13 Exhausted

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Oi galerinha!
Vcs lembra do "postarei um capítulo em breve", q eu escrevi no capítulo anterior?
Pse, vamos esquecê-lo, porque digamos que faz alguns milênios que eu não escrevo, não é mesmo?
Pse (kkkk).
Vão seguir a porra do meu insta, por favor.
Sou um doce de pessoa (ironia on).
Escrevi esse capítulo com muito carinho. Espero que gostem.
Beijo meus pimpolhos,
-Lu.

As paredes brancas nada aconchegantes do hospital, me cercavam, dando a impressão de que, a qualquer momento, resolveriam diminuir de tamanho, e me exprimir como uma laranja, me sufocando.
Até o ar que entrava pelas janelas, quando passava por estas, parecia mais pesado. Eu só quero saber se minha está bem. Eu só quero ouvir um "sua mãe está melhorando e em breve poderá ter alta.". É tudo o que eu quero agora.
Meu sanduíche de presunto, queijo e alface, ainda estava intacto, guardado em minha bolsa. Acho que o xerife pensa que o comi, e por isso não está reclamando, mas sim me olhando, preocupado, a andar de um lado para o outro, feito uma barata tonta.
Minha bolsa de couro vermelho, reservava uma cadeira ao seu lado.
O fato de xerife me encarar, me deixava ainda mais nervosa.
Do nada um barulho alto e estridente preenche o local, acordando algumas pessoas que estavam dormindo. Até eu me assustei. Percebi que era o toque de um celular. Olhei pela sala, feito uma retardada, procurando o(a) dono(a) do celular. Demorou um minuto para eu perceber que o barulho vinha da minha bolsa. Corri, até esta, vasculhei-a, e por fim encontrei meu celular. Mas já era tarde, a ligação já havia terminado. Olhei quem havia me ligado.
" 'Aninha' ".
O que será que ela queria?
Fiquei pensando no que ela poderia querer comigo, quando o celular volta a tremer em minha mão. Respiro fundo e atendo:
"Alô?"
"Menina, atende essa merda de celular, pelo amor de deus!"
"Já atendi, ué."
"EU SEI."
Ela gritou, nervosa, e eu ri um pouco. Como ela consegue me fazer rir em horas como essas?
"Mas o que foi?"
Perguntei-lhe, confusa.
"Liguei na sua casa, e você não atendeu. Aí fiquei preocupada. Aí, pra terminar, eu liguei no seu celular diversas vezes, mas sempre dizia que não dava pra você atender."
"Sei. E só por causa disso, você ficou nesse desespero todo?"
"Sim. Eu devo ter ligado em cada número pelos menos umas 100 vezes. Onde você tá?"
Respirei fundo, tentando fazer com que minha voz não tremesse.
"No hospital."
Evidentemente falhei.
"Oi? O que? Por que?"
"Minha mãe...."
"Ah meu deus! Já chego aí."
Abri a boca para lhe dizer que não precisava, mas era tarde. Ela desligou.
Guardei o celular na bolsa, e olhei para o xerife.
Me perguntei o que ele está fazendo aqui. Quero dizer, não estou reclamando de sua companhia, mas é estranho todo esse carinho que ele tem por mim e por minha família.
Ele cuida de mim e de minha mãe desde... Desde sempre. Mas por que?
Eu já tinha ouvido histórias sobre ele e meu pai, que diziam que eles eram grandes amigos, mas e daí? Eles cresceram. Eu e minha mãe não éramos responsabilidade do xerife. Éramos responsabilidade de meu pai.
Eu só queria saber o que aconteceu. Porque meu pai foi embora, e levou meu irmão, e por que minha mãe deixou isso acontecer, ou se ela quem pediu para eles irem. Eu só quero saber por que, e o que exatamente aconteceu.
Me sento na cadeira, jogando a bolsa de couro vermelho no chão, e enterro as mãos na cabeça. Totalmente exausta. Exausta de nunca saber o que está acontecendo. Exausta de ter sempre tantas perguntas, e de nunca ter respostas. Exausta de nunca saber o que tenho que fazer. Exausta de me preocupar com tudo, em cada segundo de minha vida. Exausta de dúvidas. Exausta de tudo.
Meu desespero me enterra, e eu sinto me sinto tonta. Levanto a cabeça. Olho para um lado, depois para outro, tentando fazer as imagens projetadas pelos meus olhos ficarem focadas. Olho para o xerife, e este me pergunta se estou bem.
"Só preciso de um pouco de ar."
Respiro fundo e me levanto devagar e com cautela. A última coisa que eu quero é desmaiar no meio da recepção.
Vou para fora do prédio, me escoro na parede e encaro o escuro. Respiro o mais fundo que posso, várias vezes.
Depois de um tempo as coisas voltam a se focar, e as imagens voltam a ser uma só. Caminho de volta para dentro do prédio, e só aí percebo o quão faminta estou. Melhor comer alguma coisa.
...

Tantas perguntas sem respostas.
Por que será que o xerife toma conta de nossa pequena e amada protagonista?
E por que o grande afeto com ela e com a mãe dela?
Ele era amigo do pai dela?
Como assim?
E essa demora toda para saber notícias sobre como está a mãe dela? Será que a coisa é grave mesmo?

Complicated family (Teen Wolf)Onde histórias criam vida. Descubra agora