Connected

Início.

Miley, é uma garota tímida, daquelas que só vai falar com você se você falar com ela. Miley Ray Cyrus, o que falar dela? A conheço desde que me entendo por gente, desde sempre. Se não fosse por ela provavelmente ainda estaria no 3° ano do ensino fundamental, o que é bem ruim.
Cresceu em uma família pequena e sozinha, não recebiam visitas além de raramente nos feriados. Uma família montada por um pai, uma mãe, Miley e um irmão morto que nem chegou a vir ao mundo mas mesmo assim pode ser considerado um Cyrus, tanto como qualquer outro da família.
Ela aprendeu a viver isolada do mundo e das grandes aventuras que ele oferece. Foi trocada, ignorada e esquecida inúmeras vezes, eu costumava lhe dizer que eram eles quem perdiam. Nunca foi considerada popular ou bonita pela sociedade em que vivemos, e isso a destruía, fazia Miley não se aceitar como era e se culpar pelo fato de não ser aceita. Ela trocava vestidos caros e salto alto, por um moletom quente, confortável e seu velho e sujo all star porém muito confortável como ela dizia.
Então foi assim que ela cresceu. Longe de loucuras, noites em festas, dançar até cair. Nunca sentiu a vibração de um lugar onde ninguém se conhece mas tem o mesmo propósito:
Se divertir.

Justin Bieber. Esse sou eu.
Cresci em um mundo onde desde pequeno aprendi o sentido da "diversão".
Meus pais se conheceram em um show do gun's N' roses, e dois anos depois eu vim ao mundo. Mas a alegria não durou tanto, pois meu pai nos deixou, eu e minha mãe, sozinhos. Ele não foi embora e se casou com uma loira siliconada, não, na verdade, ele morreu. Mais uma vítima do câncer. Mamãe entrou em depressão por meses então não estava lá quando dei os primeiros passos, não estava lá quando eu disse minha primeira palavra, mas não a culpo, a morte é difícil e custamos a aceitar, tentamos fugir e achar uma saída, mas ela não existe, depois que a morte o encontra resta apenas aceitar, e para aceitar é necessário estar certo de suas escolhas. Você deve estar se perguntando " como você sabe disso?" então vou te responder: chegaremos a essa parte, mas para isso precisará chegar ao final da história.
Bom, meu pai costumava dizer que eu tinha o dom de contagiar as pessoas assim como a música. De deixar elas felizes como quando se escuta o som perfeito de uma guitarra, ou triste ao escutar o som tão majestoso de um violino. Então desde pequeno fui apaixonado por tudo que fizesse algum som desde um tambor até um violoncelo, aprendi a tocar vários instrumentos ao longo dos anos, o que é legal eu acho.
Mas não irei falar o tempo todo de mim, essa é uma história sobre duas pessoas conectadas uma na outra de um jeito impossível de explicar. Eramos como feijão com arroz, o que falta num, a no outro. Eramos mais que amigos, eramos melhores amigos ou até mais. O porto seguro, o refúgio um do outro. Eramos Miley e Justin. Eu e ela.