Mais próximo

24 4 0
                                    


Ângelo e Abigail conversavam enquanto ele observava as begônias que estavam nos pés da escadaria. Ângelo as olhava todos os dias, via rara beleza nas flores do campo.
- Você leu as cartas?

- O que acha?!

- Não acho nada.

- Claro que as li, ele é um imbecil de belas palavras. Eram muito boas, apenas eram...

- Eram? Não existem mais?

- Não, as queimei.

- Mas que Diabos, Abigail!

Naquele instante Pedro desceu as escadas com o sorriso largo e o cabelo despenteado, estampava em seu rosto o quanto estava contente.

- Chamando o diabo, Ângelo? Não o quero por aqui

- Eu também não quero - Respondeu Abigail

- Que tal uma volta no jardim? - Sugeriu Pedro sorindo

- Ótima ideia - Sorriu Abigail mostrando-se contente

Pedro sentia-se orgulhoso com sua coleção de flores, era sua maior paixão, seu maior orgulho. Mostrava-as como troféus, dizia que aquele jardim era tudo o que lhe restara da vida depois que perdeu Catarina, sentiu-se um pouco mal depois de ouvir-se pronunciar o nome da amada naquele lugar. Depois de passarem pela trilha colorida pelas flores sentaram-se aos pés da escadaria e apreciaram algumas garrafas de vinho. Embriagados e felizes mal viram o dia tornar-se noite.

- Onde posso dormir? - Pergunta Abigail
- No chão seria uma boa ideia - Ângelo sorri

- Não me diga que falta espaço nesse casarão!

- Claro que não, temos de sobra!sorindo

- Vou lhe mostrar um quarto bem confortável - Pedro aponta para a varanda

Ao chegar ao quarto Abigail ajeitoi-se rapidamente e pegou no sono, Ângelo foi para seu quarto e Pedro com insônia apanhou uma folha de papel e começou a escrever outra carta, passou horas e horas ali, seu peito queimava

- Amanhã, Catarina!

O jardim das margaridasOnde histórias criam vida. Descubra agora