If Say So

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- LAUREN... - Lauren se virou de olhos arregalados. Sua aparência assim como seus cabelos desgrenhados indicavam cansaço.

Nesse momento tudo o que sentia era as fortes batidas do meu coração rompendo enorme silencio que se instalou no mundo ao meu redor. A expressão de Lauren foi de assustada para incompreensível. Sem se mover, ela balançou a cabeça negativamente, meu corpo todo estremeceu diante de seu gesto frio. Ela deu um leve passo em minha direção, parecia que todo o mundo havia parado, e todos desaparecidos, naquele momento só existia eu e ela. Chegando a poucos metros de mim, eu podia sentir o cheiro do sabonete em sua pele - o mesmo aroma que impregnava o banheiro a horas atrás - seus cachos ainda pareciam úmidos, apesar de bagunçados. Quando pensei que iriam se dirigir para mim, seus olhos se voltaram para além minha direita assim que sentir uma mão gelada tocar meu ombro.

- Vamos - Normani diz baixinho me puxando levemente.

- Me solta – retruquei aos prantos. Normani me largou. Lauren permaneceu imóvel, e foi ai que com todas minhas forças gritei a ela toda a verdade, a verdade que vi em seus olhos a noite passada, a verdade que rondava minha cabeça e perturbava minhas noites, a verdade que sentir assim que olhei em seus olhos pela primeira vez - Eu te amo Lauren, eu te amo mais que tudo. - seus lábios tremeram ao som da minha voz, seus olhos se alternavam entre os meus e o de Normani. - Eu te amo garota. – murmurei.

- Eu te amo mais. - li dos leves movimentos de seus carnudos lábios, lagrimas agora também brotavam de seu olhos verdes.

- Não mais do que eu - sussurrei de volta, um levar sorriso apareceu em seus lábios.

- Se você diz - foi tudo o que li de seus lábios.

Vagarosamente Lauren se virou e tomou em direção à porta de embarque, e aquele momento tive certeza que seria a ultima vez que a veria.

O chão sumiu sob meus pés, o barulho de toda aquelas pessoas pareciam não adentrar meus ouvidos. Quando me virei vi Ally, com seus sapatos altos pendurados em uma das mãos me olhando assustada e ofegante como uma criança, Dinah de braços cruzados encarava Normani que permanecia parada olhando fixamente para o chão.

- Por que ela falou aquilo com você? – gritei com Normani a dando um forte empurrão. Dinah se apressou segurando em meus braços.

- E-eu vo...vou explicar tudo Mila.

- Me fala agora Normani, de onde você conhece a Lauren e por que ela falou aquilo com você? – gritei entre lagrimas, chamando atenção de todos que passavam na hora.

- Vamos para com esse barraco porque já todo mundo olhando para a gente, pelo amor de Deus vamos embora daqui. – Ally intervém.

Desgrenhei-me dos braços de Dinah e andei firme em direção à saída ignorando os gritos de protesto das meninas atrás de mim e os xingamentos das pessoas em que eu esbarrava no caminho. Tudo o que pretendia era acordar desse pesadelo, ou melhor, desaparecer de uma vez.

Assim que sai do aeroporto dei de cara com um fiscal multando o carro de Ally, passei direto por ele e me joguei no banco do carona, por alguns segundos olhei para o céu voltei os olhos para o painel e vi a carta que Lauren havia me deixando, me encolhi no banco abraçando os joelhos contra o peito e chorei ainda mais.

Só me dei conta da presença de Dinah e Ally quando essa deu a partida no carro.

- Senta direito Mila, vou te levar para casa. – Allyson diz carinhosa.

- Eu não quero ir para casa. – respondi entre soluços.

- Vamos para minha. – Dinah diz baixinho do banco de trás.

- Acho melhor n....

- A Normani não vai estar lá – Dinah interrompe Ally.

- Dinah você sabe de alguma coisa? – perguntei enquanto lutava contra a dor que atingia meu peito.

- Não, porém mais do que você eu quero muito saber o que é que esta acontecendo. A Normani precisa dar explicações a todas nós. – Dinah responde firme e seca, alternando o olhar entre eu e Ally.

- Eu concordo, mas acho que hoje já foi um dia muito cheio. Ainda temos muito tempo para, sei lá, descobrir as coisas? – Ally diz cabisbaixa.

No caminho para o apartamento de Dinah minha mente se alternava entre os olhos e as palavras de Lauren, minha cabeça doía como se tivesse sido aberta ao meio, alias, meu corpo todo voltava a doer. Sai do carro me sentindo aérea, caminhei olhando para o chão somente acompanhando os passos das meninas.

- Quer comer alguma coisa Mila? – Dinah pergunta assim que entramos, balancei a cabeça negativamente e caminhei em direção ao banheiro, entrei de baixo do chuveiro com roupa e tudo e com os olhos fechados deixei a agua escorrer pelo meu corpo, na esperança que ela leve junto consigo toda a dor que havia tomado conta de mim. E ali de olhos fechados, de baixo da agua fria minha mente e minha alma iam ate ela.




Notas Finais

Gentem, esse capitulo foi assim pequinininho pq na época por problemas pessoas havia deixado a fic em hiatos e tal ai só o fiz pra fazer um sondagem com o pessoa pra ver se deveria ou não continuar a estoria. Espero os comentários de vocês 


A Madrasta - CamrenWhere stories live. Discover now