Capítulo 5

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Desembarcamos em Londres por volta das 5h da manhã, o céu ainda estava escuro e tudo o que eu vi-a à minha frente eram flashes de câmaras fotográficas. Estava cansado então não falei com ninguém apenas segui para o carro de cabeça baixa e óculos de sol postos. Depois de Paul me deixar em casa dormi um pouco, tomei banho e arrumei as minhas coisas. Quando olhei para o relógio vi que este marcava as 11h, a esta hora a Anna está na fisioterapia. Peguei nas chaves do meu carro e saí. Passei por uma florista e comprei um grande ramo de flores, rosas vermelhas. Dirigi-me a casa delas, apenas se encontrava Cath.

-Niall? Que surpresa! O que estás aqui a fazer? – ela puxa-me para um abraço depois de ter sido apanhada completamente desprevenida

-eu vim falar com a Anna. Sei que a esta hora ela está na fisioterapia e eu não quero saber o tempo que tenho de esperar. Apenas deixa-me falar com ela por favor. É muito importante

-o que vais fazer?

-o que já devia ter feito há muito tempo. Contar toda a verdade. Sei que posso não adiantar nada e que ela já pode ter seguido com a vida em frente. Mas eu tenho mesmo de fazer isto

-entra. Está à vontade – ela cede-me passagem para dentro juntamente com um sorriso de pena na sua cara. Sei que fui otário e que não mereço a pena que ela tem de mim, mas sabe sempre bem um pouco de consolo

-queres alguma coisa? Água, café?

-eu estou bem Cath, obrigada

-Niall, vais ter de ter paciência. Ela não é a mesma Anna desde que foste embora.

-eu sei – no momento em que estas palavras foram ditas por mim ouve-se o barulho de uma chave a rodar na fechadura da porta. Anna

Ela continua linda. Como sempre tem um equipamento vestido e vem na sua cadeira de rodas, naquela que eu lhe dei. Quando os seus olhos encontraram os meus foi como se o tempo parasse. Atrás dela surgiu um rapaz, o rapaz das fotografias mais recentes. Max

-Niall? O que estás aqui a fazer?

-a...hum...eu... preciso de falar contigo

-não há nada para falar Niall

-há muito Anna e tu sabes – sem sequer me responder ela virou-me as costas e seguiu para outra divisão. Antes de seguir atrás dela, Max puxou-me e disse-me que havia novidades boas para ela e para eu não estragar tudo. Larguei-me do aperto da sua mão no meu braço rapidamente e a vontade que tinha de lhe bater era maior que tudo. Fugi da sala e procurei Anna por todo o rés-de-chão, sempre com o ramo de flores na mão. Encontrei-a num quarto, um quarto diferente que não combinava nada com ela.

-posso?

-adianta alguma coisa dizer que não? Infelizmente não tenho força física para te expulsar

-Anna pára de ser assim e ouve-me. Por favor

-ouço o que Niall? Mais mentiras? Achas que chegares aqui com um ramo de flores depois de meses sem dizeres nada resolve alguma coisa?

-não eu não acho que resolva. Mas acho que mereces saber toda a verdade. Devo-te isso

-fala e sai

-primeiro que tudo eu queria-te pedir desculpa. Fui um porco, um cobarde contigo. Devia ter estado do teu lado mas não o fiz. Desde que eu te deixei nessa maldita cadeira de rodas que tenho sofrido mais que anteriormente, cada segundo longe de ti dói mais e eu não aguento. Depois de ter ido para tour e ter-mos discutido por causa dos meus ciúmes em relação ao Adam... eu traí-te, dormi com outra. Os rapazes nunca souberam de nada por isso não tens de te chatear com eles. Quando cá voltamos nos anos do Harry eu vinha disposto a assumir tudo e iria compreender se quisesses que eu me afastasse, mas simplesmente eu não consegui, a ideia de te ver sofrer por minha causa atormentava-me. Fui um cobarde inventei merdas durante a discussão e pus-te numa cadeira de rodas. Não estou à espera de uma nova oportunidade, sei que lixei tudo. Eu apenas gostava que me perdoasses e que um dia talvez pudéssemos estar bem...


With Love (Niall Horan)Onde histórias criam vida. Descubra agora