Uma viagem nada agradável

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2 Capítulo

Já era quase noite quando uma forte ventania veio de encontro ao ônibus trazendo um cheiro de chuva, dando amostras da época fria que em alguns meses haveria de chegar à região nordeste. No ônibus todos estavam eufóricos e ao mesmo tempo cansados. Não paravam de reclamar do motorista que uma hora atrás tivera obrigados a todos a descer do veiculo para empurrar a Geringonça que karol contratara pela internet e passara uma semana se gabando do feito para todos, mas que quase não saia do lugar além de tussi mais que idoso engasgado.

- Eu não acredito que paguei cinquenta reais para passar o dia inteiro viajando num negocio desse e ainda ter que empurrar essa geringonça! - Falou alguém no fundo do ônibus.

- É tudo culpa de Karol! -Disse outra Lá na frente.

- Gente eu não tenho culpa, na internet era bem melhor! -Falou Karol para todos com um meio sorriso.

De repente uma voz se sobressai no meio das outras, era Marília.

- Meu Deus! Que frio é esse em? - Disse Marília enquanto procurava um casaco em meio aos seus pertences.

- Esqueceu que é nesse ano que o fenômeno acontece? - falou Nick olhando para garota.

- Ahh...É mesmo! - Disse a garota. - Que fez que todos começassem a rir dela.

Nesse instante uma forte chuva iniciou-se e o frio só se intensificou. Todos no ônibus procuravam se agasalha da maneira que podiam, mas Viviam que estava vestida só com uma blusa de mangas curtas, batia os dentes de frio.

- Karol, você tem um casaco para me emprestar? Esqueci os meus na outra bolsa que ficou no porta-malas. - perguntou ela a sua irmã que depois de alguns segundos respondeu.

- Não tenho casaco nenhum, você não trouxe o seu de besta, por mim você vai morrer de frio para deixar de ser mongol. - respondeu Karol para sua irmã.

Então Vivian viu que o garoto que estava sentado ao seu lado tirava um casaco da mala.

- Pega esse casaco Vivian, eu trouxe mais um de reserva, depois você me entrega - falou Ítalo sorrindo para a menina que aceitou. E suspirando retribuiu o favor com um largo sorriso.

Enquanto isso, em seu banco, Dersonilson pegava em sua bolsa um lençol de rede listrado para se enrolar. karol aproveitando a oportunidade falou para ele.

- Nossa que frio! Mesmo com o casaco ainda estou tremendo! - falou a garota torcendo para que Derson chamasse-a para se enrolar no lençol também.

- É verdade! - falou o garoto - ahh...você não quer dividir o lençol comigo? - Perguntou ele.

- Sim, eu quero! - Respondeu a garota esboçando uma alegria incomparável.

Sorrindo, o garoto complementou.

- Eu amo esse lençol, tenho ele desde que tinha oito ano e eu nunca lavei ele.

Logo a garota parou de sorrir e a felicidade deu lugar ao nojo, mas ela já estava enrolada no lençol de rede, agora só lhe restava cheirar os peidos de toda uma vida até que chegassem à escola.

Depois de alguns minutos enrolada no lençol, a garota começou a se agoniar e a olhar para o seu celular grande e quadrado a cada um segundo. - Cinco e quinze, será que já esta perto de chegar à escola? - Perguntou ela para Derson.

- Não sei, acho que sim. - Afirma Derson.

Logo em seguida, Vivian grita para o motorista.

- EI seu motorista, falta muito para chegar? To morta de fome! -Sem nenhuma resposta Vivian conclui. - Oh peste mal educado, nem para responder serve!

Totalmente normais anormaisOnde histórias criam vida. Descubra agora