Depois de me maquiar, calcei os saltos que estava a usar antes. Eu e Merle saímos do carro e eu conseguia ouvir a música nas aturas embora ainda estivesse um pouco longe.
Seguimos a rua e quando entramos na casa um homem alto e musculado estava na entrada. Estava na hora de a festa começar.
Quando nos aproxima-mos ele falou.
- Hey, Merle. Quem é a giraça?
Antes de lhe dar tempo para responder. Andei na direção dele.
- Sou Isla, mas podes me chamar de Is.- no final bati-lhe com a mão na nadga dele.
- É melhor irmos andando, não queremos perder a festa Isla.- Merle agarrou-me e levou-me para dentro de casa antes de não ver o homem totalmente eu pisquei-lhe o olho e atirei um beijo.
- Tu estás tola, Is?
- Oh, vá lá. Merle, é apenas uma festa eu só me quero divertir. Tens que começar a aproveitar. Curtires com umas miúdas...
- Is, uma coisa e curtir com alguém. Outra coisa é atiras-te a toda a gente que vês!
- Estás a chamar-me oferecida? - berrei. Sem dar tempo para me responder, saí da beira dele irritada, precisava de fumar. Mas quem tinha cigarros era o Merle e eu não ia votar para lhe pedir coisas.
Acabei por dar com um pequeno bar.
- Que vai ser? - perguntou o barman. Estava a usar uma máscara.
- Escolhe tu.- disse da maneira mais sedutora que consegui.
Ele acenou com a cabeça e virou-se para preparar a bebida.
Ele estendeu-me um copo com um líquido transparente dentro e eu bebi aquilo de um trago. A bebida era amarga.
- Outro.
Ele foi-me dando vários copos até que eu me decidi meter com ele.
- Porque usas uma máscara? Aposto que és uma brasa.
- Queres descobrir?- acenei com a cabeça, ele estendeu uma venda -mete isto quero que seja surpresa.
- Só meto se eu é que te tirar a máscara.
- Claro.
Fomos para um corredor e abrimos uma porta para ficarmos sozinhos. Fecheia atrás de mim e encostei-me a ela. Ele andou para mim e eu pus a venda. Comecei a puxar a máscara para cima e no final atirei-a para o lado. Beijei-o nas escuras e senti-o a tirar-me a venda.
Quando abri os olhos percebi que a luz estava apagada e estávamos às escuras. Procurei o interropetor na parede e encontreio algum tempo depois. Afastei-me dele e liguei a luz.
- Jeff? - gritei incrédula.
- Que foi boneca? Não estavas à espera?
Não respondi, apenas abri a porta e preparei-me para sair quando ele falou novamente.
- Aonde pensas que vais? Ainda não pagaste as bebidas.
Lembrei-me dereepente que o dinheiro estava no carro.
- Eu pago. Mas deixei o dinheiro no carro.
- Eu não quero dinheiro, boneca.
- Que queres então?- comecei a ficar preocupada, o Jeff era um idiota mas era mais forte que eu e eu sabia que coisa boa não vinha dali.
- Tenho três propostas. Primeira, vens trabalhar comigo.
- Não, os meus pais matam-me se eu for àquela loja, quanto mais trabalhar lá!
- Que pena, então. Segunda, namoras comigo. - fiquei pasmada ele tinha 23 e eu 17, uma coisa era curtir outra era namorar com ele. Eu não queria, e era ilegal.- terceira, ficas aqui comigo e eu deixo-te ir no final.
Fechei a porta atrás de mim.
- Que é que queres?
- Primeiro, quero tocar-lhes.- ele parecia divertido mas eu não estava. Se fugisse ele apanharia-me e traria-me para aqui de novo e fazia pior. Ou então podia chamara a polícia e dizer que eu estava a beber, mesmo sendo menor de idade. Comecei-me a sentir tonta, o Jeff devia ter planeado isto tudo.
- Tocar-lhes? - repeti.
- Sim.- so depois e que percebi o que ele queria, estava a olhar para o meu peito. No que é que eu me foi meter?
- Está bem.
Ele veio para mim com um sorriso na cara. Vi ele com os braços esticados para me apalpar, mas amarrei-lhe os braços e meti-os acima da minha cabeça de modo a ele ficar inclinado para mim.
Beijeio lentamente, e comecei a acaricia-lo. Tinha de ganhar tempo. Saltei para ele com as pernas arragadas à volta da sua cintura. O Jeff tirou uma das mãos da parede eu percebi o que ele queria. Peguei nela e comecei a subi-la devagarinho. Eu não queria nada aquilo.
Vi que do lado oposto do quarto havia uma janela se alguém passasse podia pedir ajuda. Ele viu que algo me incomodava e falou.
- É melhor deixares-me tocar-lhes.
Acenei que sim e beijei a sua boca, como já fizera antes.
Ele encosta me á parede e tenta subir me o vestido, talvez eu seja mesmo uma oferecida...
Bato-lhe na mão tentando não adormecer, estou a começar a sentir-me sonolenta:
- Que foi, boneca!? - Diz deixando me enjoada.
- Não, não... - mas estava demasiado tonta para gritar ,a minha voz conteu se na minha garganta e as minhas pálpebras começaram a pesar.
Começo a pensar que talvez deva me deixar levar pelo sono, assim quando acordar não me vou lembrar de nada pelo menos...
Sinto a minha esperança escapar pelos meus dedos ninguém o vai travar.
Olho para a porta, a maçaneta treme como se alguém estivesse a tentar entrar, devo estar a alucinar, deixo as minhas pálpebras caírem e adormeço.
***
Abro os olhos com uma dor de cabeça, lembro me do que acontecera e exalto-me, olho preocupada para o meu corpo à espera de não encontrar o meu vestido, mas ele estava, incrivelmente intacto.
O que terá feito Jeff mudar de ideias? Não interessa, pelo menos não deve ter acontecido nada.
Levo a mão á testa e levanto-me quando ouço uma voz familiar aproximar-se.
- Onde é que ela está?! Alguém me diga!
Merle, corro para a porta e quando ele a abre abraço-o e deixo lágrimas escorrerem me pelo rosto. Ele hesitou primeiro mas depois pos os braços á minha volta e apertou me contra ele.
Depois ele passou as suas mãos para os meus ombros, olhei para o chão, não ia conseguir olhar para ele durante uns tempos, mas ele pega no meu queixo com uma das mãos obrigando me a confrontar o seu rosto.
- No que raio estavas a pensar ?
Limpo as lágrimas e sorrio encolhendo os ombros.
- Até pareces a minha mãe, Merly...
Ele não se ri.
- Isla, isto é sério! Disseram me que encontraram o Jeff a tentar tirar te o vestido!
- Eu não ... - digo totalmente envergonhada.
- Diz de uma vez!
- EU NÃO SABIA QUE ERA ELE!
- É bom saber!- diz ironicamente- Então vais para um sítio escuro onde ninguém te ouve com um completo estranho?!
Reviro os olhos e tento me soltar, com uma raiva a crescer dentro de mim.
- Eu não tenho de te dar satisfações!
Vejo uma profunda tristeza nos olhos de Merle.
- A culpa foi minha. -ele diz.
- Merle? Não sejas parvo, a culpa não é tua. Tu não podias prever uma coisa destas.
- Sim, Isla. É.- ele não costuma tratar-me pelo nome. Algo estava mal.
- De que é que estás a falar? Vais me dizer que subornaste o Jeff para me fazer aquilo? - perguntei-lhe com um pequeno sorriso.
Ele dá uma pequena gargalhada, mas uma pequena lágrima dança-lhe pela cara. Ele seca os olhos com as palmas da mão e olha para mim.
- Isla, se tu não me tivesses conhecido nada de mal te aconteceria. Não irias, fumar, nem beber e muito menos frequentar os sítios que frequentas. Nunca terias conhecido o Jeff, ou o Aston ou até a Gillin.
- Eu gosto da Gillin e do Aston.
- Não é essa a questão, Is. Tu eras uma pessoa com bons objetivos de vida, saudável, com uma boa família. Eu nunca te devia ter feito isto.
- Merle, tu não fizes-te nada, não me tiraste nada e sempre me apoias-te, eu sei que nunca fizeste isto por mal, muito menos me obrigas-te!
- Isla, tu não percebes o meu ponto de vista! Eu quero que tu vás para uma boa universidade, trabalhes, sejas feliz, tenhas uma família, te divirtas...
- Mas eu divirto-me Merly.
- Sim, seres assediada por tarados deve ser cá uma diversão!
Olho para os meus pés e desato a chorar. O Merle tinha razão, a minha vida estava a tomar um mau rumo, isto não era culpa dele, mas sim minha. Eu tinha sido fraca e cedido. Envolvi-me nos braços de Merle e abafei a minha dor à sua camisola .
- Merle?- perguntei passado algum tempo.
- Sim?
- O que é que aconteceu, ontem à noite?
Ele passa a mao na cabeça e comeca a relatar os acontecimentos:
- Alguém ouviu um estrondo vindo do quarto, provavelmente foi provocado por ti quando caíste no chão. Uma rapariga chamada, Eliose decidiu ver o que se passava e quando descobriu o Jeff a tentar tirar-te a roupa, contigo incosciente, chamou ajuda. Depois eles levaram-no, eu fiquei aqui à espera que tu acordares.
- Obrigada, Merly.
- De nada Isla, tu és a minha mana.
Olhei para o rosto dele e desabafei:
- Eu adoro-te, sem ti eu estaria perdida.
As palpebras dele pareceram dilatar com as minhas palavras.
- Eu também te adoro, Is. Eu faço tudo para te proteger.
Antes de ter opotunidade de fazer algo, ele espetou-me um beijo. Não tive nenhuma reação àquilo. Senti os labios dele pressionados nos meus.
Não, aquilo não era correto. Descolei-me dele e fitei-o. A minha cabeça estava inundada por milhares de sensações. No entanto, não conseguia sentir nenhuma em particular.
Ele olhou-me de uma maneira estranha. Será que ele sempre quisera isto? Será que foi apenas um impulso?
Levantei-me subitamente.
- Isto não está correto, Merle.
- Á muito tempo que desejava beijar-te Isla. - ele pegou a minha mão.
- Um tipo tentou violar-me a algumas horas atras e tu fazes isto?
O seu sorriso desvaneceu.
- Isla, desculpa.- a sua voz saiu num sussuro magoado e triste.
Virei-lhe as costas e diriji-me para a porta.
Abria num acto furioso, afastei-me dali mas ouvi a voz de Merle " Desculpa".
Saí daquela casa assim que encontrei a porta. Estava escuro. Olhei no telemóvel. Passava pouco depois das 2 da manha. Tentei localizar-me, não estava muito longe de casa. No entanto, estava um frio de rachar e eu deixara o meu casaco para trás. Estava no quarto onde Merle se encontrava. Recusava-me a ir busca-lo, a ultima coisa que quero e olhar para a cara dele.
Comtinuei a andar acompanhada por o som dos saltos do meus sapatos no alçapão e a voz dele.
Pareceu demorar horas a chegar a casa.
Procurei a chaves, estavam no casaco. So tinha o meu telemóvel comigo. Dei a volta a casa e por sorte a janela do meu quarto encontrava-se aberta.
Como naqueles filmes de adolescentes irresponsáveis, entrei por esta. Estava tão cansada e confusa.
Provavelmente os meus pais iam-me ralhar na manha seguinte. So queria afastar esses pensamentos da minha cabeça. Atirei os sapatos para um canto e tirei aquele vestido, de seguida atirei o para debaixo da cama, junto com outras roupas que nao queria que a minha mae encontra-se.
Vesti o pijama que estava debaixo da almofada. Atirei-me para a cama, assim que estava pronta para dormir, e cobri-me com os lençóis macios e quentes. O aroma de detergente embalou-me, e rapidamente já estava num sono profundo.

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Noami, Isla & Skie
Random"Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir."- Steve Jobs Quatro raparigas, um destino. *** Leiam, comentem a vossa opiniao e se gostarem votem. Seria muito importante para nós.