Capitulo 77

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Tinha chamado Rafael para conversarmos sobre morarmos juntos, foi bom termos nos encontrado lá porque eu estava com muita vontade de comer sorvete de limão, eu andava cheia de desejos.Jogamos um pouco de conversa fora durante um tempo até chegarmos ao assunto principal.
-Então, você percebeu que não tem nada demais morarmos juntos?
-Rafa, eu tenho uma proposta.
-Diga.
-Eu conversei com a Vivi e ele me fez enxergar que não existe problemas em morarmos juntos, acontece que eu também não me sentiria a vontade nesse momento morarmos junto...
-Talita do céu...
-Deixa eu terminar. Enfim, mas ela me abriu os olhos que você realmente tem que ficar mais perto dos nossos filhos, então que tal você dormir pelo menos por enquanto quatro dias por semana lá em casa?
Ele pareceu pensar sobre o caso, não era um proposta absurda e os dois teriam que ceder.
-Tudo bem, é melhor que nada. Mesmo achando que desse jeito as coisas vão ficar mais difíceis já que vou ter duas casas teoricamente.
Fiquei quieta, me sentia culpada por fazer passá-lo por essa situação mas é melhor que nada.
-Você tem que voltar que horas para o restaurante?
-Eu tenho mais umas duas horas livres, por que?
-Só queria saber.
-Ah.
-Na nossa última conversa a gente acabou para variar brigando e eu queria te dizer que acho que já está na hora de comprarmos os móveis para o quarto dos bebês.
-Eu também estava pensando nisso, a gente pode ir segunda? Que o restaurante não abre.
-Pode ser, mas tem que ser depois da minha consulta.
-Então a gente vai na consulta e depois passamos para ver as coisas.
-Combinado então.
-Vamos andar um pouco?
-Vamos.
Saímos da sorveteria e o Rafa colocou a mão em minha cintura, gostei daquela sensação depois ele segurou minha mão e eu olhei para elas juntas como antigamente. Ele percebeu meu olhar e disse:
-Você se importa?
-Não, eu não me importo.
Ele sorriu e continuamos a caminhar. O bom de morar no Rio de Janeiro era que lá era realmente uma cidade maravilhosa.
-Eu sinto tanta falta desses momentos de paz entre nós.
Sentamos em um banco e sem desgrudar nossas mão encostei minha cabeça em seu ombro.
-Eu sei do que você está falando.
-As vezes eu fico pensando em como as coisas poderiam ter sido diferentes.
-As coisas são e estão do jeito que devem ser.
-Desculpa.
-Rafa, me promete uma coisa?
-Claro.
-Não me peça mais desculpas ou perdão, já passou e mexer no passado só nos machuca mais ainda estou me esforçando para esquecer e recomeçar em nome dos nossos filhos.
-Eu te amo tanto.
E uma lágrima caiu de seu olho.

Decolando para o sucessoOnde histórias criam vida. Descubra agora