Distrust

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Já era tarde quando Carl e eu chegamos a casa em que ele e seu pai estavam abrigados, devido ao meu tornozelo, Carl teve que literalmente me carregar. A floresta não era muito longe da casa mas isso não significava que não toparíamos com alguns mortos-vivos no caminho.

- Vamos entrar. – ele disse abrindo a porta. Ao pisar ali dentro demos de cara com Rick que andava de um lado para o outro, Carl havia me contado um pouco sobre ele.

- AONDE VOCÊ ESTAVA? – Rick veio em nossa direção assustando não só Carl como a mim.

- E-eu sai para procurar por comida, o senhor dormindo e eu queria ajudar. – o menino respondeu.

- Me deixar preocupado não ajudou muito, Carl. – ele passou a mão entre os cabelos. – Quem é a garota? – ele disse dessa vez olhando para mim.

- Olá, pode me chamar de Srta. Klen. – disse me aproximando do homem, apesar de Carl ter me trazidoaté aqui e me contado quem ele e o pai eram nem meu nome eu havia revelado, digamos que eu não confie muito em estranhos.

- Rick. – o mesmo apertou minha mão. – Pretende ficar conosco?

- Ela me ajudou com uns walkers, pensei que ela poderia ficar conosco por enquanto. – Carl respondeu ao pai.

- Não temos comida nem para nós, como vamos alimentar mais uma boca? – Rick respondeu o encarando.

- Ela torceu o tornozelo, não poderia deixá-la sozinha, não somos assim! – Eles falavam como se eu não estivesse ali.

- Desculpa interromper a conversa de vocês, mais eu ainda estou aqui. – me intrometi.

- Tudo bem, você pode ficar. – sorri. – Mas antes, tenho que te fazer 3 perguntas. – desfiz o sorriso.

- E quais são? – perguntei sentando no sofá.

- Quantos walkers já matou? – acho que sempre vou querer rir do apelido que eles dão aos mortos-vivos.

- 207. – respondi. 

– Como sabe que matou tudo isso? – Rick perguntou.

- Você perguntou e eu respondi. – disse sorrindo, desde que tudo começou eu sempre contei quantos mortos-vivos eu matei, era uma maneira de me distrair, o que soa meio que irônico pois como uma pessoa se distrairia matando aqueles bichos?

- Quantas pessoas já matou? – Ele continuou a perguntar.

- Quando você fala "pessoas" não inclui aquelas que morreram e voltaram né? – perguntei e ele negou com a cabeça percebi Carl revirar os olhos devido a minha pergunta. – Então nenhuma. Ainda.

- Por quê? – não esperava por essa.

- Você já fez as suas 3 perguntas.

- Por quê? – ele perguntou de novo pausadamente.

- Porque não houve necessidade, Rick. – disse me levantando. 

Eaí? Vou poder ficar?

- Sim, Carl arrume um lugar para ela. – Carl o obedeceu levando minha mochila para o segundo andar, eu ia segui-lo mas Rick segurou em meu braço.

- Devo me preocupar com você? – ele perguntou olhando nos meus olhos, devo admitir, esse cara me dá medo.

- Com essa é a quinta pergunta que você me faz, mas não precisa se preocupar, meu tornozelo vai melhorar. – disse me virando para a escada até que Rick segura meu braço novamente, dessa vez, com certa brutalidade.

- Não é disso que eu estou falando, estarei de olho em você.

- Eu não sou um inimigo Rick, não o seu. – o encarei puxando meu braço, ele é sempre assim?

Purpose - The Walking Dead (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora