isso nos seus olhos. Sei que você não queria estar aqui, eu também não queria. Só vim porque você quase chorou no telefone e não queria passar um final de semana todo longe da minha amiga sabendo que ela não estava bem -disse ela com um belo sorrisso no rosto.
Sophia me conhecia bem, desde de peguenas ela tinha aquele dom de saber oque eu pensava apenas de olhar em meus olhos.
-Ei vocês duas ai não vão ajudar a levar as malas ? -disse Daniel todo atrapalhado, enquanto ele e Elton carregava três malas enormes para fora do trailer.
-Não será preciso, meu nome é Josh Tompson. Sou o caseiro, podem entrar na frente e escolher seus quartos eu cuidarei de levar suas malas até seus quartos -disse um homem de aparencia velha, que apareceu derepente na porta principal.
-Na descrição do sítio não incluia um caseiro -cochichou Tash, para gente.
Sophia e eu nos entreolhamos sem dizer uma palavra, mais bem no fundo sentia que havia algo muito estranho no olhar que aquele velho homem jogará sobre nós.

Susan GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora