Extra: nascimento

332 20 10
                                    

Meu Deus! Meus filhos vão nascer, ainda bem que eu tinha ficado em casa com a Talita não to acreditando que eu vou ser pai, eu vou pegar meus pequenos no colo, eu estava desesperado fazia dias parecia que quem ia parir era eu, mas quando a Talita me disse que estava com medo eu fiquei muito emocionado ela não era do tipo que tinha medo, ela encarava as coisas e normalmente mesmo que estivesse com medo ela negava.
Durante o caminho eu via ela fazendo caretas de dor, aquilo já estava começando doer em mim também mas eu tentava acalma-lá.
-Respira, pensa nas carinhas deles.
Ela apenas tentava sorrir para mim mas seus olhos estavam cheios de lágrimas, nunca na minha vida chegar em um hospital significou um alívio tão grande como o que eu sentia nesse momento.
Logo que entramos já a colocaram em uma cadeira de rodas e foram levando-a para dentro antes dei um beijo em sua testa e disse:
-Vai dar tudo certo amor, eu já estou indo.
-Não demora por favor!
-Não vou.
Então fui fazer toda a papelada do hospital e quando finalmente acabou eu fui de encontro a Talita. Ela estava em uma maca e já estava fazendo força já que segundo a médica ela já estava dilatada o suficiente. Eu tinha certeza que se eu fosse ficar perto da médica eu desmaiaria então fiquei ao lado da Talita e ela segurou minha mão.
-Faz força mamãe.
-Eu não aguento mais.
-Tá, eu sei que você consegue pensa neles só neles.
Ela fazia cada vez mais força e suava bicas e apertava minha mão de um jeito que parecia que esmagaria todos os meus dedos, seria um pai sem dedos se aquilo durasse por mais tempo.
-Só mais um pouquinho que um já está vindo.
Então a Talita empurrou mais um pouco e ouvimos um choro, era a música mais linda que já tinha ouvido.
-Vem papai, vem ver a sua princesa.
Eu fui até lá e minha pequena estava gritando a todos pulmões.
-Quer cortar o cordão?
-S-sim! Eu disse meu trêmulo.
Cortei o cordão e então ela enrolou a pequena Maria e me entregou, ela era linda demais tinha os cabelos clarinhos e os olhos azuis como os meus, Talita chorava e pedia para ver nossa pequena e quando eu a coloquei em seu colo ela se acalmou e a Talita ficou radiante como nunca antes. Levaram ela para fazer a pesagem e limpa-la foi quando a médica disse.
-Agora é a vez do nosso garotão mamãe.
E Talita voltou a fazer força, porém dessa vez foi tudo mais rápido e logo o Gustavo.
-Olha papai como eu sou forte. Disse a médica.
Eu cortei o cordão umbilical novamente e fiquei com meu garoto no colo, ele tinha puxado a Talita com os cabelos mais escuros mas seus olhos era meio verdes, meio azuis, era tão lindo quanto a mãe e a irmã.
Entreguei ele para a Talita, ele não chorou tanto quanto a Maria parecia ser mais calmo e manhoso.
Eu observava a Talita e ela seria uma ótima mãe eu não tinha dúvidas parecia que ela tinha nascido para aquilo. E quando a enfermeira levou ele também, me aproximei.
-Eles são lindos amor.
-São Rafa, e o melhor é que são frutos de um amor tão lindo quanto eles.
-Eu te amo.

Decolando para o sucessoOnde histórias criam vida. Descubra agora