pandemonium • muke [c]

14 (minutos)

Eu estou largado no chão, de olhos fechados, e me dou conta de que não sei o meu nome.

Não sei uma letra. Não sei uma sílaba. Não sei uma vogal. Não sei uma inicial. Não sei uma consoante.

Não sei como o meu nome soa.

Eu estou perdido. Um garoto perdido.

Isso se, claro, eu sou realmente um garoto.

Mas o incômodo no meio das pernas confirma isso.

Eu estou com frio. O chão é gelado. Eu estou despido. E o chão é gelado.

De gelo.

Como os meus sonhos de ficar com ele.

Ficar com Luke.

Pelo resto das nossas vidas. E talvez até depois da morte. Totalmente concretos.

Mas tem algo errado.

Algo que eu não estou lembrando.

Vida. Morte.

Morte. Vida.

Apodrecimento de corpos, sucumbindo ao tempo. Debaixo da terra, dentro de caixas que retém os resquícios do que um dia já foi alguém. Guardando uma história.

Uma história de morte e amor e provocações.

Não, não, não nessa ordem. Amor. Provocações. E morte.

Luke está morto. É isso.

Ele está morto.

Morto.

Morto.

Eu gostaria de saber o porque.

Ou talvez eu saiba e só esteja em negação. Não lembrando. Ocultando a memória de um passado que eu tive.

De um passado que eu tive.

De um passado que eu tenho.

Eu tenho um passado.

Eu realmente tenho um passado.

Um passado com ele.

E os sonhos derretem.

E ele está morto.

E eu estou louco.

É a única explicação.

† † †

oi.

bipolar esse michael.

qq eu to fazendo da minha vida

YOU'RE THE JUDGE, OH NO, SET ME FREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE