Céus Vermelhos: Ponto Zero

Prólogo Sirius A/Esarax/8,3 anos-luz da Terra B3 0008 AI h?Mim?

Subitamente um homem surge em meio a um clarão de luz. Desnorteado, prestes a vomitar, ele cai de joelhos.

- Athi, eu preciso de um relatório de pressão atmosférica, depressa, por favor.

- A pressão atmosférica é de 1 atm, temperatura 21 graus Celsius, composição atmosférica é de, 0,39% gás carbônico 78,09% de nitrogênio, 20,95% de oxigênio...

- É respirável?

- Sim

Sem pensar duas vezes, ele retrai seu elmo e vomita violentamente.

- Minha análise não indica nem um agente patológico orgânico, se isso for do seu interesse...

- Ughhhhahhhh, calada... Ughh!!

Após alguns minutos, ele se recompõe e olha à sua volta. Nota que as estrelas naquele estranho céu não lhe são familiares, tampouco o lugar de sua miraculosa aparição sob um parco céu de uma coloração laranja-avermelhado como o crepúsculo na Terra. Ele pergunta a si mesmo aonde ele fora parar.

As estruturas à sua volta reluzem como se fossem de ouro e, embora distantes umas das outras, ele pode notar um padrão, como se todas elas servissem a um único propósito. Após alguns segundos examinado o estranho lugar onde ele se encontra, percebe que todas as estruturas formam um círculo e para seu espanto, elas parecem estar perfeitamente alinhadas com sua posição.

- Onde nós estamos, Athi? Que lugar é esse?

- Um momento, adquirindo dados... acessando coordenas estelares a partir do exotraje... embora esse não seja um planeta conhecido no mapa galáctico da Aliança Estelar, acredito que estamos no terceiro planeta da estrela conhecida no seu mundo como Sirius A.

- Sirius? Quão distante estamos da Terra?

- 8,3 Anos-luz Senhor.

- Alguma ideia de como nós chegamos aqui?

- Existe uma probabilidade de 97% de termos sidos teletransportados por alguma tecnologia ainda desconhecida existente no planeta Consciente. Minha teoria é de que essa tecnologia é baseada em partículas-espelho...

Enquanto sua I.A. lhe explica a teoria espelho, ele divaga. "Como poderia estar ali?". Pensa que deveria estar morto, pois nada no universo poderia tê-lo salvado, "a menos que algo ou alguma coisa interviesse". O que, para ele, foi obviamente o que acontecera.

- Senhor? A análise de seus dados neurais sugere uma chance de 72% de você não estar prestando atenção à minha explicação. Além do mais, o senhor deveria olhar para o chão, bem à sua esquerda.

Ele se vira e vê uma linha brilhante no chão. Ela não estava ali antes, e ele tem certeza disso, pois observara bem o suficiente tudo à sua volta assim que se recobrou de seu súbito mal-estar. O ato consciente de observar tudo à sua volta era agora parte de sua natureza inquisitiva e vigilante. Seu treinamento lhe moldara dessa maneira. Suas batalhas lhe infundiram essas características vitais que ele dominara. A mera ideia de que ele não houvesse prestado atenção lhe é uma ofensa gravíssima, mas ele sabia, ele tinha certeza de que aquela "maldita" linha azul que brilhava não estava ali antes.