Capítulo 6

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Alan estacionou o carro uma quadra antes do local e, em poucos segundos, meus olhos já examinavam o movimentado pub. O som alto e abafado da música corroia meus ouvidos ainda do lado de fora e pude observar que o ambiente era pouco iluminado.
Pelo o que parecia, nossos nomes estavam em uma lista que um segurança alto e com cara de poucos amigos segurava, Zelune lhe lançou um sorriso e, quando a passagem foi cedida, ergueu os braços para o alto em comemoração.

- Hoje eu to afim de exageraAar - gritou com uma voz afetada e recebeu um tapa na nuca de Rafael, que ria descontroladamente.

- Se prepare. - dei um pulinho com a voz em meu ouvido que depois de alguns segundos reconheci ser de Maethe.

- Pra que?

- Eles bebem muito quando vão para essas festas. Graças a Deus que você veio hoje pra me ajudar. - Ergueu as mãos para cima e logo deu um risinho.

- Espero que nenhum acidente aconteça. - Falei para o ar, já que, a menina tinha se afastado e me deixado para trás com Rafael, que sem que eu percebesse, já carregava dois copos nas mãos.

- Toma, esse é seu. - Esticou o copo vermelho em minha direção e sorriu convidativo.

- O que garante que não tenha nenhuma droga aqui dentro? - arqueei uma sobrancelha, olhando para o menino que sorria e logo virava o líquido em sua boca, fazendo uma careta em seguida.

- Nada. Mas acho que nós não precisamos disso. - Piscou esperando qualquer reação minha. Apenas dei de ombros, indiferente. - Quero achar um amigo, vamos? - Apontou a cabeça para a pista de dança, se ele achava que eu iria entrar no meio daquela gente pra achar uma pessoa que eu nunca vi na vida, estava errado.

- Vou ficar por aqui mesmo, depois nos esbarramos. - Gritei gesticulando com as mãos, o som ficava cada vez mais alto e era impossível ouvir a própria voz.

Ele se virou e saiu perambulando. Encarei a bebida em minha mão e decidi experimentar, não podia ser nada demais. A, agora reconhecida, batida de vodka, fez com que meu corpo estremecesse por um segundo, logo se acostumando com o ardor do líquido. Sorri ao ver que em pouco tempo tinha esvaziado o copo e direcionei-me ao bar, que estava vazio. Observei a grande lousa que tinha os nomes de diversas bebidas e me interessei por uma que ao menos sabia o que era. Não me dei ao luxo de perguntar nada, ninguém precisava saber que essa era a minha primeira vez em um lugar desses.

- Um Apple Martini, por favor. - sorri, tentando não falhar a voz ou parecer inexperiente.

- Bela escolha pra uma iniciante. - O barman, todo vestido de preto e com um brinco prata que reluzia em uma das orelhas, sorriu parecendo ler minha mente.

- E quem disse que sou uma iniciante? - me sentei em um dos banquinhos dali e apoiei o rosto em uma das mãos.

- Trabalho aqui há muito tempo. - piscou, se abaixando para buscar um balde de gelo. - Qual seu nome?

- Alice. - respondi sem emoção

- Alice de que? - abriu uma garrafa de licor de maçã e me encarou. Ora, nunca tinha me visto na vida e já queria saber de tudo.

- Porque te interessaria? - Arqueei uma das sobrancelhas e vi o sorriso em minha frente murchar.

- Na verdade não me interessa. É só pra ver se você precisa pagar ou o nome está na lista, mocinha.

- Alice Alencar. - Informei entortando os lábios, talvez em forma de desculpas.

- Certo. - fez um tipo de risco em uma folha de papel e me entregou a grande taça com a bebida. - Aqui está.

The Neighbors || CellbitOnde histórias criam vida. Descubra agora