Em mais um dia aparentemente normal, o sol invade o apertado quarto de uma jovem adolescente que enquanto cantarola uma música qualquer, tenta organizar seus pertences em duas pequenas malas. Entretida em seus pensamentos, deixa-se levar pela melodia que sai de sua boca, mas que logo é interrompida por um voz.
"Kaaaarroool, a mãe disse para sair desse quarto agora, se não você vai perder o ônibus, e se você perder o ônibus ela vai quebrar a sua cara!"-Disse sua Irmã mais nova Vivian, uma verdadeira peste por assim dizer, mas de todas as irmãs ela era a mais chegada de karol.
"Já vou cacete!" - Disse ela com uma voz de burro chucro que ecoou pela casa e chegou aos ouvidos de sua mãe, uma mulher de uma magreza tão extrema que realça seus dentes levemente esbugalhados para fora.
"KAROL ARREZEB ARVILES!"- Gritou sua mãe, com uma voz tão estridente que quebrou um dos vasos da sala. - "Sua besta Fera"-Continuava ela -"Respeite sua irmã, quero saber quem ensinou esses nomes feios a você sua buçanha? Na próxima vez que você falar isso, eu vou quebrar a sua cara. E passe para fora desse quarto agora, sua vaca." - Disse aquela mulher cujo colar de perolas falsas acompanhava um apertado vestido de seda rosa que realça mais ainda sua magreza extrema.
Karol saiu do seu quarto com uma bolsa nas costas e outra na mão. Ao andar pelo corredor encontra sua Irmã, Vivian, uma menina de pele morena e longos cabelos escuros, tão cheios de frizz que davam a impressão de que tinha colocado o dedo na tomada. Chegando à sala onde estava sua mãe, percebera que ela discutia com alguém no celular.
"Seu cachorro da moléstia! Você ta achando o que? Elas são suas filhas também, e comem mais do que forrageira, eu não aguento mais essas miséria!"-Ela falava com Lucas, pai de suas filhas que decidira sair de casa fazia um ano para ir viver com sua antiga amante Branca, da qual já tivera duas filhas com ele, Fanykleia e Amilykleia, que tinham praticamente a mesma idade das filhas de seu primeiro casamento.
"Eu não quero nem saber preciso de dinheiro o quanto antes possível -Dizia ela -E manda dizer pra essa lambisgoia da Branca que eu quero mais é que ela..." -Nessa hora seu ex-marido desligou o celular, deixando-a no vácuo.
"Essa desgraça desligou na minha cara, mais esse infeliz me paga!" - disse sua mãe.
"Não fala assim do pai mãe "- Disse Vivian aproximando-se dela.
"A boca é minha e eu falo daquela miséria o que eu quiser - Respondeu sua mãe.
Nesse instante, uma sombra se forma na janelinha da sala perto da porta, era Dersonilson, seu vizinho. Alto e moreno tinha uma beleza um tanto incomum, mas o garoto era um gênio com os números.
"O amor platônico de karol chegou"! -Cantarolando falou Vivian.
"Cala a boca sua mongol!" -Respondeu karol indo abrir a porta ansiosa.
"Olá, bom dia Karol, Vivian e Sra. Nicacia!" -Falou Dersonilson.
"Vamos se não vamos perde o ônibus!" -Continuou ele.
Com um largo sorriso karol concordou, foi ate onde estava à mãe, a abraçou e se despediu, pegou suas malas e saiu acompanhada de sua Irmã e Dersonilson. Chegando perto de uma casa de muro alto e branco karol grita por uma amiga que morava ali.
"Marília, cuida, vamos logo mulher!"- uma menina baixinha e um tanto que cheinha saiu com algumas bolsas e duas malas.
"Marília para que tudo isso?" -Perguntou Vivian.
Marília com muita dificuldade coloca uma bolsa no chão e fala.
"Derson seja cavalheiro e me ajude." -Enquanto o garoto pegava uma das bolsas que ela carregava, Marília responde à amiga.
"Isso tudo? Ainda acho que tenho poucas coisas dentro das malas, queria mais duas maletas, mas minha mãe me obrigou a carregar só essas aqui."-Disse Marília olhando para Vivian. Depois disso eles começam a caminhar pela estrada de barro que dava a praça, chegando lá, sentaram-se à espera do ônibus, enquanto isso, Derson olhava algumas plantas do canteiro que estava ao lado seu banco, quando é interrompido por karol que lhe faz uma pergunta.
"Derson o que você tanto olha?"-Pergunta a garota cujo coração acelerava cada vez mais.
"Eu? -Ele olha para Karol -"ah... Não é nada, só imaginando como será o primeiro dia de aula." -diz o garoto sorrindo. Imediatamente a garota suspira ao ver que seu amado sorrir para ela.
Após alguns minutos o ônibus chega, meninos e meninas começam entra com suas malas e bolsas, outros colocaram dentro do porta malas.
"Estão prontos?" -Pergunta Derson.
"Prontos!"- Falam todos juntos. Quando são chamados a atenção par uma voz que se fez escutar.
"ESPEEEEEREMM!" -Gritava ao longe um menino de cabelos escorridos caindo nos olhos, ele estava de calça Vermelha e tinha uma mochila nas costas.
"Olhem é o Nick,"-Diz Karol. -"Corre menino, se não tu fica." - Gritou Karol.
Nick e ela eram melhores amigos, mesmo morando um pouco longe um do outro, a amizade dos dois já perdurava fazia vários anos.
"Lá vem o EMO!" - Diz Vivian ao ver que ele se aproximava.
"Quase perco o ônibus." -Fala Nick chegando perto do grupo, tentando abrir seus olhos de chinês.
"Você tem sorte, muita sorte." - Fala Vivian entrando no ônibus, e cochichando com Marília que estava a sua frente.
"Esse EMO tem uma voz tão irritante!"
Com cautela diz a garota para sua amiga.
" Só Karol para aguentar!"
Completou ela ao ver que ele entrava no ônibus.
Assim que todos entram e sentaram nos velhos bancos cinzas, Karol puxou Vivian do banco em que Dersonilson estava sentado fazendo com que sua irmã caísse de cara no chão sujo do ônibus, sentando-se no lugar de sua irmã, ela pode ficar perto do seu amado. Ao mesmo tempo em que sua irmã se levanta e vai para uma cadeira perto de um menino de óculo e espinhas na cara. -"Oi Ítalo?"- Ela Cumprimenta o garoto. Que sorriu para ela.
Então o motorista liga o ônibus e sai tão avexado de um jeito, que as bolsas caíram do suporte. Os alunos conversavam entre si, Marília e Nick falavam sobre beleza; Vivian Conversava sobre ítalo com uma das suas amigas do banco de trás, e o garoto logo se intromete na conversa; no fundo, lá no fundo do ônibus algumas garotas escutam todos os tipos de músicas, algumas meninas discutem sobre, Funk, forró e sertanejo. Na medida em que karol se derretia toda para Derson, ele mostrava toda sua arcada dentaria em um largo sorriso a cada vez que tinha que olhar para a garota ao seu lado.
Todos estavam muito ansiosos e positivos a cerca do ano escolar que estava começando, até porque esse ano aconteceria à nonagésima nona edição dos jogos trienais de inverno, o acontecimento mais aguardado por todos, pois só acontecia a cada três anos, quando por um fenômeno metrológico a época mais amena chegava à região nordeste, possibilitando a realização do campeonato escolar considerado o mais difícil de todos os tempos. Contudo esse ano prometeria muito mais do que eles ou qualquer outra pessoa poderia imaginar, mal sabiam eles que os acontecimentos que os reservavam iam além do imaginável fazendo com que aquele ano ficasse para sempre marcado em suas mentes e que suas vidas jamais fossem as mesmas. Mas pensando bem, eles também iam se lascar muito com as provas de química e física.
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Totalmente normais anormais
UmorismoKarol Arrezeb, para ela e seus amigos, só mais um ano letivo que iria começar, contudo o rumo dessa história vai tomar caminhos muito diferentes do esperado. Em seu segundo ano na escola, esses jovens vão descobrir que nem tudo que circunda a an...