Capítulo 10

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Boooooa tarde!!!

Pessoas, CO-MEN-TEM POR FAVORZINHO! (Implorando hahaha)

Quero ver se alguém percebe algo de diferente nesse capítulo!

Votinhos são bem-vindos também.

Beijos :* 

X

Alicia

Após retornar a ligação para meu avô e gastar bons minutos explicando que apenas não atendi porque não escutei o celular tocar, desligamos e eu corri para a sala de aula. Para meu alívio, o professor da vez não estava em sala e não precisei passar por aquele carão em pedir licença e ser alvo de quarenta olhares dos alunos de minha turma.

Confesso que, por alguns instantes, cheguei a questionar-me se o Pipoca seria bem cuidado pelo inspetor Novaes. Com a minha insegurança, decidi que verificaria com frequência o bem estar do cachorrinho até que ele fosse adotado por uma família definitiva. Eu não poderia exigir muito do homem, afinal, ele estava me fazendo um favor. Mas, não custava nada ser gentil e tratar o nosso cãozinho com carinho. Ou pelo menos eu pensava que não.

– Alicia Dufour de Barros atrasada. Isso é inédito! – Debochou meu amigo.

– O que foi Tutuzinho, sentiu minha falta? – Beijei o rosto do meu amigo e em seguida, fiz o mesmo com as meninas.

– Apenas estranhei. – Deu de ombros.

– Eu também. Isso é bem bizarro vindo de você! – Disse Fernanda.

– O que aconteceu, Ali?

– Longa história, Gabi. Longa história. – Dramatizei e sentei em meu habitual lugar.

Depois de relatar o acontecimento de minha tarde turbulenta em que eu atropelei um cão, tentei enganar meu avô, e acabei convencendo o Novaes a adotar o animal temporariamente, os três pares de olhos me fitaram com curiosidade. Eu podia saber naquele momento que cada um tinha uma pergunta a me fazer.

– Quem é Novaes? – Arthur perguntou com uma carranca.

– O cara que ajudou no meu resgate.

– Ele é bonito? – Tinha que ser a Fernanda. Me recusei a responder.

– O cachorro está bem? – Gabi tinha os olhos em mim como se isso fosse a preocupação maior, e ela tinha toda razão.

– Está, mas preciso achar um lar definitivo para ele.

– Se eu pudesse o levaria para a casa, mas já tenho três. – Lamentou ela.

– Não acredito que tentou levar mais um cachorro para casa. Um dia acho que o seu avô te mata. – Fernanda disse em um tom de repreensão.

– Eu não podia abandoná-lo machucado, Nanda. Eu seria muito cruel se fizesse isso! – Defendi-me.

– Há muitos cães abandonados, Alicia. Você não pode querer salvar todos os levando para a casa. – Arthur comentou e eu apenas me calei, pois sabia que ele tinha razão. Mas, se eu ajudasse aquele, seria menos um cão abandonado e machucado pelas ruas da Capital.

– Ah pessoal, mas a Ali fez uma boa ação. Eu admiro quem resgata cães de rua. E além disso, foi ela quem atropelou o animalzinho. Eu me sentiria culpada também se estivesse no lugar dela. – Gabriella defendeu-me e Fernanda rolou os olhos.

Notei que Gabi não tinha o habitual sorriso luminoso, e os olhos azuis que sempre estavam brilhantes, pareciam tristes naquele dia. Instantaneamente olhei para a Fernanda que apesar de ser alheia a praticamente tudo que acontece ao seu redor, demonstrou também ter percebido a tristeza da Gabriella. Arthur estava concentrado em terminar de escrever alguma coisa em uma folha de papel, então este sim, estava alheio aos acontecimentos.

Sob a Mira do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora