Quando

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Era sábado e um outro alguém havia me acordado, me chamado de amor. E eu sorri. Enfeitei meu rosto com o mesmo sorriso de quando você me acordava. Estava bem, muito bem. Uma mensagem sua chegou alguns minutos depois, e não, eu não sorri. Não da maneira de sempre.
E naquele instante eu tive a melhor noção do mundo: Se você era pra mim um ser insubstituível, por ser o resultado de singelos, e talvez belos, detalhes. Eu também era insubstituível para você, e não nego, procurei me aproveitar disso. Eu deixei de estar na sua, agora meu lar, era nas suas redondezas. Meus olhos pequenos, menores ainda quando completados com rímel, nunca mais choraram por você. É glorioso dizer isso...

E com isso, como sua amiga, venho lhe dar um conselho: Não se assuste se doer. Machuca, ás vezes, eu sei, mas não mata.

Se lembra quando eu te vi chorar? Quando eu te vi escondido por dentro, e você não se sentiu humilhado? É porque sabemos que no fundo, nos merecemos. Seu coração estava doendo, rasgado, quase que em um milhão de pedaços, e eu sorri pra você. Saiba, velho amigo e amor, que ainda estou sorrindo para você. E se você estiver precisando de um consolo maior ainda, lembre-se da minha promessa ''Eu deixo toda a minha confusão de lado, para lidar com a sua'', eu nunca quebrei promessas, e não resolvi quebrar agora, nem amanhã.

Quero restaurar da sua memória um dia, procure lembrar de uma quarta-feira ensolarada estávamos naquele jardim perfeito, você estava chateado por estar extremamente confuso:
- Você, pode estar ai, sendo um ser destruído, - eu fiz uma pausa - dizendo que o amor não existe - fitei o chão, abaixei o tom de voz - mas meu caro, alguém te amou.
Lembro que o silêncio pairou, havia uma grosseiria em minha boca, eu não havia falado aquilo em relação à mim, mas agora a frase se encaixa perfeitamente - depois de anos.

O amor é uma bala no cérebro. (Ou um giz no caso do Homer Simpson)

mar para sí (RASCUNHO)Onde histórias criam vida. Descubra agora