SEIS

212 15 0
                                    

Este é o hotel mais chique de Phoenix. Uau, é incrível! É uma das vantagens de ser o A.G. de uma estrela do rock, eu acho. Vivi nesta cidade a minha vida inteira sem nunca pisar aqui, nem sequer uma vez. Não é legal, Will?

Apenas mais um de muitos outros, senhorita Ashley.

— Cannon, eu acabei de providenciar tudo. Você vai ter um guarda-costas enquanto estivermos nesta cidade. Se aquele fotógrafo aparecer no hotel, vamos conseguir tirá-lo daqui antes que ele chegue perto de você.

— Que seja, mas você sabe que eu não gosto de guarda-costas.

Cannon, ele está apenas tentando mantê-lo seguro. Seria bom se você pelo menos se mostrasse um pouco agradecido.

— Você falou com a Claire? — perguntou Jonathan.

Jonathan abriu a porta da suíte dele e segurou-a aberta com o pé enquanto falava.

— Sim, ela vai estar aqui esta noite. A limusine irá buscá-la no aeroporto. Eu não consegui uma suíte para ela, mas tem um quarto no quinto andar.

— Então você, pelo menos, conseguiu para ela um ingresso para o show? 150

— Não, ela não vai estar aqui a tempo. Todos os voos anteriores estavam lotados.

— Ah, mas que droga... — Cannon colocou a chave na fechadura e abriu a porta da suíte dele. Uma onda de ar frio e aroma de flores frescas escapou pela abertura.

— Também acho, mas eu tentei. Vejo você daqui a pouco — disse Jonathan, tirando o pé e deixando a porta fechar atrás dele.

A suíte de Cannon era no último andar, ao lado da de Jonathan, mas quase duas vezes maior. Meu Deus, quando vi a cama de Cannon, minha vontade era dar um salto de braços abertos, caindo de barriga no colchão. O edredom tinha pelo menos dez centímetros de espessura. Mais travesseiros do que eu poderia contar, de diferentes formas e tamanhos, estavam espalhados contra a cabeceira da cama, como nuvens grandes e fofas, todos chamando meu nome, num convite irresistível.

Mas Cannon leu meus pensamentos. Disparou para a frente e saltou sobre a cama no segundo em que eu me virei para inspecionar o resto do quarto. Ei, espere! A força invisível me puxou junto com ele. Ele aterrissou no centro da cama, e eu caí bem em cima de suas costas. Puxando dois travesseiros para o peito e enfiando-os sob o queixo, Cannon bocejou e fechou os olhos.

Oh, não, outra vez não. Eu afundei alguns centímetros em suas costas, mas antes que a sensação desconfortável se aprofundasse, estendi as asas e, com um único movimento, consegui me erguer. Mas que homem mais lindo! Eu fiquei onde estava, admirando o contorno de seus ombros e os músculos bem delineados das costas através da camiseta, antes de encolher as 151

asas o suficiente para passar meus braços em torno de seu corpo e fingir que lhe dava um abraço.

Não se preocupe. Eu não vou fazer nada para que você possa me sentir.

Cannon queria tirar um cochilo, mas não havia tempo. Ele tinha entrevistas de rádio, uma após a outra; em seguida, o almoço, e depois uma entrevista numa estação de notícias da cidade. Jonathan tinha deixado tudo perfeitamente organizado, para que Cannon realmente não precisasse pensar muito a respeito, mas isso não o impediu de se queixar sobre a programação durante toda a tarde.

As duas primeiras entrevistas de rádio seriam por telefone, para que ele nem precisasse sair da sua suíte do hotel, mas a terceira era na estação de rádio. Depois das entrevistas por telefone, Cannon disse:

Anjo AmadorOnde histórias criam vida. Descubra agora