"Second star to the righ and straight on till the morning"

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Claro que num estalo de dedos Emma e Regina poderiam tirar aquilo de todos, mas era só um susto, não era pra valer mesmo. Fui para um galho alto na floresta e comecei um projeto de casa na árvore. Um lugar pra mim dormir. Um lugar pra mim sonhar. Passei o dia inteiro fazendo isso. Ninguém me encontrou. No final do dia estava mais cansada do que um escravo de senhor de engenho. Ótimo. Seria ainda mais fácil cair no sono pesado. A casa havia ficado pequena, mas aconchegante. Fui em alguma loja comprar um colchonete e um travesseiro, e assim, deitei.
Só que o que eu não esperava, era esse pequeno problema. Eu não conseguia dormir. Por mais cansada e sonolenta que eu estivesse, eu não tinha sonhos, e o máximo de tempo de olhos fechados não passava de um cochilo. Foi num desses intervalos noturnos que eu me lembrei.
Como eu pude me esquecer!? Que burra, Wendy! O Pergaminho!!!
Saí num tipo de "varanda" da casa da árvore e senti a brisa. A minha camisola branca, minha favorita, pois me lembrava de todos os dias na Terra do Nunca, agora estava voando. Me sentei a luz da lua cheia e céu estrelado. Devagar e receosa, abri o pergaminho.
Para minha surpresa, não havia nada lá. Havia apenas um desenho. O desenho de alguma coisa que, na hora, eu nem reconheci. Fechei os olhos pensando, "Por favor Peter, você precisa colaborar", e quando ergui a cabeça para o céu eu vi, a estrela mais brilhante de todas as constelações, estava piscando pra mim. Eu sorri. Lembrei-me da voz dizendo "Tenha pensamentos felizes e você será capaz de voar" e logo depois "Segunda estrela a direita, e direto até o amanhecer". Era a vez de você voar, Wendy. Voar sozinha. Porque o desenho era visto no papel e refletido no céu. Essa era uma constelação, e das mais brilhantes. Era uma constelação com o formado da flauta dele. A constelação de Pan.

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