Capítulo 17: Quero Um Abraço

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Acordei com um sorriso enorme no rosto.

Tomei um banho e desci pra tomar café, a Lia estava lá cozinha com o meu irmão.

- Nossa, que sorriso é esse? Até parece o coringa. - ela fala.

- Engraçada você. Licença, tenho que ir pra escola. - falei pegando uma maçã que estava em cima da mesa.

- Acho que você nem vai conseguir passar na porta com esse sorriso enorme. - ela provoca.

- Tchau, Lia.

Fui até a casa do Lincoln, mas como ele não apareceu resolvi ir pra escola.

Chegando lá, eu encontrei o Lincoln abraçando a Lúcia. Nossa, ela estava chorando. Resolvi ir até eles, queria saber o que estava acontecendo.

- O que aconteceu? - eu perguntei quando os dois se afastaram.

- Uma coisa horrível, a mãe dela morreu.

- Lúcia, eu sinto muito, eu sei bem o que você está sentindo. - falei encarando ela.

- Obrigada, Ana - ela se aproximou de mim e me abraçou.

Nossa  Lúcia me abraçou sem nenhuma faca ou arma na mão. Incrível.

- Se você quiser desabafar eu estou aqui. - eu pego na mão dela e depois volto a falar com o Lincoln. - Eu vou pra sala, a gente se fala na saída. - ele me da um selinho e volta a falar com a Lúcia.

Eu fui pra sala e encontrei a Karol toda sorridente.

- Ana, eu não consegui dormir a noite, eu só pensava no Lucas. Será que ele vai gostar de mim?

- Claro que vai, você é linda, alta, divertida, meiga. Só se ele for louco para não gostar de você.

- Valeu. - ela me abraça.

( ... )

Na hora do intervalo só ficou eu e a Karol na sala.

- Ka, espera aqui na sala que eu vou lá chamar ele.

- Mas antes de você ir, eu estou bonita? - ela pergunta.

- Você não esta bonita, você é bonita. Agora deixa eu ir lá.

Sai da sala deixando a Karol sozinha se preparando.

Fui até o refeitório procurar o Lucas, ele estava conversando com uma garota, mas assim que ele me viu foi até mim.

- E ai Ana, cadê sua amiga? - ele pisca.

- Vem comigo. - eu pego no braço dele e levo ele até a sala aonde a Karol estava.

Mas fiquei surpresa quando encontrei a sala vazia.

- Cadê sua amiga? - ele pergunta.

- Eu não sei, acho que ela foi no banheiro.

- Para não precisa mais mentir.

- Como assim? - eu perguntei confusa.

- Eu sei que é você que quer ficar comigo, só inventou esse negocio de amiga por que é vergonhosa, mas não precisa mais mentir.

- Você é louco? Eu não inventei nada.

-Olha gata estamos aqui sozinhos, vamos aproveitar esse momento a sós. - ele se aproximou de mim e me beijou.

Eu tentei me afastar, mas ele era mais forte.

- Você é louca? Por que me mordeu? Você me machucou- ele fala com a mão na boca.

- Mordi mesmo. Quem mandou você me beijar? Não sou eu quem gosto de você. - eu olhei pra porta quando senti alguém nos observando.

Droga, alguém viu.

Sai correndo da sala e vi a Karol correndo no corredor.

- Karol espera, não é isso que você está pensando. - falo correndo atrás dela.

- Me deixa Ana, você é muito falsa. - ela estava correndo tão rápido que eu perdi ela de vista.

Voltei pra sala de aula e o Lucas ainda estava lá.

- Então tinha uma amiga sua mesmo? - ele fala com dificuldade, sua língua estava doendo.

- É Lucas tinha, mas agora por culpa sua ela nem vai querer ser minha amiga mais. Muito obrigado.

- Desculpa, foi mal, achei que era mentira.

- Vocês garotos só sabem se desculpar.

- Então, o que você quer que eu diga?

- Nada, eu nem quero ouvir sua voz-.  eu olhei pra ele com cara de brava ele saiu da sala.

Sentei no meu lugar e fiquei lá esperando a Karol.

O intervalo acabou e ela entrou na sala, mas nem olhou na minha cara, apenas pegou sua mochila e sentou lá no fundo. Na hora da saída tentei falar com ela, mas ela já avia saido da sala.

- Merda. - exclamei no estacionamento.

Lincoln se aproximou e me abraçou.

- Nossa, como você sabia que eu precisava de um abraço?

- Eu só sabia. O que aconteceu, princesa? - ele passa a mão no meu cabelo.

- Depois eu te falo.

- LINCOLN, VAMOS. - eu olhei era a Lúcia gritando ele.

- Eu vou acompanha Lúcia até a casa dela, você se importa? - ele pergunta.

- Claro que não, nesse momento difícil nada melhor que um amigo. Só um amigo. - olhei seriamente pra ele.

- Minha princesa é ciumenta. - ele sorri e me beija rapidamente e depois foi embora.

No caminho pra casa eu fiquei pensando na Lúcia e na mãe dela.

Perder alguém que você ama não é fácil não.

OK, eu sei que eu não gosto da Lúcia, mas quem sabe ela mude agora.

O Idiota Do Meu Novo Vizinho // ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora