Um amor que vem de Deus

Um relacionamento complicado

No dia seguinte eu e Nath, acordamos bem cedo para irmos à faculdade. Depois de um café delicioso feito pela tia Mari, nós fomos direto pegar o ônibus que ficava mais ou menos uns 2 km da casa dela.
Passei um dia bem tranquilo na companhia dos meus amigos e acho até que me sai bem nas provas. No final do dia quando acabei de fazer a última prova fui me encontrar com o Pedro que já estava me esperando na frente da Faculdade. Me aproximei, o cumprimentei com um selinho e seguimos de carro até a casa dele.
Quando cheguei lá fui muito bem recebida por minha sogra com um bolo de cenoura com cobertura de chocolate MARAVILHOSO. Eu amava muito a família do meu namorado, eles me tratavam como se eu fosse da família, tinham alguns problemas, mas nunca me importei com isso. Sempre me sentia muito à vontade na casa deles, eu e o Pedro tínhamos muita liberdade de ficar sozinhos, dormir juntos, ficar no quarto dele com a porta trancada... Coisas que lá em casa não aconteciam nem em sonho, porque meu pai nos mataria.
Depois de comermos o bolo, Pedro me chamou para irmos para seu quarto e quando chegamos lá ele já foi logo me agarrando como de costume e eu nem tive tempo de reagir, quando dei por mim já havia acontecido de novo.
O Pedro é meu primeiro namorado e eu sempre tive certeza do meu amor por ele. Quando tínhamos 7 meses de namoro, na primeira vez que eu dormi na casa dele, eu perdi minha virgindade. Não pense que foi uma cena linda como daquelas de filmes e nem foi do jeito que eu imaginava que seria. Não foi nada romântico, mas eu tinha muita certeza do que eu queria. O Pedro nunca me pediu isso como prova de amor, eu é que quis me entregar pra mostrar que ele era o único na minha vida. No começo do namoro eu relutei um pouco sobre isso, eu não queria por causa da igreja, tinha medo dos meus pais descobrirem e até mesmo de engravidar. Só que depois de um tempo eu já estava tão apaixonada que não consegui mais evitar meu desejo e me entreguei. Eu ficava com remorso sempre que acontecia, por causa de Deus, mas depois acabei me acostumando e isso se tornou normal no nosso namoro. Com o tempo isso se tornou um pouco ruim porque às vezes meu namorado passava o dia todo brigando comigo e no final do dia me procurava como se nada tivesse acontecido em busca de sexo e eu sempre cedia porque me sentia na obrigação de agradá-lo. Eu sabia que quando a gente estava juntos isso sempre acontecia, só que as vezes eu queria que ele me conquistasse pra isso, falasse alguma palavra de carinho ou elogio, fizesse algo romântico, colocasse uma música, mas isso nunca aconteceu. O Pedro não tinha muito essa coisa de romantismo e isso era motivo de muitas de nossas brigas. Algumas vezes ele era até um pouco bruto comigo. Uma vez a gente estava brigando por causa de uma mensagem de uma ex que eu peguei no celular dele e ele ficou tão nervoso que me puxou pelo braço e me jogou na cama. Eu fiquei muito chateada com ele e assim que Pedro se deu conta veio me pedir desculpas chorando e eu o perdoei porque entendi que ele tinha razão e eu o tinha deixado muito nervoso insistindo no assunto da mensagem.
Por causa desses pecados com o tempo eu fui perdendo a comunhão com Deus e fui me afastando aos poucos. Eu até ia na igreja com meus pais, tomava ceia (porque se eu parasse eles iam saber que eu estava em pecado), cantava no grupo, mas não conseguia sentir mais nada. Desde pequena eu sempre tive muita comunhão com Deus, eu amava cantar pra Ele, conversava com Deus sobre tudo o dia todo, gostava de ler a Bíblia e aprender a palavra, mas enquanto mais eu pecava mais longe eu me sentia. Parei de falar com Deus e também não gostava de pedir nada, pois não me sentia digna disso. E na minha cabeça eu pensava que quando eu me casasse com o Pedro isso ia acabar e eu iria retomar minha comunhão com Deus. Só que no fundo eu sabia que eu e ele não poderíamos nos casar tão cedo, pois eu ainda fazia faculdade e o Pedro trabalhava como ajudante num escritório de contabilidade.
O Pedro canta funk na noite e isso me incomoda um pouco, porque é difícil saber que enquanto seu namorado canta tem um monte de menina dançando na frente dele. Em alguns shows eu ia pra acompanhá-lo e confesso que até dançava um pouco, mas não tenho talento nenhum pra dança. Quando eu era criança fazia coreografia muito bem na igreja, mas não entendo porque não sei dançar nada. Já aconteceu muitas vezes de eu sair com o Pedro pra alguma festa e acabar bebendo. Minha consciência pesava muito e pedia perdão a Deus, porém vez ou outra isso acontecia.
Eu não cheguei sair da igreja, mas eu já não era mais a mesma pessoa. A pregação não conseguia prender minha atenção, os louvores, que eram minha parte favorita do culto, não me faziam sentir a presença de Deus e meu celular que antes só tinha hinos de louvor a Deus, ficou cheio de musicas do momento. Eu fui me afastando, fui perdendo a vontade de ir na igreja. Marcava um compromisso com o Pedro todo final de semana e faltava o culto. Eu sentia que minha mãe ficava muito triste por não me ter sempre em casa e ela não queria ser uma pedra de tropeço no meu caminho, pedia pra eu ter cuidado, falava que confiava em mim e que não era pra me entregar.

Nesses 2 anos e meio de namoro, nós enfrentamos muitas coisas pra ficarmos juntos. Já perdoei grandes burradas que o Pedro fez comigo porque eu morro de medo de ficar sozinha. Sou muito carente, estou sempre a procura de um abraço que as vezes o Pedro nem me dá, mas só pelo fato de estarmos juntos isso já alegra meu coração.

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E ai amores? Estão gostando da história? Eu espero muito que sim.
Pouco a pouco vocês vão descobrir mais sobre a vida de Laura.
Ah, e não esqueçam de deixar sua estrelinha.
Beijos e mais beijos.
E até a próxima! 😘😘