Inside a Smile

Minha primeira fanfic, meu deus. Que nostalgia! Meu nome é Amanda e eu espero que vocês gostem novamente (se alguém tiver a paciência de ler de novo, claro), e se você nunca leu, seja bem vindo pela primeira vez a minha cabeça. Bom chega de falar, vamos pra história, até lá em baixo!

- Acorda! Só vou chamar mais essa vez, na próxima peço pra sua irmã trazer um balde de água pra jogar em você! - Ouvi minha mãe gritando comigo pela terceira vez.
Eu já estava acordada, mas sem vontade de viver no dia de hoje. Bufei levantando da cama e tocando meus pés levemente no chão frio, enquanto meu corpo todo treme ao sentir a temperatura do local me atingir em poucos segundos.

- Sofia, você diminuiu a temperatura do ar condicionado de novo? - Perguntei pra minha irmã caçula que entra no meu quarto pra se arrumar todos os dias pela manhã. Ela estava amarrando penteando o cabelo enquanto segurava a escova de dentes com a boca, ela me olhou e fez que sim com a cabeça, ignorando completamente minha quase hipotermia, rolei os olhos e com as mãos tremendo desliguei o ar.

Olhei para o relógio que brilhava sobre a mesinha de cabeceira.

7:00

Percebendo que já estava atrasada e não iria mais conseguir participar do primeiro tempo de aula, descansei o corpo novamente sobre a cama, pegando o celular pra saber qual musica iria moldar meu humor no decorrer do dia. Pensando pelo lado bom de estar atrasada, ao menos vou ter mais tempo de me vestir e vou perder uma aula entediante de princípios do direito.

Quando a música começa a tocar ecoando pelo quarto, levanto e passo a mão pelos meus cabelos, percebendo que não estão tão bagunçados assim. Os coloco em um coque e adentro no banheiro cantarolando com o ritmo da música.

Saio de toalha depois de uns minutos e percebo que minha mãe e minha irmã já haviam saído sem mim.

- É sério? Me deixaram de novo? - Pergunto ao ar, nego com a cabeça e entro novamente no quarto - Mais um dia sem carona, Camila - continuo falando enquanto procurava alguma roupa no meio da bagunça que estava o meu armário, comecei a cantar loucamente a música que se seguia na playlist do dia, como sempre fazia quando estava sozinha em casa. Alguns minutos depois olho para o relógio na cabeceira novamente.

7:40

O horário em amarelo parecia se expandir no meu quarto mal iluminado.

- Ainda tenho vinte e cinco minutos - Falo comigo mesma como se necessitasse de uma reafirmação pra não me perder nos horários do dia. Saio do quarto e pego a chave de casa em cima da mesa da cozinha - Cadê a droga da minha mochila?

Fui andando calmamente até a saída, com meus olhos percorrendo todos os cantos da casa antiga a procura da mochila roxa tão conhecida por mim. Cozinha com xícaras de café sujas ao lado da pia, e nada da mochila. Corredor comprido de piso viniculo opaco que não era encerado tem quase 2 anos, mas também sem nenhum sinal da mochila preta e roxa. Na sala que mal continha dois sofás e uma TV, estava mais vazia ainda.

- Como você veio parar aqui? - Pergunto olhando pro objeto em minhas mãos, que alguns segundos antes estava jogado ao lado das escadas na saída. Continuo falando sozinha, pareço nunca perceber quando faço isso, acho que nunca vou perder essa mania - Não é como se você fosse responder mesmo.

Penduro a mochila em meu ombro e começo a descer as escadas pulando de dois em dois degraus. A porta da frente, assim como o restante da casa, é antigo e tem aparência de entrada de uma casa de repouso colonial. Empurro o portão barulhento que faz o mesmo guinchado insuportável de sempre, fecho os olhos e respiro fundo, será que nunca vão mandar consertar isso? Passo pela abertura olhando direto pra rua movimentada a minha frente.