Capítulo XI

2.4K 207 27
                                    

Senti os raios de sol tocarem em meu rosto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Senti os raios de sol tocarem em meu rosto. Apolo não perdoava. Sorri. Hoje começa um novo dia e logo estarei na minha nova casa. Adeus Olimpo. Adeus pássaros. Adeus comida boa. Adeus amigos. Adeus vadia. Adeus idiota. Sempre sendo dramática. Às vezes acho que nasci para ser filha da Afrodite, apesar de não ter conhecido ela.

Pela primeira vez desde que cheguei aqui não havia ninguém no quarto. Amém. Peguei meu celular e procurei uma música. Quando os primeiros acordes de Hair da Little Mix tocaram, comecei a dançar pelo quarto. Poderia dizer que fiquei chorando a noite toda pelo Hermes, mas não vou dar esse gostinho a ele. Decidi arrumar minha mochila já que logo eu iria para o acampamento meio sangue.

Enquanto organizava tudo, escutei uma batida na porta.

"Entra" gritei enquanto terminava de dobrar a última blusa. Pronto agora é só fechar a minha mochila.

"Oi querida" Deméter falou entrando no quarto.

"Deméter" respondi indo ao seu encontro e a abraçando.

"Zeus já nos informou que hoje você parte para o acampamento, espero que de tudo certo lá" ela comentou sorrindo.

"Eu sinto que vai. Pena que você e o Apolo não estarão lá" falei meio triste.

"Nós não estaremos, mas nossos filhos estarão" ela comentou.

"Filhos?! Aé! Esqueci que vocês são iguais a coelho" falei rindo.

"Engraçadinha" ela respondeu dando um tapa no meu braço de leve. – "Bem, vamos descer para tomar café no jardim".

"Vamos sim! adoro esse lugar" respondi indo em direção à porta sendo acompanhada por ela.

No Jardim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No Jardim...

Assim que sai do prédio encontrei a mesa posta. Os doze deuses estavam sentados. Havia várias ninfas os servindo. Olhei assustada para Deméter.

"Normal querida, eles vieram se despedir de você" ela respondeu indo para seu lugar.

Meu lugar era exatamente entre Apolo e Hermes. PUTZ. Não tinha um lugar melhor?! Fui caminhando lentamente até o meu lugar. Assim que sentei dei um beijo no rosto do Apolo e ignorei o Hermes.

"So" Hermes falou. Mas novamente foi ignorado. Ele repetiu isso umas três vezes até que sai do sério.

"Não tenho nada para falar com você! Será que não percebe isso?" exclamei irritada.

Voltei minha atenção para o café da manhã. Peguei um pedaço de bolo de chocolate e um copo de suco de uva. Todos na mesa estavam conversando. Comecei a tomar meu café quando Apolo chamou minha atenção.

"So" ele falou sorrindo.

"Oi Sol" respondi rindo da cara engraçada dele.

"Sem comentários para o apelido ridículo!" ele disse sorrindo. – "Você não acha que está sendo dura com ele?" ele perguntou baixo o suficiente para que só eu escutasse.

"Não acho, ele me magoou" respondi dando uma garfada no bolo.

"Okay, não toco mais no assunto" respondeu voltando a comer.

Assim que o café acabou os deuses começaram a ir embora. Quando percebi estava apenas eu, Apolo e Hermes. Meu amigo se levantou, deu um beijo em meu rosto e disse: Dá uma chance para ele se explicar, e saiu rapidamente, não dando tempo para que eu pudesse responder.

Olhei para Hermes e ele estava me olhando. Sorri sem graça e me levantei. Ele fez o mesmo gesto que eu. Quando eu ia passar por ele, senti-o segurando meu braço e me parando.

"Sophie" ele disse triste. –"Me escuta, por favor"

"Não quero Hermes, você já não me machucou o suficiente?" perguntei com a voz embargada.

"Ela não significa nada para mim" ele falou triste.

"Eu também não significo" falei puxando meu braço de seu aperto e correndo para o meu quarto.

Assim que passei pela porta Apolo estava sentando em minha cama.

"JESUS" gritei assustada.

"Não, sou eu Apolo" ele respondeu rindo da minha expressão de espanto.

"Super engraçado! O que está fazendo aqui?" perguntei irritada.

"Vou te levara para o acampamento meio-sangue" ele respondeu ainda rindo.

"Okay" disse pegando minha mochila. – "Vamos logo"

"Okay" ele respondeu caminhando para saída.

Antes de passar pela porta da saída Deméter e Poseidon estavam me esperando. Despedi-me deles e prometi que logo apareceria. Notei que o deus do mar estava triste, como se não desejasse minha partida. Também iria sentir falta deles.

Caminhamos até a saída do Olimpo. Eu parei e virei para trás. Vi Hermes me olhando, seu semblante era triste. Como queria conseguir perdoar ele, mas agora não dá. Respirei fundo e sai.

Assim que descemos pelo elevador, o recepcionista se assustou por ver Apolo ali. Eu ri da cara de medo dele. Maluco. Saímos do edifício. Apolo me levou até uma Ferrari dourada como o sol. Pura Ostentação.

Ele caminhou até a porta do passageiro e abriu para que eu pudesse entrar. Corei na hora e sussurrei um: obrigada. Ele deu a volta e fomos em silencio até o tal acampamento. Uns 30 minutos depois chegamos a uma colina e ele parou o carro.

"É aqui" ele falou.

"Aonde?" perguntei confusa. Só tinha mato.

"Você tem que subir a colina" ele falou sorrindo. – "Eu não posso te acompanhar! Quando você entrar vai ser como qualquer campista, eles não sabem que você estava no Olimpo, apenas o Quíron e Dionísio sabem".

"Okay, até logo" falei dando um beijo em seu rosto e abrindo a porta do carro. Ele me abraçou.

Assim que desci, ele foi embora. Respirei fundo. O que será que me espera nesse lugar? Foi à única coisa que pensei enquanto caminhava até o famoso Acampamento Meio-Sangue.

A GuardiãOnde histórias criam vida. Descubra agora