Decolando para o sucesso

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Já não bastava eu ter de encontrá-lo, ainda tinha vários fotógrafos ao nosso redor e eles claro pediram para a gente tirar uma foto juntos para mostrar que estava tudo "resolvido". O grande problema é esse, não estava tudo resolvido, ainda tinha muitos pingos nos "i" para colocar, porém eu aceitei tirar a foto era o mínimo que eu poderia fazer pelos meus fãs eles têm sofrido tanto que toda que vez que posso tento dar a eles sinais de que tudo vai passar e que estou bem apesar dos pesares.
Rafael, meu ex, não gostou muito da situação estava em sua cara isso, eu não queria nem ver essas fotos até porque não era obrigada.
Ele veio me cumprimentar, perguntou se eu estava bem mas, estava tão frio, tão distante eu queria entender onde tinha parado aquela pessoa maravilhosa que eu conheci a 9 meses atrás, porque na minha frente não estava, ah, mas não estava mesmo.
Depois desse pequeno constrangimento fomos para rumos diferentes, assim como na vida. Eu me encontrei com minha amiga Amanda, também conheci ela no confinamento e acho que foi a única coisa boa que me restou daquele programa além de meus claro, eles eram minha prioridade no momento assim como meu curso.
A noite estava agitada como a de ontem, cantamos no karaokê para muitas pessoas e eu me diverti horrores fazia tempo que não me sentia tão feliz. Depois fomos à montanha russa, e acho que deixei meu estômago lá mesmo ou mais que isso, talvez a cabeça.
Sempre fui muito impulsiva, e quando me falaram da entrevista que o Rafael deu, o sangue me subiu a cabeça. Não era a primeira vez que ele dava esse tipo de entrevista, e é exatamente aí que voltamos ao começo dessa história.
Quem ele pensava que era? Quem ele pensava que eu era? Não é possível uma pessoa mudar tanto, da noite pro dia, da água pro vinho. Não pensei duas vezes e fui tirar satisfação, fazia tempo que estava me coçando para não tomar tal atitude e como já estava meio alterada por conta do álcool escolhi aquele momento.
- Rafael, eu preciso falar com você.
Ele se virou e me encarou, estava acompanhado de um colega, não sei o nome deve fazer parte da nova fase da vida dele, aquela, que ele me excluiu.
- Que história é essa que eu pedi pra tirar foto com você? Você tá louco? Só pode, porque em cada entrevista sua eu me decepciono mais. Eu já não te conheço.
- Que entrevista? Que foto?
- Não se faz de bobo, impressionante né você tem uma memória de elefante, nunca se lembra de nada mas também nunca pensa duas vezes antes de me machucar e machucar aqueles que gostam de você, faz um favor? Vê se me esquece, não toca mais no meu nome, não se dirige mais á mim, se estiver na mesma calçada que eu ou desvia ou eu desviarei.
- Eles sempre distorcem tudo Talita, e outra eu não te devo satisfações você não é mais nada minha.                                     Essa doeu, mas eu não deixaria por menos.
- Não sou mesmo, só estou te falando para tirar meu nome da boca.Nada que venha de você me interessa mais, mas se você tocar no meu nome aí começa me interessar, se você quer aparecer arrume outro jeito, eu não tenho mais nada haver com você e hoje o único sentimento que cultivo por ti é pena, infelizmente.                                    Depois disso, sai, não iria suportar respirar o mesmo ar que ele, em pensar que apesar de negar eu ainda gosto dele, talvez amar não seja a palavra certa ele me magoou demais e amor para mim tem de ser recíproco senão não é amor é paixão ou coisa qualquer.