A tia Patsy

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Sophie acordou na manhã seguinte e encontrou Amy-beth ao lado dela na cama, então tocou com delicadeza no rosto macio da irmã.

— Amy-beth — Ela disse baixinho.

Amy-beth respirou fundo e tentou abrir os olhos.

— Oi maninha —disse, e virou para o lado dela.— Que horas são?

Sophie olhou para o despertador cor-de-rosa em forma de coração e respondeu: — 7h39.

— Vinte para as oito? — Disse Amy-beth.— Parece que estamos no meio da noite!

— Sinto muito, não queria acordar você, mais estava curiosa. O que você está fazendo na minha cama?

— Não lembra? Você estava tendo um pesadelo. Eu estava voltando pro meu quarto ontem a noite quando ouvi você chamar. Você estava totalmente pertubada, não sei como não consegue lembrar.

Sophie ergueu-se sobre o cotovelo.— lembro que estava assustada antes de deitar, mas não lembro de você vindo pro meu quarto.

— Bem acho que esta tudo bem. — Sorriu Amy-beth.— Não vale a pena perder tempo com essas coisas né?
Provavelmente você estava sonhando com a experiencia que teve no estudio, mesmo sendo imaginação.
Sophie começou a protestar, mas a irmã mais velha colocou o dedo indicador sobre os lábios da garotinha.— Sossega agora, vamos esquecer tudo a respeito dessas coisas. O que acha de fazermos uma supresa para mamãe e papai? Vamos levantar mais cedo e levar café pra eles. Oque diz?

Sophie sorriu.— Ok, Então!— E saltou da cama, atordoada, vestida com uma camisola.— O que vamos fazer? Panquecas? Ou waffles?

As duas foram para a cozinha no andar de baixo.
Amy-beth ficou arrepiada.— Está frio aqui. — Disse.— Quero que o aquecimento funcione logo.— As palavras dela mal escaparam da boca quando ouviram os familiares rangidos e estrondos do velho sistema de aquecimento central começando a dar sinais de vida.

— E lá vamos nós disse para a irma mais jovem —,Agora logo vai esquentar...

Quando os pais da menina chegaram no andar de baixo algum tempo depois, foram recebidas pela convidativa visão de panquecas recentemente feitas, ovos com bacon quentes na panela, e o delicioso aroma de café fresco.

— Bem, essa foi uma bela supresa — disse a mãe ao beijar o topo da cabeça da filha mais jovem, e ao encontrar Amy-beth no fogão. — A que devemos a honra, então? — Concluiu.

— Nada mãe respondeu Amy-beth.— A gente só decidiu que era tempo de você ter um descanso da cozinha, especialmente porque hoje é domingo. E como acordamos muito cedo, achamos fazer o café seria um bom começo.

— Bem, nós adoramos, não é mesmo, querido? — E a sr. Johnson virou-se para o marido.

— Hein? Oque foi? — Murmurou o pai, já com a cabeça nas páginas de esportes dos jornais de domingo que pegou na caixa de correio quando passou pelo corredor.

— Ele gostaria de saber se Lucy já tomou o dela! Eu disse que adoramos as meninas fazendo café assim, para nós.-— Disse a mulher puxando os jornais da frente do rosto do marido, e esperando pela resposta dele.

— Ora, sim, sim! Sinto muito, meninas, só queria saber o resultado da grande luta de ontem à noite. E sim o cheiro é mesmo delicioso, vou repetir tudo.— Disse para a esposa, e imediatamente voltou aos muito apreciados jornais.

— Então vou ver se Lucy ainda está dormindo, mãe.— Disse Amy-beth, entre pedacinhos de torradas.

— Não, ela está dormindo — Replicou a sra. Johnson —, ela está deitada na cama, lendo pra variar.

Do Outro Lado Do Espelho {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora