Uma paixão secreta... ou quase.

Capítulo 10

Essa é uma foto da Califórnia pra quem não sabe 😂
Espero que gostem desse capítulo e se gostarem deixe seu voto por favor ❤️

-------------------/////////---------------

Estava quase na hora de Peter chegar, estava muito nervosa, ele ia me ensinar andar de skate, mas não era por esse motivo que estava nervosa, estava com um pressentimento meio ruim, não sei explicar.
A campainha toca.

- Eu atendo! - gritei descendo as escadas, abri a porta e era ele. - Oi Peter!
- Oi La. - deu um beijo na minha bochecha.
- Mãe estou indo, até mais.
- Até filha, fica atenta no seu celular. - ela me olhou de um jeito estranho.
- Ok, mas por quê?
- Logo você vai entender. - ok, isso foi muito estranho.
- Tá né. Enfim, vou indo. - antes que ela respondesse eu fechei a porte e puxei Peter pelo braço.
- O que foi isso? - ele perguntou rindo.
- Eu só estava tentando sair desse papo estranho dela. Ela estava no telefone hoje cedo e parecia algo sério. - falei enquanto andávamos em direção ao parque.
- Mas você tem alguma ideia do que seja? - ele perguntou confuso.
- Na verdade não, ela sempre fica assim quando meu pai está envolvido, mas como ele está no Brasil, acho difícil. - ele me olhou mais confuso ainda.
- Como é sua relação com seu pai sendo que ele mora longe?
- Bom, sempre que da eu viajo pro Brasil, falo com ele quase todo dia por mensagem, mas é meio complicado. Tenho várias amigas lá, bom a maior parte são minhas primas, também tenho uma amiga mais velha que sempre que posso falo com ela.
- Você fala fluentemente né? - ele riu da própria pergunta e eu o acompanhei.
- Claro, nasci lá, mas sempre amei inglês então ficou bem fácil de aprender.
- Lá deve ser muito legal. Dizem que lá tem um clima diferente daqui.
- Sim, lá é muito mais quente no verão. Qualquer dia faço brigadeiro pra você! - eu disse animada e ele me olhou estranho, droga de americanos que não sabem o que é brigadeiro.
- Bri... o quê? - ele perguntou e eu ri.
- Brigadeiro... - eu o corrigi - é um doce brasileiro muito bom, faço pra você qualquer dia.

Enfim chegamos no parque.
Ele estava com o skate na mão, depois de um tempo ele colocou no chão.

- Está pronta pra fazer a coisa mais legal da sua vida? - ele perguntou sorrindo.
- Vou fazer uma tatuagem hoje e nem sabia? - brinquei com ele.
- Não né sua boba. Andar de skate. - ele riu.
- Estou pronta professor. - sorri.
- Você com certeza é a aluna mais linda. - ele sussurrou e eu senti minhas bochechas arderem, certeza que eu corei.
- Obrigada, você também é um professor lindo. - disse essa última parte num sussurro. Ele corou.

Bom depois de um tempo eu finalmente aprendi.
Agora estamos sentados de baixo de uma árvore encostados no tronco.
Estávamos em silêncio. Ele num ato quase involuntário segurou minha mão. Sorri pra ele. Ele chegou mais perto e eu deitei minha cabeça em seu ombro.

- Sabe La, eu gosto muito de você. Sei que nem faz tanto tempo assim, mas eu sinto que finalmente encontrei a certa. - ele disse meio tímido.
- Eu também Peter, eu realmente gosto muito de você. Sei lá, eu também sinto que você é o certo. - ele sorriu e seus olhos brilharam.

Ele se viro pra minha frente e colocou a mão em meu pescoço, fechei os olhos com seu toque, senti ele se aproximando. Ele vai me beijar.
Nossas respirações estão se unindo, ele chega mais perto.
Meu celular toca e atrapalha todo o momento que eu estou esperando faz tempo.

- Droga. - digo baixinho, ele se afasta e ri envergonhado. - Melhor eu atender.

Pego meu celular e vejo o nome na tela. É meu pai. Atendo na hora.

- Oi pai! Tudo bem? - falo em português e Peter me olha estranho.
- Oi filha, tudo bem e você?
- Bem. - tiro o telefone da orelha e olho pra Peter. - É meu pai. - digo em inglês e ele me olha surpreso.
- Estou com saudades filha, eu e a Má. - ele diz
- Eu também estou pai. - Mariza é minha madastra, vejo ela como segunda mãe. - Saudades de todos aí. - digo por fim
- Que bom porque tenho uma ótima notícia pra você. - ele diz animado.
- E o que seria? - digo animada também.
- Terça você vai vim pro Brasil!-ele diz super animado.
- Eu o quê? Não tem como pai, o ano acabou de começar.
- Já conversei com a sua mãe e ela já falou com a diretora e você vai poder recuperar essas aulas assim que voltar pra Califórnia.
- Mas e a passagem? O senhor já comprou? - perguntei assustada e Peter me olhou preocupado.
- Já sim. Você vem terça de manhã pra cá.
- Ai meu Deus! - grito.
- Enfim filha, era isso que eu tinha pra te falar. Até mais princesa, o pai te ama muito.
- Tchau pai, também te amo muito, até. - desligo o telefone e olho para Peter.
- O que houve La? - ele pergunta preocupado.
- Vou para o Brasil terça - respondo paralisada ainda.
- Você o que? Como assim? - ele pergunta assustado.
- Meu pai acabou de ligar falando que comprou passagem e tudo pra mim, já até falou com a diretora da escola.
- Você não pode ir La. - ele diz.
- Eu preciso ir, ele vai ficar chateado comigo se eu não for. - digo e ele olha pra baixo.
- Quanto tempo você vai ficar lá?
- Não sei, provavelmente 2 ou 3 semanas. - respondo e ele me olha com um olhar de tristeza.
- Tudo isso? Não sei se vou conseguir ficar tão longe assim de você. - ele diz e eu sorrio pra ele.
- Vamos fazer assim, eu te ligo pelo Facetime todo dia, ok? - ele sorri com a opção.
- Claro, vem aqui. - ele abre os braços pedindo um abraço.

Eu rapidamente o abraço, minha cabeça fica em seu peito, odeio ser baixinha, ele passa sua mão em minhas costas e beija minha cabeça.
Bom depois de um tempo, nós decidimos voltar pra casa, já eram 18:00 quase, tenho aula cedo amanhã, será horrível acordar cedo amanhã, a única coisa boa é ver Peter de novo.
Ele me deixou na frente de casa me deu um beijo na testa, se despediu e foi para sua casa.
Foi um dia longo.
Entro em casa e vejo minha mãe na cozinha. 
Conversamos um pouco sobre essa tal viagem e depois subo para o meu quarto.
Ligo pra Lo, e conto sobre meu dia, coloco um pijama e durmo.