OUR DEMONS : hs (disponível também em livro)

| Maybe angels are in our favor |

A cerimónia sucedeu-se normalmente, à exceção do Liam. Que acabou por faltar. O que me deixara preocupada se não fosse aparecer no final da cerimónia.

Chegara a hora da troca das alianças e os meus dedos tremiam que nem varetas. Depois desta promessa apenas o divórcio se poderia suceder. E eu não queria que isso acontecesse.

Calma Ellen. Tu estás a casar-te, não estás a discutir qual é a hora da próxima luta que terás com o Harry o a discussão que te causará mais danos. Estás apenas a casar-te, já viste a tua sorte?

Sim, seria uma sorte se eu não pousasse os olhos em Harry e me desse a maior vontade de rir do mundo, até porque ele tinha uma madeixa de cabelo no ar que parecia um corno. Um corno que nem um unicórnio.

Susti o riso, e desviei o olhar enquanto pousava o ramo de flores que trazia na mão. Depois ergui o meu corpo e disfarçadamente passei a minha mão pelos seus cabelos macios baixando a gadelha que estava a arruinar a minha postura, num dia memorável.

Observei Alaska chegar-se à frente, no nosso meio, mostrando as alianças sobre a pequena almofada que trazia nas mãos.

- Mana, e agora? - ela questiona-me baixo.

- Espera um pouco pelo Liam. - peço.

- Quem é o Liam? - ela questiona e eu aceno em frente para o rapaz que desci as escadas do altar, coberto por uma túnica branca.

E então Alaska sorri para Liam, no qual eu noto uma pequena ferida no cimo da sua cabeça. Mas desvio o olhar não fazendo caso. O facto de se ter atrasado podia ter sido derivado de algo grave e eu não me queria estar a lembrar de coisas más, pelo menos hoje, agora.

Observo a face de Liam, um sorriso fazia-se notar nos seus lábios quando ele olhou a pequena Alaska. Por mais que ela cresça eu sei que sempre lhe chamarei "pequena Alaska".

Harry pega na primeira aliança voltando-se a mim e os seus olhos pousam nos meus enquanto Liam lhe mostra o pequeno livro onde se encontra uma folha com o que Harry teria de dizer. Mas ele nega o facto de a folha ali estar e procede com a sua fala.

- Eu, Harry Styles, aceito-te a ti como minha esposa, Ellen Carter, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da nossa vida. - ele diz e faz o anel escorregar pelo meu dedo anelar.

Observo-o sorridente e pego na outra aliança de igual modo e olho nos seus olhos. Sabia aquela frase tão bem, lembrava-me de na minha infância ter feito os mais diversos jogos e casar-me sempre foi algo que me fascinou e por isso, as palavras ali presentas, não eram necessárias para a minha ajuda.

- Eu, Ellen Carter, aceito-te a ti como meu marido, Harry Styles, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da nossa vida. - digo e faço o anel escorregar pelo seu dedo.

Consigo observar Anabela no canto da igreja a bater palmas que nem uma desalmada e a maquilhagem dela a estragar-se ao mesmo tempo que morde o seu lábio. Foi dela que o vicio me foi pegado, sabia perfeitamente que eu era tal e qual ela quando me emocionava.

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Dentro de poucos instantes dou por mim a ser coberta de arroz e pétalas de flor enquanto a chuva cai certeira sobre nós e se faz sentir na minha pele sobre os ombros. Era fria e fez-me ficar ligeiramente arrepiada até chegar à limusine que Louis ofereceu cm todo o gosto. Pelo menos foi o que lemos no papel pendurado sobre o espelho frontal. Sim, o Louis tivera deixado uma carta até no espelho do carro.

Eu estava feliz, aliás, eu nunca me tinha sentido tão bem. A sensação de partilhar a minha vida com alguém agora, fazia-me sentir alguém diferente, alguém novo. Talvez uma nova vida me esperasse, ou talvez eu voltasse para a antiga. Mas hoje, eu queria apenas pensar de que tudo iria ser diferente dali para a frente. E que este compromisso se estendesse para o resto das nossas vidas era tudo o que eu pedia enquanto a minha mão se envolve na de Harry e a aperta ligeiramente enquanto ambos forçamos um beijo que nos relaxa em segundos.

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Depois da boda, das luzes, das fotos, da comida e da repartição do bolo apercebi-me que os tínhamos deixado todos os convidados irem embora e à luz de várias velas altas no jardim, sentámo-nos sobre a relva. Estava frio, mas a chuva parara de cair, o céu estava escuro e deixava-se ser iluminado pelas várias estrelas presentas, a luz reluzia um brilho fantástico e podíamos observa-la de em frente.

Observo as faces de Harry iluminadas pela pouca luz proveniente das velas. A sua face estava ligeiramente vermelha e os seus lábios rosados mostravam um lindo sorriso por entre eles.

Deixo a minha cabeça cair ligeiramente sobre o seu ombro e sinto a sua mão rodar o meu tronco. O meu vestido sobe ligeiramente devido ao facto de estar sentada e posso ver agora as minhas sapatilhas brancas às quais Harry dá um riso baixo e ligeiramente rouco.

- Estás doente? - pergunto-lhe.

- Acho que fiquei ligeiramente constipado, mas isto passa, não te preocupes. - ele descansa-me e eu tento aproximar-me cada vez mais dele que emana calor.

- Tens frio minha princesa gadelhuda? - ele pergunta.

- Qual princesa qual quê? - eu resmungo baixinho - Eu ainda sou uma idiota chapada por te amar, ainda sou uma lontra assassina anti água. - eu digo e um riso baixo provem de Harry que retira o seu casaco pousando-o de seguida sobre mim.

- Devíamos voltar. - eu digo, não querendo que Harry me desse o seu casaco para ficar agora ele ao frio.

- Só mais um pouco. - ele pede puxa o meu corpo junto ao dele por mais uns minutos.

- Como te sentes agora? - ele questiona.

- Eu estou igual e tu meu sapo? - eu pergunto-lhe levantando os meus olhos de encontro aos seus.

- Se me dissessem há 1 ano que eu estaria sentado num relvado, iluminado por velas, casado com uma noiva de sapatilhas, eu não acreditava. - ele diz - Mas queria acreditar.

- Bem, aqui estás tu. - eu digo e uma leve risada é ouvida por ambos antes dos nossos lábios se juntarem num beijo.

Talvez... talvez os anjos estejam do nosso lado. Talvez possamos ser felizes depois de tanto sofrimento.

Mas serão apenas vários "talvez" ou teremos mesmo a sorte de ter os anjos a nosso favor?