When your dreams all fail

58 4 1
                                    

Scarlett acordou num sobressalto, ficou assustada ao ver que faltava 1 hora para a biblioteca fechar, e o garoto que "a seguira" permanecia lá. Adam estava indo rumo à biblioteca para se encontrar com uma garota, alegara estar fazendo isto para esfriar sua cabeça.

17 de setembro de 1993, biblioteca da civilização (localizado em Faderland), 7p.m.

POV Scarlett

Abro os olhos rapidamente, e me assusto com a mão que residia em meu ombro, o garoto continuava lá, e agora estava me observando. Que ótimo.

- Garota... Você realmente adormeceu lendo esse livro? – franziu a testa como se fosse um atentado à leitura.

- Sim... Não fala nem sobre guerras – faço um bico, eu amava livros sobre guerra.

- Esse livro fala muito sobre guerras, você só não chegou ao capítulo – o garoto revira os olhos – vem, você vai para a minha casa e lá conversamos. Não aceito um não como resposta.

Assim, ele pega na minha mão e vai me arrastando para fora da biblioteca, não relutei, senti que podia confiar nele. De repente, paro abruptamente, uma cena faz meus olhos marejarem, era Adam se agarrando com outra garota na frente da biblioteca, o garoto logo percebe e me abraça, um abraço reconfortante.

- Você não merece chorar por esse babaca, mas eu acho que ele merece chorar por você – ele faz uma pausa e checa se estou bem – apenas faça o que eu peço, não ultrapassarei seus limites.

E assim ficamos conversando, até ele me fazer sentir melhor (vulgo, sentir minha barriga doer de tanto rir). E saímos assim, rindo e de mãos dadas, deixando um Adam boquiaberto para trás.

Sua casa era bem perto da biblioteca, arrumada e cheirosa, não era grande, porém, aconchegante. Ele me guia até seu quarto, sua parede era branca, mas ele compensava nos detalhes, constituídos por verde-água e preto.

- E então, quer saber quem é Alex Marshall? – ele me encara com seus lindos olhos esverdeados.

- Sim – digo impaciente – mas antes quero saber seu nome.

Ele parece pensativo sobre revelar seu nome ou não, mas eu não entendo o porquê disto, ele já me trouxe até sua casa, me ajudou e vai me dar informações valiosas, por que não revelar seu nome?

- Diego Hernández – por fim, ele revela.

- Scarlett Miller. – digo e ele arregala os olhos.

- MILLER! – ele empalidece rapidamente.

- Dii! O que aconteceu? – minha voz soa mais preocupada do que eu gostaria.

- Tem uma barata atrás de você – sua voz sai trêmula, não acredito que alguém faria todo esse drama por causa de uma barata.

Ele mata a barata e prepara algo para nós comermos, após a deliciosa refeição (que por acaso EU que a preparei), Diego começa sua narrativa.

"Há muito tempo atrás, Faderland era um lugar bom e próspero, fora conhecido pelo belo legado de Marie Atalanta II, porém, Faderland entrou em guerra com outro reino após ela ter sido abusada pelo príncipe daquele reino, desde aquela data, o Rei Heitor anunciou uma guerra, e isto foi o que deu início às ruínas de Faderland, não existem relatos precisos, mas parece que com a derrota que Faderland sofrera no final, Marie Atalanta II desaparecera misteriosamente, e desde então nunca mais fora encontrada. Meses depois, uma força sombria começou a se apossar de Faderland, gerando pesadelos cada vez mais frequentes, e, consequentemente, geraram os monstros, criaturas horrendas e sem expressão que foram largadas em um centro qualquer, atualmente, a civilização. Esta foi a história básica, contada nos livros, mas o reino vizinho existe até hoje, chamado de Fireville".

- Esta vila ainda existe? Teria a possibilidade de irmos lá? – tentei fazer uma cara de cachorrinho pidão.

- Não precisa fazer essa cara – ele desata a rir, mas se recompõe e fica sério – eu levo você lá.

17 de setembro de 1889, palácio de Marie Atalanta II (localizado em Faderland), 9p.m.

POV Marie Atalanta II

Pedi que um dos criados levasse a carta para meu marido ao amanhecer, para que não perdesse muito tempo, pois para levar a carta seriam necessários 3 dias, pois é, já avançaram um vasto campo, parece que Heitor não planejou tão mal assim... Mas seus ataques são de imediato, e vingança é um prato que se come frio, como vou comer depois.

Vou para cama e leio um livro, um romance qualquer, mas que afastava minha mente de todo o mal que dominava minha mente. Com os livros, minha essência voltava, na época em que eu era doce, inocente e bondosa, diferente do escrúpulo que me tornei. Deixo as lágrimas caírem livremente por meu rosto, estava cansada de tudo e de todos. Meu desejo no momento era voltar no tempo, e apagar todas as memórias que me destruíram e amaldiçoaram minha mente, infelizmente, tive de me conformar que tempos como aqueles são normais, e desacreditar no amor, pois o amor que se tornou meu pior inimigo... Enfim, acho melhor eu me recompor e parar de pensar bobagens, e assim faço, volto a concentrar no livro e deixo-me levar por esse doce embalo, sozinha, como quando todos os seus sonhos falham.

17 de setembro de 1993, casa de Diego Hernández (localizado em Faderland), 10p.m.

POV narradora

Enquanto Adam estava sozinho, refletindo no que acontecera para Scarlett já achar outro tão de repente, sua mente bolava um plano, jurava que iria seguir os dois, até sua morte, por algum motivo Adam não confiara nele, e não queria que Scarlett sofresse mais, embora o jovem alegava odiar a garota, acreditava que o futuro de Faderland estava nas mãos da mesma, portanto, todas as suas intenções eram tentando ajudá-la.

Já por outro lado, Scarlett conversava com Diego cada vez mais, achara curioso seu nome e sotaque, mas não comentara nada. Estava sendo uma noite bem divertida para ambos os lados, e nem estavam se importando em dividir a cama, ou o fato da bagunça na cozinha não ter sido limpa, assim como a de seu quarto e o resto da casa, quando o sono foi chegando, Scarlett fez cafuné na cabeça de Diego até os dois adormecerem relutantes, por a parte menos esperada do dia.

POV Diego

Sonho on

Estava correndo, com os braços agitados, me divertindo com uma misteriosa garota, de repente, um vendaval nos atinge e eu sou empurrado para longe, numa vala repleta de bichos de pelúcia, me fazendo arregalar os olhos. Era o meu maior medo enfrentado até então, e eu não sabia como agir, as pelúcias pareciam ter vida própria, e eu tinha a sensação de estar sendo puxado pro elas, e assim fui puxado aos poucos, petrificado, sendo sufocado por um turbilhão de tecidos com as piores intenções.

Sonho off


Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 09, 2015 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Welcome to Faderland (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora