Dominus - Os Escolhidos

4° Capítulo - Um amor à tona

Subi nas costas de Stiles, Susan na de Jacob e, por fim, Audrey na de Chris. Apesar de Stiles e eu sempre ganharmos, eles nunca perdem a esperança de que um dia serão melhor que nós.

A verdade é que Stiles é tão bom quanto eu com esportes, principalmente com artes marciais. As vezes penso que ele nasceu manuseando um taco, pela rapidez e precisão dele ao pegar o instrumento. Apesar de não aparentar, é muito forte. Sabe, ele tem um jeitinho de nerd, uma cara de anjo e se veste como qualquer garoto normal de quinze anos, ninguém diria que aquele mesmo garoto é tão esperto.

Levantei as mãos para o alto e senti o vento soprando em meu rosto. Aquela sensação de liberdade é tão boa, que eu poderia ficar ali por mais uma década sem reclamar. Os braços de Stiles me deixam tão confortável que é como se eu estivesse sobre um travesseiro de penas.

Como o esperado, nós ganhamos. Não é difícil imaginar que somos uma dupla imbatível, espero.

_Assim não é justo! Se eu fosse com o Stiles, ou até com a Aria, é claro que ganharia. Esses dois são mais fortes que Os Vingadores juntos. -resmungou Audrey, como sempre faz.

_Cala a boca e não chame atenção. Essa é a primeira regra, Audrey. -eu disse.

Estamos na portaria do colégio, prestes a entrar, e eu já havia feito isso tantas vezes que sabia até os horários de cada guarda e os locais onde tinham câmeras de segurança.

Para entrar, precisamos nos identificar e falar que iríamos conversar amigavelmente com o Diretor, o que não foi difícil, já que aqueles seguranças são uma merda. Como Jacob falou, Susan, Audrey e ele ficaram nos locais cegos pelas câmeras, vendo se tudo ocorria bem e, se algo acontecesse, me mandariam uma mensagem no celular. Chris, Stiles e eu fomos a sala do diretor com o papo de que precisávamos discutir melhor sobre as aulas de química, porque não gostávamos da nova professora. E, por incrível que pareça, ele caiu direitinho.

Stiles e eu ficamos responsáveis por identificar a chave e Chris, por entreter Mark.

Entramos e logo nos sentamos, cada um em uma cadeira. Chris começou a puxar assunto, meio sem graça, mas começou. Stiles e eu, disfarçadamente, começamos a rolar os olhos por todos os cantos. Pensamos que seria difícil, mas a chave estava por cima da mesa, com uma bola de futebol americano como chaveiro. Há algo mais óbvio? Acho que não.

Mandei uma mensagem para Stiles e ele se assustou ao sentir o celular vibrar, mas logo se acalmou ao ler a mensagem. E me mandou outra:

"Eu e Chris vamos distraí-lo. Aproveite e pegue a chave."

Assenti com a cabeça e ele logo começou o seu show, como uma pessoa pode ser tão boa atuando daquela maneira? Esse garoto tem pacto com o demônio, só pode.

Stiles se levantou e chamou Mark para virar-se. Quando ele se virou e seus olhos não estavam mais em meu campo de visão, peguei a chave e enfiei dentro do bolso.

Ao ver que eu já havia concretizado essa parte. Ele começou a enrolar um papo furado para que pudéssemos sair mais rápido, dizendo que tínhamos muitos trabalhos, principalmente de química. Garoto esperto!

[...]

_Moço, quanto fica a cópia dessa chave? -Susan mostrou a chave a um senhor de idade, em uma loja antiga, na esquina da rua de Jacob.

_Dez dólares, querida.

_E em quanto tempo fica pronto? -interferi.

_Daqui umas duas horas, princesinha.
Eu ri.

Nós rimos.

_Ok. Daqui duas horas estarei aqui. Tchau. -disse Stiles.

Saímos da loja e eu não me contive. Precisava saber para quem seria a festa, e quando.