Uma nova Wendy

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Acordei no mesmo segundo que fechei os olhos. Estava em outro lugar. "Estou sonhando"- eu pensei.
Eu conhecia muito bem a terra dos sonhos. Gastei anos da minha vida lá. A sensação de estar flutuando além da realidade me confortou. Era como nos velhos tempos, só faltava uma coisa, ou melhor, alguém...
-Sentiu minha falta?
Me virei em direção a voz. Peter! Eu estava exaltada de felicidade, mas não corri até ele ou o abracei. Algum sentimento me impedia disso. Era como se fosse um ato vergonhoso. Pra minha sorte, ele não sentia isso, pois veio até mim e me abraçou.
Eu não disse nada. Ele deu um sorrisinho, me atacando com o olhar único que nenhum feitiço tiraria.
- Come on girl, let's play.
Eu sorri. Ele segurou na minha mão e no segundo seguinte estávamos no acampamento.
-Nossa, isso daqui parece abandonado.- eu disse mechendo nas teias de aranha.
-Pois é, não estou morando aqui.
-Não?
- Você está sonhando, Wendy. Só por isso estamos na Terra dos sonhos, na Terra do Nunca.
Fechei os olhos, sentindo o vento. Neverland.
- Achei que depois de uma certa idade, você não podia mais vir pra cá sonhando.
-Você sempre teve um dom especial com esse mundo.
Quando abri os olhos, Peter estava me olhando. Desviei o olhar. Eu não queria pensar em nada agora, eu estava na Terra do Nunca de volta, eu estava em casa de volta. Mas aí, os problemas voltaram em minha mente. Me virei abrupdamente a Peter.
- Peter, você precisa me contar o que eu devo fazer pra te ajudar. Você precisa voltar!
Eu disse aquilo sem ter tanta certeza. Peter estava tão calmo, tão... chato. Muito diferente do antigo Peter. O que ainda tinha maldade. Eu preferia esse. Vi a boca dele se abrindo para responder, mas antes de qualquer coisa, tudo começou a ficar escuro novamente.
-O que está acontecendo? Estou me sentindo tão sonolenta...
-Você está acordando, Wendy!
-Ah não! Me diga rápido, o que devo fazer?
E a última coisa que vi, foi uma fumaça verde, vindo em minha direção.
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Eu estava sentanda na loja do Gold.Todos me olhavam, com um ar superior. Eu tinha a Magia de Pan, por que não estão com medo? Até que senti algo nos meus pulsos. O bracelete. Eu comecei a rir. Decidi fazer uma brincadeirinha com eles.
-Fui eu quem criei esses braceletes, eles não funcionam em mim.
Quem ficou com a cara mais assustada, eu realmente não sei. Mas o Gold parecia um arco iris. Começou branco, depois amarelo, passou pra rosa, ficou um pouco roxo e terminou com o rosto meio verde. Eu não conseguia parar de rir.
- Nem brinque com isso, Wendy.- disse uma Regina corajosa.
-Nem estou ameaçando, Peter Pan está tão certinho agora. Um chato.- eu disse tirando os braceletes. Eles realmente não afetavam "minha" magia.
-Falou com Pan? Foi ele quem te deu isso?- Branca disse apontando para um pergaminho no meu colo. Eu nem tinha percebido. Dobrei ele e guardei.
-Não te interessa, pare de ser ridícula. Sabe, me deixem dormir, antes que eu mate todos vocês- eu falei tentando botar medo neles. Por dentro, estava rindo, já que quando eu me deitei e fechei os olhos, todos ficaram mesmo em um completo silêncio. Logo depois, a porta se abriu. E muito barulho me fez perceber que eram os anões.
-Sabe, podem me dizer qual de vocês é mudo?
-O que quer com o Dunga?- disse Leroy, parecendo corajoso.
- Quero dizer "Parabéns! " pra ele- estralei os dedos e raízes prenderam os pés de todos, menos Dunga- ele é o único que não merece morrer.
E com um silêncio total, saí da loja

OUAT In Never, Neverland♡Onde histórias criam vida. Descubra agora