Capitulo 4 Pisando em flores

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- A coletividade necessita de mais dados referentes à missão diplomática das formas orgânicas conhecidas como Kendorianos, quais eram os planos do orgânico designação: comandante Raw, Ron neste ponto?

- Honestamente eu não sei, acho que talvez nem ele soubesse, só o que eu sabia é que eu deveria ajudá-los e...

...Apesar de Kyrie ter me prometido, que não descansaria até seu pai me dar a "infusão", eu não ligava mais para isso na verdade, o que não saia da minha cabeça era que eu tinha que achar um jeito de ajudá-los a sair da Terra, pensei até em chamar a mídia, repórteres, o Discovery Channel, fazer um "reality show", mostrar para todo mundo o que os americanos fizeram e o que eles vinham escondendo do mundo desde então.

Depois de ponderar muito sobre o assunto eu percebi que isso não ia ajudar em nada, era capaz de piorar a situação deles, mas ainda que não soubesse o que eu deveria fazer para ajudá-los, eu estava convencido de que tinha que ajudá-los de alguma maneira.

Eu estava bem melhor agora, depois de pelo menos um mês sobe os cuidados da medicina kendoriana, meu cabelo tinha crescido de novo as cicatrizes estavam desaparecendo, mas minhas pernas e meus braços ainda não respondiam muito bem, e mesmo sabendo que sem o tratamento que Ron guardava para Arikel e que poderia me curar completamente, isso já não me importava mais, eu estava aceitando minha nova condição.

Um engenheiro Kendoriano chamado Devar Ti adaptou uma cadeira móvel que literalmente flutuava, alem de um "exoesqueleto superior", que fora nitidamente improvisado para que eu pudesse mover meus braços sem muito esforço, os controles eram conectados a uma tira que ficava em volta de minha cabeça criando uma conexão direta com minhas ondas cerebrais.

Eu podia ir pra lá e pra cá no abrigo deles agora, e no dia em que o engenheiro Devar Ti fazia uns ajustes na cadeira, nós conversamos um pouco, ele não falava nossa língua, mas isso não era problema porque Athi traduzia tudo inclusive os idiomas terrestres.

Nós conversamos mais sobre a tecnologia kendoriana, e ele me explicou o funcionamento das naves deles, desde a capacidade delas de viajar mais rápido do que a luz até seus sistemas defensivos e bélicos.

Muitas coisas das quais ele me falou eu não entendia mesmo, coisas como dispersão de massa, engines de dobra ativadas por energia zero, ambígua-equivalência energética e amplificadores de energia escura, nada disso fazia sentido para mim, eu não entendia nada de física quântica, mas algumas coisas das quais ele falara eu entendia, e uma dessas coisas era a capacidade de vôo de nossas aeronaves e isso era uma coisa que eu entendia bem, mas que a principio me pareceu que ele não entendia.

Ele me disse que no dia em que eles foram abatidos pelos americanos, os caças haviam perseguido eles além dos limites da nossa atmosfera e eles tinham um excelente sistema de "drifting".

Embora eu também não entendesse quase nada de propulsão de foguetes e de engenharia de vácuo, eu sabia muito bem que nunca houve caças capazes de cruzar a fronteira da atmosfera tão pouco capazes de manobrar em gravidade zero. Tentei explicar isso pra ele, mas ele simplesmente deu de ombros.

Havia algo que não fazia sentido, se eles foram abatidos como isso foi possível? Meu Deus a nave deles tinha tecnologia de "escudo", nossa tecnologia nunca foi tão avançada, havia algo mais acontecendo, eu me perguntava o que de fato eles haviam enfrentado ao chegarem à Terra, não fazia sentido, eu simplesmente não podia compreender, eu era um fascinado por aeronaves desde minha infância e a simples idéia de uma aeronave de guerra hibrida, um "caça espacial", me soava ridícula, pelo menos do ponto de vista da nossa tecnologia.

Céus Vermelhos: Ponto ZeroOnde histórias criam vida. Descubra agora