Chapter Seventeen

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Ele aperta um botão no PC e a música para. Sem me olhar nos olhos.
-- Oi! - Diz num sussurro.
Vou até mais perto e só a mesa nos separa.
-- Eu senti sua falta! - Digo quebrando o silêncio.
-- E eu pensei que eu fosse morrer! - Sorri timidamente. -- Você está tão linda. Já eu... - Diz irônico. Posso ver como ele deixou a barba crescer e está com as olheiras batendo nas bochechas. Meu coração dói.
-- Por que você fez isso com a gente? - Digo sentindo que as lágrimas não vão demorar a vir.
-- Desculpe, eu...
-- Você está se alimentando pelo menos? - Pergunto preocupada, ele está pálido. Ele me olha culpado.
-- Você não devia ter vindo. Não há o que falar, nem o que fazer. - Diz dando de ombros. Ele senta e me olha.
-- Eu preciso falar! Ou mostrar... - Tiro o notebook da bolsa e o entrego. Ele me olha confuso. -- O destino me mandou aqui ou eu tenho uma sorte horrível com meus eletrodomésticos. - Ele dá um sorriso fraco. Eu o adoro cara.
-- Eu vou concerta - lo. - Põe o note na mesa. -- Agora sobre nós, eu não acredito que possa...
-John, eu não quero ficar sem você! Me diz o que preciso fazer, por favor! - Imploro contornando a mesa e ficando na sua frente.
-- Não sei Ivria, eu não sei... - Diz atordoado.
Eu chego muito perto, me abaixo até ele e o beijo. Senti tanto a falta de ter ele tão perto. Ele me senta no seu colo e corresponde ao meu beijo, um beijo voraz e apaixonado, de repente eu sinto que estou chorando, de alegria, talvez. O beijo vai ficando mais lento até que nos soltamos. Eu o olho sorrindo e percebo que ele também está chorando. Colo nossas rostos e beijo sua testa.
-- Vou deixar tudo por você! - Digo o encarando.
-- Eu não quero, nem posso aceitar isso. Eu não conseguiria, Ivria. - Diz me tirando de suas pernas e levantando.
-- Mas eu quero...
-- Eu sei que você me ama, mas com um tempo tudo ia ficar difícil, íamos brigar e eu não quero que a gente se odeie. Quero que a gente lembre dos momentos bons. Você entende? - Pega meu rosto entre suas mãos.
-John... nunca vou te odiar. - Por mais que seja absurdo eu concordo com ele.
-- Você será muito feliz... - Ele beija minha testa demoradamente.
-- Sem você? Não tenho certeza disso. - Digo chorando.
-- Quando tudo estiver difícil, lembra que estarei em algum lugar do mundo, te amando... - Diz tirando as mãos do meu rosto.
-- Eu vou mandar o seu notebook quando concertar. Adeus... - Ele se afasta e eu sei que ele está sofrendo por isso.
-- Tem certeza disso?
-- Não! Mas sei que é o melhor para nós. - Diz sério.
Mesmo que o meu orgulho esteja gritando para que eu vá embora eu quero ficar.
-- Eu vou estar te esperando... Te amo! - Digo saindo arrasada.
Já do lado de fora olho pra ele, eu o vejo com a cabeça deitada na mesa, meu coração se dissolve como cera e eu não sei como me mexer. Caminho sem direção com a cabeça baixa. Até que ouço uma voz que me faz parar.
-- Aconteceu alguma coisa? - Olho atordoada para trás e vejo Antoni, ele está vestido com uma camiseta branca e uma bermuda azul, e tênis, roupa de academia.
-- Ah, Oi... Só estou cansada. - Digo tentando não transparecer minha angústia.
Olho para os lados e vejo que não estamos tão longe da lan hause de John.
-- Você estava chorando. Por favor me diz o que posso fazer? - Ele me olha realmente preocupado, e me estende a mão e por que eu não tenho nenhuma condição de dizer que não, eu a pego. Nos entramos em um café e fazemos o pedido. Ele fica em silêncio me observando, e sinto que está curioso.
-- Antoni, eu só não quero falar sobre isso tá? - Digo recuperando a sanidade.
-- Como quiser Ivria. - Ele dá um sorriso reconfortante.
-- Obrigada. - Ele toma um gole do café e me olha.
-- Quero que vá na minha festa de aniversário na quarta,Okay? - Diz pegando um guardanapo e tirando uma caneta do bolso.
Ele anota algo e me entrega. Leio, é um endereço.
-- Eu tenho aula na quarta... - Digo mordendo o lábio. Não quero ir.
-- Eu vou esperar você Ivria... - Diz falando meu nome lentamente. -- Tenho que ir. Vou te chamar um táxi. - Diz discando algo no telefone. Ele levanta e deixa uma nota na mesa.
-- Obrigada!
-- Foi um prazer ajuda - la. É seja lá o que a estiver preocupando, tenha certeza que vai ficar bem.
-- Espero muito! - Ele sorri e beijo meu rosto.
-- Você não devia chorar nunca. Eu tenho mesmo que ir. O táxi está vindo. Até logo senhorita Lancaster. - Ele pisca e sai.

Sorte ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora