Capítulo 5

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Estávamos todos bem instalados, algumas das pessoas tinham saído.

Andei a minha barraca para pegar algumas coisas. Vi que minha arma estava guardada no mesmo lugar de sempre, peguei e coloquei em meu coldre. Fui ao meu carro e saí.

Rodei por uma cidadezinha próxima, eu poderia achar algumas coisas úteis, remédios, suprimentos ou qualquer coisa que pudéssemos utilizar. Parei meu carro em frente ao supermercado velho. Saí do mesmo e adentrei no local.

Andei por todo o mercado, consegui pouca coisa. Em uma das minhas andanças, senti que alguém estava bem atrás de mim, saquei minha arma e apontei para o rosto conhecido.

— Ryan. - Baixei minha arma. — Pensei que estivesse...

— Sei, que eu estivesse morto, eu vi o Matt morrer, te liguei e você nem sequer atendeu. - Ele pegou forte em meu braço. — Sabe não é de hoje que tenho vontade de te matar.

— É, então vai me mata, você sempre foi um incompetente mesmo, sempre achando que é melhor que os outros, você não passa de um imbecil. - Gritei.

— Você é uma vadia mesmo tinha que ter te matado quando tive a chance. - Ele colocou sua arma em minha cabeça.

Ryan! - Um rapaz o chamou. - Uau encontrou uma belezinha aqui nesse fim de mundo. - O rapaz aproximou-se. — Vai matá-la porque podemos nos divertir um pouco.

— Nem pense em encostar em mim seu imundo. - Virei para o rapaz.

— O que foi? Não quer ter um homem... - Ele sorriu.

— E cadê o homem? - ri debochadamente. — Só estou vendo um saco de merda na minha frente.

Levei um tapa de Ryan. O outro rapaz me segurou forte pelos braços enquanto Ryan tirava seu cinto. Aquele imbecil iria fazer aquilo comigo. No mesmo instante ouvi um tiro, o peito de Ryan estava sangrando e antes do desgraçado morrer ele disparou contra nós e acertando meu braço e fazendo com que eu caísse no chão.

Daryl*

Voltei para a fazenda, minhas buscas foram falhas, deixei a besta dentro da barraca, olhei e faltava algumas armas, com certeza Cris saiu. Saí da barraca assim que ouvi um carro parar bruscamente perto da casa.

- ME AJUDEM AQUI. - Shane saiu gritando, e indo para o banco de trás.

O que houve? - Lori saiu de dentro da casa assim como os outros.

— CRIS FOI BALEADA! - Corri em sua direção.

— QUEM FEZ ISSO COM ELA. - Gritei.

— Dois imbecis, ela estava no armazém e um deles iria estupra-la, mas cheguei a tempo.

— Eu vou matar os dois. - Grunhi.

— Não precisa já fiz isso.

Shane e Rick ajudaram a levá-la ao quarto sua blusa estava cheia de sangue, Hershel pediu que saíssemos de lá. Fui para a sala da casa e andei de um lado para o outro, estava com ódio, queria eu mesmo ter matado os dois.

— O que aconteceu? - Dale apareceu na sala.

— Cris foi baleada...

— Como? Ela estava aqui quando saí.

— Ela é teimosa com certeza quis procurar pela garota também, Shane a trouxe. - Passei a mão em meu cabelo. Hershel saiu de dentro do quarto. — Como ela está? - Virei.

— Bem, agora ela está melhor, consegui retirar a bala que ficou em seu braço. Está dormindo, daqui a pouco ela acorda.

— Posso vê-la?

— Claro. - Ele deu espaço para passar entrei e adentrei no quarto. Ela dormia profundamente peguei sua mão e baixei.

Fiquei por horas ali, até sentir ela apertar minha mão, fazendo sentir um certo alívio.

— Você está preocupado? - Ela sorriu.

— Você acordou, é o que importa, porque saiu? Era para ter ficado aqui.

— Eu tinha que procurar por ela, por comida e remédios. - Cris tentou sentar mas seu braço doeu. — Um dos rapazes que trabalhava comigo estava lá, ele que me acertou.

— Não quero que você saia daqui assim, vai que aconteça novamente. - Ela passou a mão em meu rosto.

— Adoro quando fica preocupado comigo. - Ela sorriu e aproximou-se beijando-me. Ouvimos um pigarreio.

— Vim ver como a moça está. - Hershel entrou no quarto.

— Obrigada por me ajudar. - Cris agradeceu enquanto ele a examinava.

— Quero que passe a noite aqui, você pode ter febre mas tarde e tenho que fazer outro curativo. Não faça nenhum esforço, descanse, qualquer coisa que sentir me chame. — Hershel saiu assim que terminou de explicar tudo para ela.

— Consegue passar a noite sem a minha  presença?- Ela sorriu.

— Vou aguentar. - Nos beijamos.

— Fica aqui só mas um pouco, estou sem sono mesmo. - Voltei a sentar na cadeira. — Agora me conta porque está tão preocupada com a garota?

— Ela é importante, e também não tenho mas o que fazer.

— Você mudou bastante Daryl Dixon, estou gostando dessa sua nova versão.

Ela pegou novamente em minha mão.

— Não queria que tivéssemos nos separado anos atrás.

— Não foi culpa sua, eu que fui imaturo demais e só percebi muito tarde.

— Só que agora estamos juntos de novo não é mesmo? E você não vai me deixar.

— Claro que não Cris fui um idiota no passado, sempre estive seguindo os passos de Merle, e acabei me deixando levar por um sentimento idiota. - Tentei afastar o pensamento daquela noite.

— Do que você está falando? O que você fez naquela noite Daryl? - Cris puxou sua mão devagar.

— Melhor não falarmos nisso, melhor esquecermos, você precisa descansar - Me aproximei de seu rosto e beijei.

— Tudo bem Daryl - Ela sorriu novamente. — O sono está voltando.

— Vou ficar aqui até você dormir.

Ela virou-se para o lado e aos poucos adormeceu, saí do quarto e fui para a minha barraca.

Love Is Not Dead || Daryl Dixon ||Onde histórias criam vida. Descubra agora