Capítulo VI

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                No dia seguinte, Alvo, Rose e Scorpius acordaram bastante ansiosos, pois seria o primeiro dia que iriam estar todos juntos. Finalmente, poderiam conversar sobre o que estava a acontecer. Scorpius pensou em levar o livro para casa de Alvo a fim de os três poderem começar a lê-lo.

Scorpius acordou cedo e juntou-se aos pais para tomar o pequeno-almoço. Após os cumprimentar, sentou-se e começou a comer, calado e pensativo.

- Aconteceu alguma coisa ontem no beco? – perguntou, baixinho, Astoria a Draco. – Ele está assim calado e pensativo desde que voltaram e eu não sei o que se passa.

- Não, talvez esteja só ansioso por Hogwarts – disse Draco. De facto, ele tinha uma ideia do que se passava pela cabeça do filho, pois ouviu o que o senhor Olivander dissera, mas sabia que esta aventura seria só dele e dos amigos, por isso, iria guardar para si o que sabia e intervir apenas se fosse muito necessário.

Na casa de Rose, o cenário era bem diferente. A menina tinha ficado até bastante tarde a pensar no mistério que tanto os intrigava. Tinha, até, feito uma lista de tudo o que sabiam, para poder discutir com Alvo e Scorpius as suas conclusões. Nessa manhã, estava tão cansada que já eram onze e meia e ela ainda não tinha acordado.

- Hugo, vai acordar a tua irmã – pediu Hermione. – Se ela demorar muito vamos atrasar-nos!

- Porquê eu? – perguntou Hugo, que estava a ver um dos seus programas favoritos na televisão.

- Pronto, não vás, depois tens menos tempo para brincar com a Lilly, mas deixa lá! – disse Ron, sabendo perfeitamente que o filho adorava estar com a Lilly.

Hugo não precisou de ouvir mais nada, correu imediatamente para o quarto da irmã. Antes de a acordar, viu um pergaminho muito bem dobrado sobre a secretária de Rose. Incapaz de resistir à curiosidade, pegou o papel. No momento em que fez isto, um alarme começou a tocar, acordando Rose e assustando Ron e Hermione, que correram para o quarto da filha.

- O que se passa? – quis saber Hermione.

- Foi o Hugo – disse Rose irritada, tirando o pergaminho das mãos do irmão. – Eu usei um daqueles pergaminhos enfeitiçados contra intrusos que tu me deste no meu aniversário e ele foi mexer nele! Não sabes que é muito feio mexer nas coisas que não são tuas, maninho?

Hugo ficou atrapalhado, sem saber o que dizer. De facto, tinha mexido em algo que não era dele, mas só queria ler, só estava curioso.

- Eu pensei que não fazia mal, afinal era só um bocado de pergaminho! – disse Hugo, fazendo um ar inocente que não convenceu ninguém.

- Um pergaminho que não era teu! – disse Hermione. – Isto é para aprenderes a não mexer naquilo que não te pertence.

Hugo olhou para o pai, em busca de apoio. Ron encolheu os ombros. De facto, ele faria exatamente o mesmo que o filho, mas sabia que Rose e Hermione tinham razão, por isso preferiu ficar calado, não tomando qualquer partido na discussão.

- Bom, é melhor irmos, com isto tudo já é quase meio-dia – disse Hermione, começando a ficar nervosa pois odiava atrasar-se.

- Meio-dia? – gritou Rose. – Saiam, saiam, preciso de me despachar!

Ron sorriu. De facto, em termos de personalidade, Rose era a cópia de Hermione, enquanto Hugo era a sua cópia. Não pôde deixar de pensar que ele e Hermione tinham dois filhos perfeitos. Olhou para a esposa com um ar apaixonado. Mesmo após estes dezanove anos juntos, ainda a amava tanto ou mais que no início do seu namoro.

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⏰ Última atualização: Oct 09, 2015 ⏰

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Alvo Potter e o retorno das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora