Provocações.

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Acordei bem cedo e resolvi me dar ao luxo de ir correr um pouco. Então quando tentei levantar da cama e senti minhas costas protestando de dor após meu pequeno incidente ontem, estava pensando seriamente em desistir. Fui pro closet escolher alguma roupa, passei em frente ao espelho e levantei a camisola, e lá está, uma enorme mancha roxa. Isso dói... Dói pra cacete. Tudo bem Sophie, só uma pequena mudança de planos. No fim acabei desistindo mesmo de qualquer exercício que exigisse meu esforço físico, escolhi uma calça social que era bem confortável, o machucado era bem na parte das costelas, então eu precisava procurar uma blusa decente que não exigisse sutiã. Por fim, encontrei uma blusa confortável o suficiente e larga o suficiente que não marcasse meus seios e separei um blazer branco para tentar parecer mais formal, saltos não tão altos como o de costume, infelizmente. Tomei um banho e pedi pra Luke passar um gel pra dor em mim.

"Meu Deus mulher... Você foi agredida por quem?" Ele disse após ver o estrago em mim.

"Por mim mesma e minha burrice. Agora, por favor, tenha todo carinho do mundo pra passar esse troço." Deitei vagarosamente de bruços na cama. "Finja que você está massageando o seu namorado fotográfo."

"Interessante sua escolha de palavras..." Luke passou um pouco do gel nas mãos e esfregou as duas juntas.

"Por que interessante? Aiiiiiiiiiiii!" Gritei de dor quando ele encostou em minhas costas.

"Meu amor, desculpe. Mas, eu mal toquei em você. Você precisa tomar um remédio pra dor e logo. E por acaso, Kenny me ligou ontem à noite, ele está voltando pra Nova Iorque próxima semana!" Ele não iria conseguir esconder a animação na voz, mesmo que tentasse.

"Baby... Fico tão feliz por você. Mas, eu espero que você saiba o tamanho do desperdício que é para nós mulheres um partido igual você torcendo pro outro lado."

"E eu não acredito que você disse 'um partido'. Você está realmente ficando velha..."

"Cala a boca idiota. Não estou nada..." Resmunguei. Luke tentou fazer uma massagem leve, mas eu logo pedi pra parar, estava realmente dolorida. Ele me deu uns comprimidos pra dor, tomei, me vesti e levou o triplo de tempo do que o normal e fui trabalhar.

Desci do carro, entreguei as chaves para um dos seguranças e pedi pra estacioná-lo. Coloquei meus óculos de grau e abri meus e-mails no celular enquanto fui para os elevadores. Sim, eu peguei o elevador por puro desespero de dor nas costas, subir todos aqueles andares de escada, seria suicídio. Quando abri a caixa de entrada, quase morri ali mesmo. 548 e-mails não lidos, acompanhados de 86 mensagens de textos, 53 mensagens de voz e 67 ligações perdidas.Você está proibida, permanentemente, de tirar folgas no meio da semana Sophie. Quando sai do elevador, ainda pasma com tudo o que tinha acontecido em apenas 24hrs, vi Emily ao telefone.

"É o fim do mundo acontecendo? Só pode ser!" Parei de frente a ela.

"É o Sr. Trammer na linha." Ela falou afastando o telefone um pouco.

"Ah não, agora não." Preferia a morte do que lidar com meu pai agora. Emily fez uma cara de espanto e desligou o telefone. "O que ele disse?"

"Que já que a senhorita não atende as ligações, ele vem aqui mais tarde." Ela falou receosa.

"Ah, mas é uma merda mesmo. O que falta pra completar esse dia de cão senhor?" Olhei pra cima, pedindo mentalmente piedade.

"Sophie..." Ouvi alguém me chamando.

"O que é?" Disse de forma grossa e me virei.

"Eu queria apresentar vocês, de uma forma mais formal." Matthew disse com o braço em volta da cintura da demônia. "Sophie, essa é Lindsay, minha futura esposa e Lindsay essa é Sophie, minha chefe."

Por você mil vezesOnde histórias criam vida. Descubra agora