Capítulo 42

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O velho se levantou com as três folhas na mão. Ele estava sério e parecia indignado com algo.

- Eu não sou a favor disso. - Ele disse baixo. - Mas vamos começar, Harry Edward Styles. O sr. Tomlinson foi bem claro. - Os óculos foram de encontro a sua cara e ele analisou todas os parágrafos demoradamente. - E eu receio que não tenha uma meneira de o senhor conseguir se livrar disso. - Ele retirou os óculos. - Vou dizer isso de uma maneira que o senhor entenda. Você assinou, deu sua permissão e seu consentimento consciente para que o sr. Tomlinson seja seu dono. Você é como um eletrodoméstico para ele. E perante a esse contrato. - O homem suspirou pesadamente. Eu estava sem reação alguma. Não estava com cabeça pra isso no momento, o meu problema era Louis com uma vadia sabe lá onde assistindo filme. - E é claro, eletrodomésticos não questionam ou fazem qualquer coisa para interferir a vida de quem o compra. - Ele se referiu ao fato de eu ser fiel a Louis e Louis foder menininhas.

- Mas existem os eletrodomésticos que vem com alguns defeitos de fabricação. - Eu disse me levantando. Os olhares curiosos dos garotos e Fizzy me acompanhavam.

- Sendo assim, o comprador pode pedir para a fábrica lhe mandar outro. - Pierre concluiu.

- O Louis não tem onde pedir outro de mim! - Saí correndo daquela saleta. Zanzando por alguns corredos até achar um barulho semelhante a risadas. Caminhei até uma sala com várias poltronas e uma tela gigante. No meio das poltronas, estava Louis e a vagabunda trocando sorrisos e comentários sobre o filme que passava na tela.

- Com licença, Sr. Tomlinson. - Me coloquei na frente dos dois. Eleanor me olhou com nojo, já Louis tentava entender. - Nós temos muita coisa pra conversar. - Ignorei Eleanor e puxei Louis de uma vez.

- Me solte! - Ele tentou se livrar. - Você está estragando meu encontro! - Eu sorri ironicamente.

- Você não tem interesse nessa garota. Nem na coisa que ela tem entre as pernas. - Eu disse vitoriosos e ele me encarou incrédulo. Assim como Eleanor que havia se levantado.

- Nunca te disse que eu sou gay! - Ele rebateu rapidamente. Segurou a mão de Eleanor e se livrou do aperto das minhas.

- Eu não queria chegar a esse ponto! - Eu disse, joguei o corpo frágil de Louis contra meus ombros e saí da presença de Eleanor com os berros e os vários socos de Louis na minha costa. No hall da mansão estavam Niall, Zayn, Liam e Fizzy me olhando. Eles tinham sorrisos divertidos na cara e Louis parecia bem zangado.

- Mande esse brutamontes me soltar! - Ele berrou enquanto eu subia as escadas. - Fizzy, eu vou mata-lo! - Ele depositou mais alguns socos. - Eu posso matar ele, não posso? - Ele perguntava desesperado.

- Calminha, boo. - Eu disse abrindo a porta, com muita dificuldade, do nosso quarto. Joguei Louis na cama com uma brutalidade que ele merecia. Virei-me para trancar a porta e coloquei a chave no meu bolso.

- Eu vou te dizer apenas uma vez Harry Styles, me deixe sair daqui! - Ele apertou os punhos e fechou a cara em expressão de ódio.

- Se não o que? - Me encostei na porta debochado.

- Mando construir uma sala de tortura especialmente para usa-la com você! - Ele berrou. Louis me lembrava uma criança birrenta as vezes. E por algum motivo eu achava aquilo adorável.

- Ora Lou, precisamos conversar um pouco, como você diz, estamos casados agora, eu sou seu. - Eu disse em tom de deboche e Louis arregalou os olhos. - Não ache você que eu vou engolir essa história de "namorada". - Me aproximei de Louis com cautela. Ele me encarava incrédulo.

- Você acha que eu sou louco por você? - Ele me perguntou normalmente, como se fosse uma pergunta casual.

- Sim, assim como eu sou por você. - Repondi sem medir palavras. E ele sorriu.

- Tem razão. - Ele usou o dedo indicador para me chamar. Eu caminhei até ele lentamente, ele me puxou para sentar ao seu lado, assim que eu o fiz ele simplesmente se sentou em meu colo, com as mãos em cada um dos meus ombros. - Eu estou louco. - Ele passou o nariz em meu pescoço, minhas mãos afagavam sua cintura fina e meio afeminada com carinho. - Mas você Harry... - Ele sorriu e mordeu meu lábio inferior, o puxando entre dentes e dando leves mordiscadas enquanto ele rebolava e se ajeitava em meu colo. Soltei um grunhido fraco ao sentir a bunda farta de Louis pressionar meu membro com mais avidez. - Gosta disso? Uh? - Ele me despertou rápido, a minha calça começou a apertar e ficar incomoda. Louis não facilitava. - Você não está louco. - Ele levou a mão até o volume em minha calça e o apalpou, apertando generosamente com cuidado. Beijou meus lábios rapidamente em um selinho e se levantou. - Mas eu vou trabalhar para que isso aconteça, você vai realmente ficar louco. - Ele caminhou até a porta, me apoiei pelos cotovelos no colchão macio ao ver Louis tentar, sem sucesso abrir a porta. Ele se virou para mim furioso.

- Algum problema? - Perguntei cinicamente. Ele caminhou até a cama e olhou rapidamente para minha ereção antes de olhar em meus olhos.

- Me dê a porcaria da chave! - Ele ia avançar em mim, eu rolei para o lado e Louis caiu de bruços no colchão, eu não deveria fazer aquilo. Mas, eu não ligava para as possíveis reações de Louis. Me deitei sobre ele, encostando minha ereção em sua bunda, que se empinou no mesmo instante me arrancando um sorriso satisfeito.

- Me dê um bom motivo para eu não foder você agora. - Eu sussurrei em seu ouvido. A respiração dele estava acelerada e seus olhos fechados. Um ótima visão.

- Minha namorada está lá em baixo! - Aquelas palavras foram como um tapa na minha cara. Simplesmente me levantei e joguei a chave em cima das costas de Louis, se ele queria brincar, então que a brincadeira comece.

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