Capitulo 16

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Antes do capitulo queria dizer que tres pessoas, TRES, votaram no cap anterior e era 20 votos, mas tem uma leitora fiel que esta insistindo muito entao resolvi postar, bom cap.

Eram umas 16:00 a Bah inventou de dar uma saída fazer sabe se lá o que, íamos ao London eye a noite e eu estava empolgada.
Resolvi arrumar algo pra fazer, já que a casa estava arrumada e limpa, até que para duas adolescentes cuidamos bem disso!
Subi para o meu quarto e resolvi fuçar o meu closet, deslizei a porta acrílica do meu armario que pouco esconde a minha "bagunça" não estava tão ruim assim, resolvo pendurar as roupas que estavam jogadas na prateleira interna, tenho de erguer o pé para alcança-la tiro as roupas de lá, e dou uma conferida para ver se não esqueci de nada e minha mão toca numa superfície dura, puxo-a e vejo que é a minha caixinha, ela está do mesmo jeito, é azul marinho, com pequenas margaridas espalhadas como estampa, não lembro de a ter trazido comigo, só pode ter sido coisa da Barbara, naquela caixinha eu tinha todas as fotos da minha mãe, as que consegui achar em casa, e o diário que ela me deu um dia antes dela falecer, até parece que ela já sabia oque aconteceria, ela sempre dizia que: "escrever é o melhor modo de liberar as angústias, deixando seus segredos guardados no papel, não precisamos nos preocupar" não segui esse conselho, acabei afogando minhas angústias nas lâminas.
Levo a caixa comigo até a cama sento e tiro a tampa da caixinha, logo vejo uma foto da minha mãe sorridente, tão bonita e jovem, passo meus dedos com delicadeza sobre a foto como se pudesse acariciar a minha mãe, algo molha o papel e vejo que é minha própria lágrima, não tinha percebido que já estava chorando, a várias outras fotos, mas resolvo ir para o meu diário a primeira página tinha sido escrita por mim quando eu tinha 10 anos, algumas horas depois do falecimento da minha mãe.

"Por que mamãe, porque você se foi? O que será de mim mamãe, não sei me cuidar, sou apenas uma garotinha, papai está no hospital e os médicos não querem falar como ele esta, espero que ele fique bem, por que se não vou perder o papai também igual a senhora, tudo está tão difícil, comos sera daqui pra frente? Espero que a senhora esteja me olhando daí de cima mamãe, agora você é a minha estrela da sorte!"

Eu era tão ingênua, mais a minha mãe era e sempre será a minha estrela da sorte.
Folheeio algumas páginas e paro numa em que eu já tinha 15 anos, acho que foi ano passado.

"A angústia dentro de mim é grande, e simplesmente ninguém me compreende, posso estar sendo egoísta pois todos estão sentindo a morte da minha mãe, mais não ligo, a minha dor é forte, muito forte, acho que faz muito tempo que não dou um sorriso, na realidade não dou um sorriso de verdade há 5 anos desde a morte da minha mãe, raramente quando estou com a Bárbara riu fraco.
Não sou mais a mesma garotinha, eu cresci e junto comigo uma armadura também cresceu, mas atrás dela ainda é possivel encontrar essa menina fraca que eu sou, e só revelo isso para as minhas lâminas, meu pai está tentando de tudo para me tirar desse mundo em que eu vivo, mas acho que isso nunca vai acontecer..."

Nesse momento eu já estava soluçando, a saudade já estava dentro de mim novamente, e uma vontade de se cortar aparece, como a muito tempo não aparecia, corro até o banheiro e abro a gavetinha.

Eu: merda, esqueci que joguei fora ontem! - ergo a tampa do lixinho e vejo que a Bárbara já recolheu o lixo.

Volto para o quarto e procuro alguma dentro da caixa, costumava guardar lá, nada.
Lembro da última vez que escrevi naquele diário eu coloquei uma lá dentro.
Chacoalho o diário e vejo que estava certa, uma lâmina cai de dentro dele, a pego e vou para o banheiro, precisar recorrer a elas de novo é uma sensação horrível, mais não posso evitar.
Coloquei ela sobre meu pulso e o cortei, uma sensação de alívio vem atrás da dor, faço mais uns tres cortes e resolvo parar, não posso voltar a esse vício estava indo tão bem.
Me sento no chão, minha roupa está suja de sangue e dos meus pulsos meu sangue escorre. As pessoas nunca entenderam porque me corto, é simples "com os cortes você se concentra na dor e esquece os problemas"

Smile (parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora