Decolando para o sucesso

Extra: pingos nos "i"

-Quer água ou um suco? Me perguntou aquele cara.
-Não eu estou bem.
-Então fique a vontade.
-Meio difícil. Sussurrei.
-Oi? Disse alguma coisa.
-É meio difícil eu ficar a vontade.
-O que que eu te fiz cara?
-Você tenta roubar minha mulher e meus filhos e ainda pergunta?
-Eu não estou tentando roubar nada.
-Então o que foi "vou te ajudar em tudo que estiver ao meu alcance meu amor" Falei imitando sua voz como uma criança.
-Foi um amigo tentando ajudar uma amiga.
-Amigo, se isso for amizade eu não sei de mais nada nesse mundo.
-Me poupe Rafael, quem é você para me dar lição de moral?
-Você não sabe de nada.
-Muito pelo contrário, eu sei de tudo meu amigo. O tanto que a Talita sofreu e sofre por sua causa, eu sei porque foi a mim que ela procurou quando você mais uma vez pisou na bola com ela, eu sei porque foi eu quem enxuguei suas lágrimas e eu sei porque eu sou homem não um moleque como você.
-Moleque? Você só pode estar brincando você nem me conhece.
-Eu não preciso te conhecer para saber afinal você é um moleque porque suas atitude falam por si.
-Eu posso ter sido moleque quando eu perdi a Talita por besteira, mas depois que eu a perdi eu me tornei homem porque a dor faz a gente crescer e eu percebi o que realmente importa na minha vida. Mesmo que ela não estivesse grávida seria ela que eu escolheria para ser mãe dos meus filhos, mesmo que ela tente me afastar eu vou voltar a me aproximar porque eu a amo e não vai ser nem você e nem ninguém que vai atrapalhar nosso amor.
-Sua visão de amor é meio deturpada não é mesmo?
-Não me interessa sua opinião sobre mim, eu vou te dar um aviso e vai ser só uma vez: você não é o pai dos bebês da Talita, sou eu. Você vai sair do meu caminho de qualquer forma, nem que eu tenha que te atirar para escanteio.
Ouvimos então o barulho da escadaria, Talita estava descendo e voltamos a nossas posições iniciais cada um em um canto da sala, já tinha dado o meu recado ninguém mais se meteria no meu caminho a encontro da Tá!