Prólogo DEGUSTAÇÃO

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Oi amores!!!

Resolvi ser boazinha e liberar o prólogo logo. Na verdade, estava muito ansiosa p fazer isso!kkkk

Espero q gostem!

1º capítulo dia 30/10

bjs


Prólogo

Seis meses atrás

Julho de 2014.

Já faz meia hora que eu estou esperando a droga do motorista. Não sei pra quê Lucas insisti que eu ande com essa merda de motorista, se toda vez que eu preciso que me busque, ele me deixa esperando. Estou na frente do restaurante com duas sacolas nas mãos, passei no shopping para comprar o presente de aniversário da minha sogra e aproveitei para almoçar. Pedi ao motorista que voltasse em duas horas para me buscar. E cadê o infeliz? Já liguei três vezes pra ele e nada! Argh!!

Tento chamar um táxi, mas parece que todos estão ocupados hoje. Droga! Fecho os olhos e levanto a cabeça rogando a Deus por paciência. Sinto algo cair em minha testa, abro os olhos e vejo mais uma gota de chuva cair em meu rosto. Era só o que me faltava!

Antes que a chuva aumente, ando em passos largos em direção ao ponto de ônibus mais próximo. Se Lucas sonhar que entrei em um ônibus, ele enfarta. Não que eu ligue para isso, sempre gostei de andar de ônibus quando ia para faculdade, era o único meio de liberdade que eu tinha. Ser de família tradicional e rica é um saco!

Ando mais ou menos uns cem metros, com os saltos que eu estou meus pés precisarão de um banho de sais.

Quando faltam uns dez metros para o ponto de ônibus, vejo vir em sentido contrário a mim, o homem mais lindo que eu já vi na vida. Nesse momento parece que o tempo fica em câmera lenta, as pessoas em volta, o barulho dos carros, tudo some em questão de segundos. Cabelos castanhos claros, que um dia já foram loiros com certeza, olhos verdes, nariz afilado, sem barba, uma boca rosada. Parece ter 1,90 m de altura, mesmo de terno dá para perceber que seu corpo é definido, malhado na medida certa. Perco o fôlego e meu coração perde uma batida. Por um segundo paro de caminhar, mas rapidamente volto a fazê-lo. Percebo que ele está me encarando também com um sorrisinho lindo naquela boca, meu Deus! Ele tem em uma das mãos uma pasta preta e na outra um celular. Quanto mais próximos ficamos um do outro, mais encantada fico por sua beleza. Ele realmente é lindo.

Passamos um pelo outro sem desviar o olhar, mas assim que ele sai do meu campo de visão, o tempo volta a correr normalmente, e consigo pensar na besteira que estava fazendo. Como pude ficar encarando um homem assim tão descaradamente? Balanço minha cabeça de um lado para o outro e continuo seguindo o meu caminho. Olho para trás e o vejo caminhar em direção a um carro de luxo preto, suas costas largas e pernas torneadas me chama a atenção. Volto a caminha e em cinco minutos chego no ponto de ônibus, pergunto ao fiscal qual ônibus que vai para Ipanema, ele me indica o ônibus e sigo para ele. Entro na fila pequena a minha frente, pago a passagem e consigo achar um lugar do lado direito e na janela, sento e nessa hora meu telefone começa a tocar, olho o visor e é o motorista! Atendo o telefone.

- Senhora! Mil perdões! Estou chegando ao restaurante em quinze minutos!

- Jorge, já não estou no restaurante. E eu falei com você pra voltar há quarenta minutos e não agora. Entrei em um ônibus, volte pra casa, daqui a pouco estarei lá.

- Senhora, eu tenho uma explicação!

- Tá Jorge, quando eu chegar você me conta. - encerro a ligação.

O ônibus começa a andar, aproveito para apreciar a vista. A única coisa ruim de andar de ônibus é que eu passo mal com tanto balanço, ele demora muito para chegar no destino, é muita parada nos pontos, mas fazer o quê? De repente ouço uma buzina, mas não presto atenção porque meu celular começa a vibrar com uma mensagem do Lucas.

Lucas: O que você está fazendo dentro de uma lata de sardinha, Helena?

Detesto o modo como ele se refere ao meio de transporte da maioria da população brasileira. Ultimamente tenho odiado muita coisa nele.

Mais duas buzinadas.

Eu: Estou dentro de um ônibus pois o seu adorado motorista me deixou esperando por quarenta minutos.

Lucas: Não me interessa! Já disse pra você parar com essa mania de pobre! Quando eu chegar em casa vamos conversar.

Não respondo, guardo o celular na bolsa, Lucas conseguiu me deixar irritada. Escuto mais três buzinadas seguidas. Meu Deus!! Que motorista chato! Mais buzinas.

Vejo que todos os passageiros olham em direção a direita do ônibus, não sou curiosa mas esse motorista tá enchendo o saco. Quando vejo quem é, quase caio pra trás! Ainda bem que já estava sentada. É o homem que encarei descaradamente. O que será que ele quer? Mais buzinas. O motorista do ônibus liga a seta para esquerda e encosta o ônibus na lateral da pista.

O bonitão de terno para o carro também, desce e vem em direção a janela do banco em que eu estou. Jesus!! O que eu faço?! O motorista começa a gritar um monte de palavrão, mas no momento me concentro no belo homem vindo em minha direção. Mais uma vez fico hipnotizada de tal forma que não consigo desviar o olhar, ele para a minha frente. Como estou dentro do ônibus ele tem que levantar a cabeça para olhar em meus olhos. Sorri o mais lindo dos sorrisos, tira um cartão do bolso e estende pra mim.

Fico em dúvida por alguns segundos entre aceitar ou não. Mas quando olho em seus olhos novamente, tomo minha decisão. Colocando o braço pra fora da janela pego o cartão, mas nem olho pro papel em minha mão pois meus olhos estão presos no verde dos seus. Sem desviar o olhar, guardo o cartão em minha bolsa.

- Qual é o seu nome? - sua voz grave e rouca me faz tremer dos pés a cabeça.

Quando vou responder, o motorista liga o motor do ônibus. Ele se afasta um pouco mas continua a espera da minha resposta.

- Helena. - consigo dizer, mas já era tarde, o motorista saiu em disparada.

Pego o cartão em minha bolsa e leio em voz alta o seu nome.

Marcos Assunção.

Belo nome. Assim como o dono.



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