Speechless

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- Oi tia - quando voz rouca de Camila rompeu o silêncio todo meu corpo tremeu fazendo com que o copo que tinha nas mãos caísse. Me virei dando de cara com ela, sentada despojada e de pernas cruzadas em uma de minhas poltronas pretas, por sinal minha preferida. Ela teve o cuidado de ligar algumas luminárias deixando parte do cômodo totalmente escuro, eu devia estar cega quando não percebi a presença de alguém quando entrei.

- MAS QUE PORRA GAROTA COMO VOCÊ ENTROU AQUI? - berrei furiosa.

- Foi fácil passar pelo porteiro, acho que você recebe muitas visitas femininas. - ela respondeu irônica com um sorriso nos lábios.

- Santo Deus! - suspirei me virando novamente E enchendo mais um copo do meu amado tranquilizante. Tomei um longo gole, a queimação que o whisky provocava em minha garganta já não incomodava tanto, meu corpo já havia começado a ficar leve. Bati o copo novamente na superfície de vidro da mesa, sem me importar em quebra-lo também. Voltei furiosa para Camila que permanecia sentada, como se nada tivesse acontecendo. Eu queria acabar com ela, tira-la do meu caminho. Mas também eu a queria nos meus braços, queria passar a noite toda a fazendo minha mulher - O que você quer? - perguntei ríspida ignorando meus próprios pensamentos e tentado agir pela razão.

- Eu não quero nada. - ela responde provocativa, limitando-se agora me dar um sorriso de canto. Que puta arrogante!

Minhas mãos tremiam, o ar parecia não chegar aos meus pulmões. Andei firmemente em até a Camila, encarando seus olhos castanhos com ódio. O único som entre nos era de meus saltos em contato com o chão, cada vez que me aproximava sentia minha adversaria começar a se encolher na grande poltrona. E o que eu via nos olhos dela? Medo talvez? Mas por que medo? Eu confesso que não a encarava com carinho, contudo não esperava que ela sentisse medo de mim. Mais se essa fosse a única forma de mantê-la longe, que seja.

Parei poucos centímetros de Camila, inclinei meu corpo sobre ela, me apoiando nos braços da poltrona e aproximando nossos rostos. Eu queria intimida-la. Ela permanecia estática, pernas cruzadas me encarando de volta sem ao menos piscar. Sua respiração se tornara pesada, assim como a minha tinha se tornado desde quando ouvi sua voz. Eu pretendia expulsa-la, mas quando o perfume doce dos seus cabelos invadiram minhas narinas senti meus joelhos tremerem. Ela percebeu minha hesitação, percebeu quando meus olhos desceram dos seus e se dirigiram para seus ombros nus. Um sorriso de triunfo surgiu em seus lábios. Vadia, parece saber o poder que tem sobre mim. Em um movimento lento, ela descruza as pernas afastando as em seguida, quase instantaneamente meus olhos desceram até suas coxas. A filha da puta esta me provocando de novo, voltei a encara-la, ela mordeu o lábio inferior, foi ai que o pingo de sanidade que eu tinha se foi diante toda aquela provocação.

- Camila, se eu fosse você não me provocaria - rosnei ofegante, minhas pupilas pulsavam assim como minha boceta encharcada.

- E o que você vai fazer? - ela sussurra com voz rouca porém firme, seus olhos desceram para o decote do meu vestido vermelho escuro e voltaram aos meus, ela agora mantinha um sorriso irônico. Meu coração parecia bater em minha garganta. Sem tirar os olhos dos seus, ainda inclinada sobre ela pousei minhas mãos suavemente na barra do seu vestido preto o levantando, deixando as suas coxas completamente a mostra, e me ajoelhei ficando entre elas.

Camila afastou mais as pernas, encostando para a ponta da poltrona. Nossos olhares não se desgrudavam nem por um segundo. Eu iria fazê-la se arrepender por ter me colocado em uma situação tão constrangedora, ela não tem o direito de me deixar tão submissa. Usando a mão esquerda afastei a sua angelical calcinha branca com desenhos rosa, enquanto usava a mão direita para jogar meus longos cabelos para o lado esquerdo da cabeça. Coloquei os dedos médio e anelar na boca os chupando, Camila piscou e suspirou ao ver meus movimentos lentos. Eu não sorri, me limitei em continuar a fitando com um desejo que beira a insanidade. Tirei meus dedos de minha boca e violentamente penetrei em sua boceta molhada, Camila engoliu em seco, mas não gemeu. A olhei com as sobrancelhas unidas e em troca ela me deu um sorriso sarcástico, porém seu peito subia e descia conforme sua respiração irregular. Meus olhos se arregalaram agora essa vadia conseguiu realmente me deixar irada.

A Madrasta - CamrenWhere stories live. Discover now