Harry não queria chorar, não queria demonstrar para qualquer um que pudesse vê-lo que estava triste, que ficava triste quando Louis sumia. Não queria mostrar que era frágil.
Ele conseguiu? Não.
Afinal, estava deitado em posição fetal chorando desde que chegou em casa, e isso já fazia três horas. Chorava um pouco e parava, estava com medo do que aconteceu na noite passada acontecer novamente. Mas isso não o impedia de chorar.
Honestamente, Harry provavelmente tem tpm, não é possível uma pessoa ser tão sensível. Depois das duas da manhã, achou melhor ir dormir.
Não que tenha dormido bem, qualquer barulho que ouvira, levantava em pânico achando que era o Louis chegando, mas nunca era. Depois da segunda noite mal dormida, as onze da manhã se levantou da cama igual um zumbi -na verdade, um zumbi seria lindo perto de Harry naquele momento-, se levantou e foi para o banheiro, quando se olhou no espelho, teve certeza que viu a sua cara quando estivesse morto.
Ele achou, por um segundo, que estava morto.
Estava escovando os dentes quando ouviu a porta ser aberta, naquele segundo toda a energia que ficou na cama, voltou para ele, abriu a porta do banheiro batendo-a contra a parede, e todas com todas as que estavam no caminho dele, fez o mesmo. E ao ver a figura de Louis encostada na porta com o olhar meio perdido, todo seu sentimento de alegria da noite passada se convertera em ódio.
-Louis... -Harry disse lentamente, indo em direção do mesmo.
-Oi, Harry. -Apesar do tom de arrependimento na voz, Harry estava com todos os poros do corpo vazando ódio.
-Vem aqui, seu pedaço de merda. -Pôs uma mão ao lado da cabeça de Louis e com a outra, segurou seu queixo com certa brutalidade, fazendo as obres azuis encontrarem as verdes, que parecia soltar faíscas. -Você sumiu, nem pra casa voltou, eu dormi com medo de algo acontecer. Nunca fala pra onde vai, chega essa hora e desse jeito! Você está fedendo a álcool, Louis!
Harry o soltou e virou de costas andando um pouco para a frente.
-Harry... -Louis sussurrou, mas Harry não estava disposto a ouvi-lo.
-O que aconteceu com o Louis que eu amo? -Sua voz embargada por causa do choro que estava na sua garganta.
-Foi embora junto com o Harry que eu amava. -A indiferença voltou a aparecer na sua voz.
Harry não tinha reação, ficou estático olhando para o mais velho, que pôs a mão em seu ombro e proferiu as palavras que doeram em Harry mais que qualquer facada que pudesse levar.
-Vá embora. Eu quero ficar sozinho.
Apenas os passos do mais velho eram ouvidos, as lágrimas nem faziam mais barulho, apenas escorriam. Harry, após ouvir a porta do quarto se fechar, se dirigiu a porta.
O elevador era frio, se olhou no espelho por alguns segundos, enfim apertou o botão do andar que iria. Quando o elevador começou a andar, a música começou, alguma antiga que ouvia quando era criança, e algumas vezes com Louis porque Jay gostava. Estava prestes a deitar no chão quando ouviu o elevador avisar que estava no andar que queria.
Din-don
O barulho da campainha era a única coisa que ocupava seus ouvidos, e logo, a cabeleira ferrugem, foi a única coisa que ocupou sua vista.
-Harry? -O ruivo indagou ao ver o cacheado na porta de seu apartamento naquele estado. -O que faz aqui?
-Louis não me quer lá... Me mandou ir embora... -A voz de Styles era perdida, parecia que não vinha dele.
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I'll never let you go •l.s fanfic•
FanficCocaína, LSD, heroína, cogumelos mágicos, ópio, álcool, anfetamina... Para muitos, algo a ser evitado, repugnante e que deveria ser eliminado da superfície da Terra. Para outros, a felicidade.