Um amor de outras vidas

4.

Enquanto estava á caminho do trabalho, olhava para janela e pensava em tudo que tinha acontecido na madrugada anterior.
- O que está acontecendo com você, Lisbela? - Disse eu, pensando alto.
Chegando no trabalho, já comecei a sorrir. Trabalhava em uma loja de roupas infantis, no shopping. E a propósito, eu amava crianças. Era mais prazer do que trabalho.
Por volta de umas quatro, eu sai do trabalho e fui direto pra faculdade, não muito longe dali. Essa é a minha rotina, minha cansativa rotina. Mas eu gostava, pois fazia o que me alegrava.
Na hora que eu saí da faculdade, um vento bastante forte bateu, e trouxe um panfleto que ficou sob os meus pés. Peguei e coloquei na bolsa bem rapidamente para continuar meu percurso, pois uma chuva estaria por vir.
Para o meu alívio, quando as primeiras gotas de chuva comecaram a cair, o ônibus passou. Depois pegá-lo, procurei um assento no final e pus meus fones de ouvido. Um reggae ecoava em toda a minha cabeça. Era o que eu precisava depois de um dia tão cansativo. No meio da terceira música, lembrei do folheto que tinha vindo até mim, através daquela estranha ventania.
Abri o amassado e nele dizia:
"Em busca de respostas? Venha até aqui." E embaixo tinha um endereço. Tudo o que eu precisava nesse momento, eram respostas. Porém, nem um número de contato a porcaria do folheto tinha. Mas alguma coisa no meu coração, disse que eu precisava ir.