Chapter Twenty - two

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* * *

"-- Alô!" - Atendo ainda com os olhos fechados.
"-- Alô! Aqui é Margot, senhorita... desculpe, Ivria."
"-- Ah, Olá, O que houve? " - Pergunto curiosa. Demoro a me acostumar com a luz do dia.
"-- Liguei pra avisar que o senhor Franteri quer vê-la." - Ao ouvir o nome dele desperto completamente.
"-- Okay, pode ser as 14h?" - Sugiro.
"-- Só um momento..."
O outro lado da linha fica em silêncio por instantes suficientes para que eu lembre do sonho.
"-- Pode ser as 14:30h." - Ela me da um susto ao voltar a linha.
"-- Ãh? Ah, okay." - Gaguejei.
"-- Então até mais tarde Ivria."
"-- Até... Obrigada Margot, Beijos." - após ouvir o bipe eu deixo o celular cair no chão e volto a fechar os olhos.
Até ouvir meu celular tocar outra vez ~ que coisa meu pai, as pessoas não sabem que é horrível ser acordada tão cedo ~. Me levanto sonolenta e o pego.
"-- Alô?" - Quase grito.
"-- Senhorita Lancaster, é Susan, gostaria de saber se esta bem? " - É a minha chefe de RH. O que ela quer?
"-- Ah, não! Eu que pergunto." - Digo atordoada.
"-- Achei que estivesse doente, pois ainda não chegou ao trabalho, e nem avisou que não vinha." - OMG! Olho a hora do relógio ~ 11:35h ~
"-- Oh senhor... me desculpe senhora Susan, eu não ouvi o meu despertador. Não sei o que houve, vocês podem descontar e..." - Falo desesperada. Odeio me atrasar.
"-- Ivria, você é uma ótima funcionaria, mas se continuar assim não poderemos mais mantê - la conosco." - Eu não quero ser despedida, tudo menos isso.
"-- Eu entendo, amanhã vou resolver essa situação, prometo."
"-- Esta bem! Até amanhã." - Posso imaginar a cara de megera que ela está fazendo. Desligo.
Tudo isso por culpa de Antoni, e também minha, devia por um final a tudo isso. Na noite passada ele não saia da minha cabeça, e pela insônia nem sei a hora que consegui dormir.

Levanto e vou tomar um banho, já que não tenho nada a fazer até as 14h preciso encontrar algo. Depois de me arrumar uma idéia tenta me fazer vencer o orgulho, já faz quatro dias que fui deixar meu notebook para que John o concerte mas ele não veio devolver, e com certeza ele não vira; mas não vou até lá, não sou tão burra assim.
Pelo contrário, vou ao shopping e compro outro, mesmo que isso me custe vários trabalhos da faculdade perdidos e crokis.
As horas voam durante as compras, e resolvo almoçar por lá mesmo, ao chegar no restaurante me sinto mal por estar sozinha, e ligo para Petter, depois de eu insistir um pouco ele decide vir almoçar comigo.
-- Já fez o pedido ruiva? - Diz ao chegar. Ele beija minha bochecha e se senta. -- Eu estava com saudades.
-- Já sim. Eu também amorzinho. - Sorrio.
-- Como está a vida de rica e solteira? - Ele pergunta com malícia. Sinto que Barbie já o inteirou de tudo.
~ Ou tudo que ela sabe~
-- Bem loucas... - Digo sem ânimo.
-- Uau... Iv, Isabella me contou de ontem e como você me ama e não me esconde nada, fale, o que está acontecendo entre você e Antoni? - Pergunta como se fosse uma
simples pergunta.
-- Nada, pelo menos na minha cabeça. Sem comentários maldosos, eu sei que você é sensato, e racional, então não me decepcione. - Seus olhos me analisam.
-- Você está interessada nele Ivria! - Diz com toda calma.
-- Oh, me diga senhor sabe tudo, quando vai chover? - Brinco e ele me da um tapa na mão.
-- Não seja criança, eu sei que é difícil confessar que mesmo amando John você está excitada pelo advogado gostoso. - Diz revirando os olhos.
-- Petter, por favor... - Coro, mas essa é a verdade.
-- Eu sei querida, nos homens sabemos disso, inclusive ele. - O olho boquiaberta. ~ OMG ~
-- Sério? Tá tão evidente assim?
-- Uhum... - Ironiza.
-- Me ajuda por favor, eu não quero cair nessa. Eu me sinto atraída por ele, mas ao mesmo tempo penso em John. - Digo com vergonha.
-- Deixe sua mente livre. É só diversão, você nem precisa casar com ele Iv... imagina como seria gostoso vocês dois, sem John, em? - Ele pisca, e nesse momento o garçom vem com a comida.
-- Ah sério, pare com isso! Vamos comer.
-- Amiga, há quanto tempo você não tem uma noite inesquecível de sexo? - Olho para os lados, alguém pode ter ouvido.
-- Não acredito que estamos falando disso. - Digo puritana.
-- Estamos, me responda. - Ele fala sem rodeios.
-- Eu e John nos dávamos bem na cama, muito bem. - respondo com vergonha.
-- Só carinhos... tô falando de paixão, fogo amiga. - Este assunto está indo longe demais.
-- Que nem você é seu amigo misterioso? - Resolvo reverter os papéis.
-- Aha, tipo isso...- Sorri com malícia...

Esse Petter não tem papas na língua. Gostando!

Sorte ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora