Capítulo 14

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-bom dia dorminhoca – Niall deixa um leve beijo na minha testa antes de passar a sua mão na minha bochecha. Sorri-lhe – pronta para ir para casa?

-posso?

-dormiste imenso e tudo está bem contigo, sais a seguir ao almoço

-que bom amor – abracei-o com força – Niall eu tenho que preparar o fun

-shh, não penses nisso amor, eu já tratei de tudo. O velório, o funeral... não te podias subcarregar com tanta coisa, é demasiado doloroso para ti

-obrigada, por tudo Niall. Tudo mesmo

-não te preocupes, o meu dever é proteger-te. De tudo e todos.

Sair do hospital foi como uma lufada de ar fresco, mas ao mesmo tempo um peso. Odeio este mundo, não quero viver nele, não quero viver num mundo onde a minha mãe não existe, onde ela não me apoie, onde não a tenha por perto, é demasiado doloroso. Niall tocou na minha bochecha e puxou-me para a realidade quando chegamos a casa dele

-porque estamos aqui? Devias levar-me a minha casa

-eu não posso fazer isso

-porque?

-traz-te demasiadas memórias e eu não quero que sofras

-Niall, não me podes proteger para todo o sempre

-mas por agora ainda posso e vou fazê-lo

Niall pegou na minha pequena mala e levou-a até dentro de casa. Sentei-me no sofá, sozinha enquanto Niall estava no quarto. Estava disposta a não deprimir por isso liguei a televisão e tentei arejar um pouco todas as minhas memórias, o meu telemóvel começa a vibrar no bolso das minhas calças. Número desconhecido

Chamada ON*

-estou?

-foi uma pena aquilo que aconteceu à tua mãe não foi babe? Lamento imenso, espero que à próxima seja o teu namoradinho famoso

-Tiago!? O que é que tu queres?

-que te afastes dele, eu avisei-te. Não és minha não és de mais ninguém

-Ti

*Chamada Off

Como é que ele sabe? Espera que à próxima seja o Niall? Foi ele? A culpa é dele? Antes que repare as minhas bochechas estão molhadas com lágrimas e estou paralisada a olhar para a televisão. Niall entra na sala e abraça-me com preocupação

-hei babe, está tudo bem. Estou aqui. O que se passou?

-nada. Por favor Niall, nunca me deixes. Eu sinto-me tão sozinha e eu preciso de ti, preciso de nós, já não consigo sequer pensar na minha vida sem ti

-não precisas de pensar amor, eu nunca, mas nunca te vou largar. És a minha pequenina – deixa um beijo na minha testa e enrosca-se comigo no sofá. Todo o meu corpo está pesado, não aguento muito tempo sem adormecer abraçada a ele mesmo tendo acordado há poucas horas.



With Love (Niall Horan)Onde histórias criam vida. Descubra agora