Ruffles Desaparece

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Na manha seguinte Amy-Beth acordou ao som de latidos. Latidos fracos, curtos, quase grunhidos, vindo do quarto de Sophie. Ela levantou e foi pelo corredor ate o quarto da irmã.

- oi, você já esta de pé ! - ela disse surpresa de ver Sophie acordada e vestida, correndo atras de Ruffles em volta do quarto com um brinquedo meio peludo.

- estou de pé a horas - sorriu Sophie- logo cedo, Ruffles saltou no meu travesseiro e me lambeu ate me acordar.

Amy-beth sorriu, estava feliz pelo filhote ocupar o tempo da irma. So esperava não ter que acordar a noite para alimentar o cachorrinho. Ela caminhou ate a janela e sentou-se na cadeira de vime, dobrando as pernas junto ao corpo. Quando sentou, percebeu uma bonequinha colada no alto da cama de Sophie, uma boneca que era bem mais que um pouco familiar. Da ultima vez que tinha visto, lembrou, ela estava sendo apertada pela mão de uma mulher morta. um calafrio percorreu-lhe a espinha. O que esta acontecendo? interiormente agitada, mas tentando manter a calma, perguntou a irma onde havia encontrado a boneca.

- ela estava no meu quarto de manha, nesta cadeira onde esta sentada. Achei que você ou a Lucy tinha deixado para mim. não foi você ?- Sophie retraiu.

Amy-beth sabia que a boneca era definitivamente a mesma do espelho ela só queria não acreditar nisso. A boneca que pertencia a garota cuja a mãe tinha morrido estava agora no quarto de sua irma caçula! Quem a colocou ali? aquela coisa toda era impossível. ela procurou ficar calma, e se recompor da melhor maneira.

- não, eu não a coloquei ali, mas pode ter sido a Lucy, talvez. mas de qualquer modo, não importa não e ? ela e muito bonita, como você vai chama-la?

Sophie da de ombros. Ela nem parecia muito interessada na boneca, pois em vez disso tomava conta do Ruffles, que queria comer seus brinquedos.

- engraçado como tentam comer de tudo. não e mesmo ?

Amy-beth concordou e se levantou para sair. pegou a boneca sem Sophie notar, e saiu do quarto para ver Lucy.- Cafe da manha logo mais, desça quando estiver pronta.

quase correndo pelo corredor, Amy-beth irrompeu no quarto de Lucy. Ela dormia tranquila, mais por muito tempo.

- Lucy, Lucy sua cabrita, acorde. você não vai acreditar no que vou te mostrar.

- você não vai acreditar na minha mão na sua cara, se me chamar de cabrita de novo.- falou Lucy se esforçando para ficar sentada, quando Amy-beth puxou as cortinas permitindo a entrada de um pouco de luz no quarto.

- oque houve? que horas sao? a casa ta pegando fogo? por que o panico?

Amy-beth enfiou a boneca na cara da irma.- veja!- ela diz quase triunfante. oque me diz disto?

- e uma boneca- resmungou Lucy, enrolando a roupa de cama em volta dos ombros para se proteger do ar gelado da manha. Em seguida, sentando de repente, acrescentou - mas não é apenas uma boneca qualquer- disse. Enquanto trocava a roupa de dormir, reconheceu o vestidinho familiar, a cor do cabelo e o pequenino rosto brilhante da boneca no espelho.- Que merda! Onde Você conseguiu isso? - perguntou a Amy-beth, começando a entrar em pânico.
- no quarto da Sophie- respondeu a irmã.
-como assim, no quarto da Sophie? E quem a colocou ali? Tem certeza de que ė a mesma? Não pode ser, isto é, as coisas nos espelhos não adquirem vida, quer dizer, não pulam fora dos espelhos e saem por ai...
- Lucy, reflexos é o que supostamente Você deveria ver em espelhos, não historias de horror. Olha, estou tentando ser racional a respeito disso também, mas fica bem mais difícil quando a gente não consegue entender nada. Acho que agora devemos contar a tia Patsy. Será que ela acredita em nos?
- ora, não sei! Tenho medo até de tocar na boneca... Oque vamos fazer com ela? Acho que não devemos deixa-la no quarto de Sophie, e sinceramente não gosto de te-la aqui comigo.
Amy-beth suspirou - vamos supor que ela fique no meu quarto por enquanto, então . Se Sophie perguntar, embora não acredite, ja que esta encantada com o Ruffles, vamos dizer que resolvemos fazer um novo vestido para ela.
Lucy olhou incrédula- Um vestido novo! Quando Você ou eu fomos boas em costura, ou tivemos interesse de fazer roupas para nossas bonecas? Acho que devemos tentar algo melhor que isso, ela nunca vai cair nessa.
Amy-beth foi obrigada a sorrir.- sim, acho que Você tem razão, e pouco forçado. Mas, só deus sabe, pelo que vem acontecendo recentemente não e de admirar que eu esteja perdendo o contato com a realidade. Vamos descer e deixar a boneca no meu quarto. Quem sabe Sophie até esquece! E quando for passear com Ruffles, damos uma palavra com a tia Patsy a respeito disso.
Foi oque fizeram. Sophie mal terminou de comer panquecas e sumiu, com o Ruffles correndo atras, de rabo abanando prevendo a diversão.
- tia Patsy- começou Amy-, como anda a sua imaginação esses dias?
Patsy enxugou a calda no canto da boca e olhou para as sobrinhas, curiosa.- imaginação? Que coisa engraçada de perguntar. Pois bem, vocês jovens acham que basta alguém passar dos 14anos que perde a imaginação. Vão em frente!
Inclinado ambos os cotovelos sobre a mesa do café, olhando de uma garota para a outra.
Dez minutos depois e com partes da historia de modo que quase nada podia ser entendido, os cotovelos de Patsy permaneciam sobre a mesa. - bem garotas, certamente e uma historia de alguem com imaginação fértil - ela disse afinal.- acho até que vocês não tinham motivos para inventa-la.....
- esta dizendo que acredita em nos?-perguntou Lucy.- nem nos temos certeza se acreditamos nisso, e realmente não queremos assustar Sophie. Só não sabemos oque fazer.
Exatamente nesse momento, Sophie escancarou a porta da cozinha, e quase caiu la dentro. - Ruffles, eu perdi o Ruffles. Deixei um minuto sem a corrente para corremos a vontade e depois percebi que ele havia sumido. Acho que ele saiu correndo atras de alguma coisa .
Eu chamei e chamei e... oh, tia patsy me ajude, preciso encontra-lo - A jovem garota desatou a soluçar nos braços da tia Patsy.

- agora, meu amor se acalme, que nos vamos encontra-lo. Espere um instante enquanto pego minha jaqueta, e vou com Você. E se o encontrarmos de manha, ele estará de volta no almoço quando sentir fome, Você vera ele não ficara longe por muito tempo.- A tia Patsy pegou sua jaqueta no armário.
- é melhor vocês duas ficarem. Esta fazendo frio la fora, e além disso a mãe de vocês deve telefonar.
Empurrando Sophie na frente, a tia Patsy virou para Amy-beth e disse.- não mencione nada disso para sua mãe se ela telefonar. Teremos tempo o suficiente para quando ela voltar.
Lucy e Amy-beth começaram a lavar a louça do café..- Amy-beth-começou Lucy-, onde será que Você colocou a caixa de musica ontem a noite quando saímos do estúdio?
- pra falar a verdade, não sei se a peguei e se guardei, concerteza não sei onde guardei. Antes vamos terminar essa bagunça, e depois damos uma olhada. Talvez seja o tempo de votarem com Ruffles.
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Do outro lado da janela, as meninas podiam ouvir vozes alternadas chamando o cachorro. Primeiro, a tia Patsy gritava alto e agudo, depois era a vez da pequena Sophie, que parecia sufocada pelas lagrimas. A sra. Johnson telefonou no final de manhã, para dizer que o passeio estava tão bom que eles decidiram continuar pelo resto fim de semana, se a tia Patsy pudesse ficar com as crianças. Amy-beth explicou sobre o cachorro desaparecido. A mãe desligou o telefone, dizendo que ligaria para falar com a tia Patsy mais tarde.
Na hora do almoço, o cachorrinho não tinha sido encontrado.
- ele vai voltar Sophie, eu sei que vai, basta esperar.- Sophie porém precisava ser consolada, pois estava bem dificil parar de chorar por conta propria.
Amy-beth e Lucy tentaram conforta-la da melhor maneira possivel.
- a tia Patsy tem razão - disse Amy-beth.- Ele vai voltar. Os cachorros não gostam de ficar no frio, ele estara de volta antes da hora do jantar.
Lucy abraçou a irmã caçula nos ombros.- vamos brincar de outra coisa até Ruffles voltar. Vamos pegar a caixinha de musica? Você sempre gostou de ver a bailarina girar.
Sophie tentou enxugar os olhos no lenço ja encharcado.
- ok.
Tia Patsy sorriu agradecida para Lucy

Do Outro Lado Do Espelho {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora