Capítulo 7 - parte II DEGUSTAÇÃO

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Oi genteeeee!!!

Trouxe a segunda parte do capítulo 7, espero q gostem!

Capítulo 8 na sexta.

Estou aqui esperando os votos e os comentários de vcs!

Bjs

Lú Santos.


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Como sempre, Alex é um cavalheiro. Puxa a cadeira para que eu me sente, se acomoda na sua e com um leve aceno de cabeça, chama o garçom.

- Antes de você me contar o que quer que seja, vou fazer nossos pedidos. Hoje eu escolho tudo. - pisca um olho pra mim enquanto sorri.

O garçom se aproxima e pergunta se estamos prontos para fazermos o nosso pedido. Alex olha para o menu, fica alguns segundos com o cenho franzido. Com a voz centrada e firme ele pede um filé mignom mal passado, acompanhado de batata corada e salada para nós dois. Pediu também um vinho para acompanhar. O garçom saiu logo em seguida nos deixando sozinhos.

- Vai comer só isso? - pergunto, segurando o riso. Alex é um homem alto e muito forte, não acredito que coma apenas isso no seu dia a dia.

- Vou. - ele suspira dramaticamente - Você me convidou para vir comer em um restaurante dentro de um spa, Helena. Aqui não posso comer como em uma churrascaria.

Sorrio sem graça.

- Não posso ser vista em público com você. Desculpa. - olho em volta, aqui é bem tranquilo. Só os frequentadores do spa usufruem do restaurante. Está relativamente vazio.

- Hum. - Alex me olha com uma sobrancelha levantada. - E o porquê disso?

- Bem...

- Você conversou com seu marido, Lena? Confrontou-o? - ele me pergunta genuinamente interessado.

- Sim. - respondo baixinho. Vergonha começa a moldar minha face, me deixando vermelha.

- E? - Alex incentiva.

- E que não foi nada bom.

- Por quê? O que ele fez?

Não respondo. Sinto a humilhação, a vergonha cobrir meu corpo. Meus olhos ardem querendo derramar as teimosas lágrimas assim que me lembro tudo o que passei nas mãos do Lucas. Cada palavra, cada tapa, soco e mordida. Cada ameaça velada nos dias seguintes.

- Lena? - levanto os olhos e Alex imediatamente fica apreensivo. - O. Que. Ele. Fez? - um rosnado baixo sai de sua boca.

- Ele...ele...me bateu. - minha voz sai em um sussurro quase inaudível.

- Repete. Repete para eu ver se escutei direito! - suas mãos estão na mesa, fecham-se em punhos.

- Ele me espancou, Alex. E como se isso não fosse suficiente, ele me violentou a noite toda. - minha voz vai sumindo enquanto o choro surge inevitavelmente.

- Filho da puta! - escuto sua indignação mas não me atrevo a olhá-lo. Tenho medo que pense que eu deixei por que eu quis. Alex se levantou, veio em minha direção e agachou-se ao meu lado. Pegou em uma das minhas mãos e ficou ali esperando eu me acalmar.

Eu sei que não devia ter ficado, que eu devia ter dado um jeito de fugir. Mas Lucas dia após dia me ameaçava, com sutileza, mas ainda assim era ameaça. Disse várias e várias vezes que eu era tola demais, que só ele se interessou por mim. Que mais nenhum homem iria me querer depois de saber o que ele me fez. Outras vezes dizia me amar, e que eu não viveria longe dele. Que seu eu tentasse, eu sofreria as consequências.

Improvável Destino DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora