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Acordar nunca tinha sido uma tarefa fácil, mas hoje parecia particularmente pior do que nos outros dias. Era como se todas as manhãs em que Harry precisou acordar e ir para a escola tivessem se reunido e se concentrado naquele momento, tornando tudo complicado demais.

As pessoas certamente diriam que é impossível se apaixonar por uma pessoa em apenas duas semanas, e isso parecia ser verdade para o italiano - até que ele conheceu Louis.

Ele realmente achava que isso não era apenas uma paixão comum, para ser honesto. Dizem que nós sentimos quando encontramos nossa alma-gêmea, e ele tinha quase certeza de que era isso o que sentia quando estava perto de Louis. As coisas pareciam aumentadas, como se os pequenos detalhes virassem, de repente, algo extremamente importante e nada mais importava. O amor pode ser clichê às vezes - ele não gostaria de apressar as coisas e chamar seu relacionamento com o menor de amor, mas certamente era algo semelhante a isso - e Harry não está realmente reclamando disso.

Ao contrário do que muitos pensam, Harry sempre foi uma pessoa amorosa e sensível, precisando construir uma máscara e construir um personagens por várias vezes. Não é como se ele fosse falso, claro que não, era só o medo de não ser aceito e de simplesmente demonstrar mais do que o necessário.

Agora, observando a imagem do pequeno corpo ao seu lado, Harry não podia deixar de sorrir. Ele era grato, no final de tudo. Se não fosse por Stanley, ele provavelmente teria de hospedado em um hotel qualquer e não estaria passando a última manhã ao lado do homem mais maravilhoso do mundo - Ok, ultimo só por alguns dias, mas isso já era o suficiente.

Na verdade, talvez eles tivessem se encontrado no final de tudo. Quem sabe, em um dia ensolarado e comum, Harry não estaria saindo do Hotel, caminhando em direção a seu escritório e esbarraria em Louis? Ou, quem sabe, Harry estaria indo fazer compras - por razões inexplicáveis - e, eventualmente, encontraria Louis e pediria ajuda com alguma coisa qualquer? De qualquer maneira, almas-gêmeas estão destinadas a ficarem juntas e não há nada que possamos fazer para mudar este fato.

Mais uma vez, Harry apenas está pensando demais. Os pensamentos às vezes ajudam a esquecer de realidade miserável que estamos vivendo, para ser sincero.

- Harry... - o menor disse de forma sonolenta, espreguiçando-se e esfregando os olhos levemente. O italiano piscou algumas vezes devido ao susto, focalizando rapidamente o rosto de Louis e assentindo para que o mesmo continuasse. - Você realmente precisa parar de fazer isso.

- Pardon? - ele respondeu depois de alguns segundos, o cenho franzido em confusão. Louis riu levemente, procurando cegamente as mãos de Harry debaixo do lençol e enlaçando-as com a mesma, os olhares se encontrando.

- Parar de me observar enquanto eu durmo, bobo. Isso me assusta às vezes.

- É mais forte do que eu, amore. - Harry disse simplesmente, sorrindo ao ver o menor revirar os olhos. Ele sentiria falta disso.

Seu sorriso sumiu com o pensamento, fazendo com que Louis se ajeitasse na cama e encarasse o namorado de maneira preocupada. Não é como se ele não soubesse que Harry teria de voltar para a Itália em algumas horas, ele só realmente desejava passar essas breves horas sem pensar no quanto ia sentir sua falta.

Qual é Louis, são só dez dias. Você consegue passar por isso sem cometer suicídio.

- Não fique com essa cara, hum? Eu não consigo te ver assim. - o menor disse tristemente, os pequenos dedos indo em direção do maxilar do maior, levantado-o e fazendo com que seus olhares se conectassem mais uma vez. - Vai ficar tudo bem, ok? Podemos fazer uma promessa?

- Er... Sim? - o maior disse, soando mais como um questionamento. Ele pôde sentir o aperto do menor em suas mãos, a pressão firme o recordando de que ele ainda estava ali.

Internacional Doctor // l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora